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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior têm mais um dia de perdas com inflação e desaceleração econômica no radar; Ibovespa acompanha Eletrobras (ELET3) após aval do TCU

Ainda hoje, a ata da última reunião do BCE e as projeções do governo para indicadores econômicos locais devem movimentar o dia

Renan Sousa
Renan Sousa
19 de maio de 2022
7:49 - atualizado às 8:44
Urso Ibovespa dólar bear market
Confira o que movimenta bolsas, Ibovespa e dólar hoje. Imagem: Shutterstock

As bolsas internacionais começam a sentir velhos temores se aproximando, entre eles, a volta da inflação alta e da estagnação econômica — momento conhecido como “estagflação”. Esse cenário acontece em meio a revisão da projeção do PIB de países como China, Estados Unidos e da Zona do Euro, o que pode penalizar os índices nesta quinta-feira (19). 

Enquanto a atividade econômica cai, a inflação segue sua trajetória ascendente, registrando novos recordes na Europa continental e Reino Unido, de acordo com as leituras divulgadas na última quarta-feira (18).

O remédio para alta dos preços — a elevação dos juros, que reflete no encarecimento do crédito — reduz ainda mais o PIB e os países penam para sair desta espiral. Com essa perspectiva em mente, os investidores também penalizam os papéis das empresas nas bolsas.

Começando pelo fechamento na Ásia e no Pacífico, os índices encerraram o pregão de hoje majoritariamente em queda, refletindo as perdas da sessão em Wall Street. Por lá, as bolsas caíram mais de 4,5%, encerrando o pior dia em dois anos para as praças de Nova York. 

Na abertura da Europa, a cautela é a mesma: a pressão exercida por Nova York pesa e os índices recuam mais de 2% nas primeiras horas da manhã. Os investidores locais do velho continente agora aguardam a ata da última reunião do Banco Central Europeu, que deve trazer novidades sobre a alta de juros na região. 

Por fim, os futuros de Nova York abrem o dia com sinal negativo mais uma vez, estendendo as perdas da sessão anterior. 

No fechamento de ontem, o Ibovespa seguiu a tendência de queda internacional e recuou 2,34%, aos 106.267 pontos. O dólar à vista voltou a se aproximar da casa dos R$ 5 e subiu 0,80%, a R$ 4,9826. 

Prepare-se para o dia aqui e veja o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta quinta-feira:

Lockdowns na China assustam as bolsas — de novo

Após a volta da circulação em Xangai, maior centro financeiro da China, os investidores acreditavam que os temores da covid-19 no país haviam sido atenuados. Entretanto, o governo de Pequim anunciou que outras regiões, mais afastadas do centro, devem ser fechadas devido ao avanço da doença. 

Esse contexto de lockdowns, inserido em um cenário de estagflação, levanta temores sobre aumento de problemas na cadeia de distribuição de produtos, que já sofrem com gargalos estruturais. 

Em outras palavras, os lockdowns na China podem piorar a situação inflacionária do mundo.

Varejo na bolsa dos EUA sofre

O resultado do Walmart é reflexo desse cenário conturbado. A gigante varejista norte-americana teve lucro menor do que o esperado para o primeiro trimestre, com resultado 24,8% menor do que o mesmo período do ano passado. 

A responsável por esse fraco desempenho é ninguém menos que a inflação crescente no país, que já se aproxima dos 10% ao ano e está nas máximas de mais de quatro décadas.

Bolsa local de olho na Eletrobras

O Ibovespa deve acompanhar as ações da Eletrobras (ELET3 e ELET6) no pregão de hoje, após o Tribunal de Contas da União (TCU) dar sinal verde para a privatização da estatal. 

Os papéis da empresa no exterior (ADR, em inglês) já refletem o otimismo dos investidores. No pós-mercado da bolsa de Nova York, os ADRs da Eletrobras avançaram 4%, enquanto as ações na bolsa brasileira subiram 1,31% no pregão convencional.

Agora, o governo corre contra o relógio para concluir a parte burocrática e levar a operação de liquidação das ações da empresa na semana que vem. A expectativa é de que o processo movimente cerca de R$ 67 bilhões, dos quais R$ 35,3 bilhões irão para o caixa do Tesouro. 

Disputas políticas

Não é de hoje que o Partido dos Trabalhadores (PT), encabeçado pelo atual candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva, se mostra contrário à agenda de privatizações. Dessa maneira, a sigla corre na tentativa de barrar a privatização da Eletrobras. 

Se eleito, dificilmente Lula iria reverter o processo, como contam fontes familiarizadas com o ex-presidente. No entanto, se a privatização esperar para o futuro das eleições, é possível que o processo não seja concluído.

Isso porque o ex-presidente e principal opositor do atual mandante do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), está à frente nas últimas pesquisas eleitorais, que indicam vitória do petista no segundo turno. Dessa forma, se o governo quiser evitar maiores turbulências com a Eletrobras, precisa correr. 

Por falar em disputas…

Depois de uma verdadeira briga entre as siglas, os presidentes de PSDB, MDB e Cidadania definiram Simone Tebet como candidata única da chamada terceira via. 

Conforme antecipado no início de abril, a definição sobre a candidatura única da terceira via foi anunciada na noite de ontem. A decisão ainda precisa passar pelo crivo das Executivas nacionais dos três partidos, que devem se reunir na próxima terça-feira, 24.

Bolsonaro e ICMS

A Câmara dos Deputados aprovou em caráter de urgência o projeto de lei complementar (PLP) que fixa o teto de 17% no ICMS cobrado sobre energia e combustíveis. Essa é uma vitória do atual governo, que alega que parte da recente alta dos combustíveis se deve à cobrança abusiva do imposto, majoritariamente recolhido pelos estados.

Os secretários estaduais das Fazendas dos entes da federação devem reagir e questionar as alterações feitas em uma das principais fontes de arrecadação dos estados. Vale ressaltar que o ICMS não é alterado desde novembro de 2021, uma forma de os governadores demonstrarem que a alta dos combustíveis não é culpa dos estados. 

E na bolsa por aqui...

Os investidores aguardam as projeções para indicadores macroeconômicos do Brasil nas proximas horas. As estimativas serão divulgadas pelo governo federal e comentadas na sequência pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo secretário de Política Econômica, Pedro Calhman.

Agenda do dia

  • Zona do Euro: BCE divulga ata da última reunião de política monetária (8h30)
  • Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento da Arko Advice (9h30)
  • Governo Federal: Governo divulga grade de parâmetros macroeconômicos, com estimativas para PIB e inflação (14h30)
  • Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, e secretário de Política Econômica, Pedro Calhman, comentam a grade de parâmetros macroeconômicos (15h)
  • China: PBoC divulga taxa de referência para empréstimos de 1 a 5 anos (22h15)
  • Alemanha: Encontro de ministros das Finanças e banqueiros centrais do G7 (dia todo)

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