Esquenta dos mercados: Cautela volta a prevalecer nas bolsas do exterior e ‘onda vermelha’ continua; Ibovespa reage ao Orçamento para 2023
Sem maiores indicadores do dia para a agenda dos presidenciáveis, o Ibovespa fica à mercê do cenário exterior
Agosto terminou com o Ibovespa em alta acumulada de mais de 6% no período. Sozinho, o número parece afastar de agosto o rótulo de “mês do desgosto”. A forma como o mês terminou, entretanto, já deixa os investidores nostálgicos de dias nem tão distantes assim nas bolsas.
O mês de setembro nos mercados financeiros começa com uma imensa mancha de tinta vermelha sobre tela. Isso porque o panorama dos mercados financeiros não é dos melhores na manhã desta quinta-feira (1º).
As bolsas da Ásia fecharam em forte queda após dados mais fracos da atividade manufatureira da China. Do mesmo modo, os mercados europeus abriram em baixa, também refletindo os números da inflação de ontem (31) da Zona do Euro, temendo por um aperto monetário maior do Banco Central Europeu (BCE).
Por último, os índices futuros de Nova York sinalizam um caminho parecido para Wall Street hoje, ainda em movimento de reação à perspectiva de juros mais altos por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Por aqui, os investidores estarão de olho nos números do PIB brasileiro no segundo trimestre. Analistas consultados pelo Broadcast preveem crescimento econômico de 0,9% na comparação com os primeiros três meses do ano e de 2,8% ante o mesmo período de 2021. Na leitura anterior, a atividade econômica cresceu 1% no primeiro tri, acumulando alta de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Na sessão da última quarta-feira, o Ibovespa fechou o dia nas mínimas, em queda de 0,82%, aos 109.522 pontos. O dólar à vista encerrou o dia em alta de 1,73%, aos R$ 5,2015. No mês, o avanço foi de 0,53%.
Leia Também
Confira o que movimenta o dia das bolsas, do dólar e do Ibovespa:
Bolsas temem o “falcão do Fed”
A postura mais agressiva (hawkish, no jargão do mercado) do Federal Reserve pesa sobre os mercados, sinalizando o fim do rali de mercado de baixa que antecedeu a cautela observada nos últimos dias.
“Está ficando cada vez mais claro que os bancos centrais estão adotando uma linha mais dura em relação aos riscos inflacionários e estão dispostos a causar dor para colocar os preços sob controle”, avalia Neil Wilson, analista da corretora Markets.com.
A taxa básica de juro nos EUA encontra-se na faixa de 2,25% a 2,50% ao ano. Mas já tem diretor do Fed falando em taxa terminal superior a 4%.
Mais um lockdown chinês
De qualquer modo, não é só o Fed que pesa sobre os mercados hoje. A autoridade monetária dos Estados Unidos tem a companhia da inflação recorde na zona do euro e do lockdown em Chengdu, uma metrópole chinesa com 20,9 milhões de habitantes, por causa de um surto de covid-19 na cidade.
A política de “covid zero” do gigante asiático abalou a atividade econômica por lá. Ainda que Pequim tenha planejado e executado uma série de planos para amenizar os impactos da doença nos negócios, os dados vindos de lá não são animadores.
Balança, Ibovespa!
Outro dado para ficar de olho é o saldo da balança comercial brasileira em agosto. O dado será divulgado um dia após o projeto de orçamento apresentado pelo governo para 2023.
O governo fez um esforço hercúleo para conseguir passar o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, usando uma declaração de estado de emergência como manobra para o aumento.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), passou a afirmar que os R$ 600 seriam mantidos no próximo ano, caso vença as eleições.
No entanto, o projeto de Orçamento divulgado nesta quarta-feira (31) prevê o valor médio de R$ 405 para o Auxílio Brasil — suficiente para atender 21,6 milhões de famílias. Leia outros destaques da peça orçamentária aqui.
‘Boa notícia’
Em entrevista ontem ao SBT de Curitiba, Bolsonaro afirmou que deve haver uma “boa notícia” da Petrobras (PETR4) sobre o preço dos combustíveis até esta sexta-feira (02).
O governo federal vem realizando uma série de cortes de impostos sobre os combustíveis, visando conter a alta de preços da gasolina, etanol e óleo diesel. Algumas medidas incluem ainda telecomunicações, como o projeto de lei que colocou um teto sobre o ICMS.
Apesar dos cortes impactarem em alguma medida o preço dos combustíveis, as cotações do petróleo internacional também contribuem para novas quedas.
Em três meses, o barril de petróleo Brent — referência internacional — recuou mais de 20% e é negociado a US$ 93,36 nesta quinta-feira (queda de 2,38%).
Bolsa hoje: agenda do dia
- IBGE: PIB do 2º trimestre (9h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Economia: PMI industrial de agosto da S&P Global (10h)
- Estados Unidos: PMI industrial da S&P Global (10h45)
- Economia: Balança comercial de agosto (15h)
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
