Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam recuperação antes da inflação dos EUA; Ibovespa acompanha eleições hoje
Paulo Guedes e Roberto Campos Neto participam da reunião entre ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20 hoje

O Ibovespa volta do feriado com investidores em busca de gatilhos capazes de reverter as quedas registradas nas últimas três sessões. Apesar da cautela do dia, as bolsas internacionais tentam emplacar uma recuperação depois das fortes quedas da última quarta-feira (12).
Diante de uma agenda econômica esvaziada por aqui, os participantes do mercado voltam as atenções para o exterior.
Na véspera, as principais bolsas de valores dos Estados Unidos e da Europa fecharam em queda, o que poderia induzir a algum ajuste para baixo no Ibovespa — que permaneceu fechado em virtude do feriado de Nossa Senhora da Aparecida.
Qualquer prognóstico mais claro, porém, só será possível depois das 9h30, quando o governo norte-americano divulgará os números da inflação ao consumidor (CPI, em inglês) nos Estados Unidos em setembro.
A ata da mais recente reunião do Fed veio com um tom mais tranquilizador — ou dovish, no jargão do mercado. Ainda assim, os números do CPI dos EUA são cruciais para que o otimismo se estenda até a sessão de hoje.
Por aqui, os investidores seguem atentos ao andamento das campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) com vistas ao segundo turno.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
A 17 dias do desfecho das eleições de 2022, a pesquisa Genial/Quaest trará na tarde de hoje os números mais recentes de intenção de voto para 30 de outubro.
No fechamento da última terça-feira (11), o Ibovespa encerrou a sessão com um recuo de 0,96%, aos 114.827 pontos. O dólar à vista subiu 1,57%, a R$ 5,2722 .
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa hoje:
Eleições e Ibovespa
A maior parte das sondagens continua apontando para a vitória de Lula no segundo turno, mas por uma margem mais estreita do que indicavam antes do primeiro turno, quando Bolsonaro alcançou uma votação maior que a esperada.
Se, por um lado, Paulo Guedes, atual ministro da Economia, serve de salvaguarda de Bolsonaro para o mercado, o fato de Lula não expor muito sobre o futuro corpo de governo pesa no sentimento dos analistas.
Com isso, o investidor coloca na balança a possibilidade de Lula não dar a “guinada ao centro”, apesar de acenos de diversas personalidades queridas do mercado — entre elas, o ex-ministro Henrique Meirelles, os economistas do Plano Real Pedro Malan, Persio Arida, Edmar Bacha e André Lara Resende.
Por falar em Guedes…
Tanto o ministro da Economia quanto o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participam de evento do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outras reuniões em Washington nesta quinta-feira (13).
Sem maiores indicadores para o dia, o investidor acompanha quaisquer novas notícias sobre a reunião entre ministros de Finanças e presidentes dos BCs na reunião do G20.
Bolsas aguardam inflação dos EUA
Analistas consultados pela agência Dow Jones esperam que a inflação mensal acelere de 0,1% em agosto para 0,3% em setembro. Já no acumulado do ano, a expectativa é de que a alta dos preços registre uma leve desaceleração, de 8,3% para 8,1%.
Um resultado pior que o esperado tende a manter os mercados financeiros em queda. Já uma desaceleração maior que a antecipada pode até proporcionar algum alívio.
Entretanto, os diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) têm reiterado frequentemente o compromisso com o combate à alta dos preços e é improvável que um dado solto de inflação seja suficiente para uma mudança de postura neste momento.
Ontem, por exemplo, a divulgação do índice de preços ao produtor norte-americano em setembro mostrou aceleração em relação a agosto.
Um pulo nas ilhas britânicas
Os agentes do mercado financeiro também estão atentos à situação do Reino Unido. Enquanto a atividade econômica mostra sinais de encolhimento e a inflação a cerca de 10% ao ano corrói salários na agora terra do rei, trabalhadores dos serviços postal e ferroviário e defensores públicos entraram em greve.
Ao mesmo tempo, a Agência Internacional de Energia (AIE) adverte que a recente decisão da Opep+ de cortar significativamente sua oferta de petróleo ameaça aprofundar a atual crise energética global, ao impulsionar os preços da commodity num momento de inflação já elevada e de crescimento econômico fraco.
Bolsa hoje: Agenda do dia
- Estados Unidos: CPI e Núcleo do CPI (9h30)
- Estados Unidos: Diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, participam de painel na reunião anual do FMI e Banco Mundial (15h)
- Estados Unidos: Presidente do Banco Mundial, David Malpass, participa de painel na reunião anual do FMI e Banco Mundial (16h)
- China: CPI e PPI de setembro (22h30)
- Estados Unidos: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, e ministro da Economia, Paulo Guedes, seguem em Washington, para compromissos do FMI e outras reuniões (sem horário definido)
Balanços do dia
Antes da abertura:
- Black Rock (EUA)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são
Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?
Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros