🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

RETROSPECTIVA

Lula ou Bolsonaro? Qual governo foi melhor para os investidores da bolsa e para o Ibovespa

Ao longo dos primeiros mandatos de Lula, o Ibovespa exibiu ganhos de quase 500%. Já a Era Bolsonaro foi marcada pela diversificação de empresas listadas e quase 5 milhões de investidores na B3

Jasmine Olga
Jasmine Olga
30 de dezembro de 2022
14:41 - atualizado às 13:54
Lula e Bolsonaro com gráfico ao fundo v1
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Imagem: Ricardo Stuckert-Flickr Lula Oficial / Alan Santos-PR / Shutterstock / Montagem Brenda Silva

A virada de 2022 para 2023 não marca apenas a passagem do tempo — pelo menos no Brasil. Por aqui, o Réveillon vem acompanhado da passagem da faixa presidencial e da chegada de um novo governo, o que gera apreensão e incerteza para muitos investidores. 

Isso porque o cenário político é um importante catalisador para a bolsa brasileira, e os meses após a definição do resultado eleitoral não têm sido fáceis para os ativos de risco locais, já que a incerteza sobre a política fiscal a ser adotada pelo novo governo e a falta de nomes para a equipe econômica exerceram grande pressão no Ibovespa. 

Os últimos dois meses, no entanto, dificilmente são uma amostra do que pode vir a ser os próximos quatro anos. A chegada de 2023 deve resolver parte dessas incertezas que nublaram o horizonte dos investidores — já que o nome de todos os ministros já foram anunciados e Fernando Haddad, novo chefe da Fazenda, vem repetindo um discurso alinhado com a defesa de corte de gastos e uma nova âncora fiscal. 

Outro fator importante de se observar é que o novo presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é nenhum desconhecido do mercado financeiro e, durante os seus dois primeiros mandatos — entre 2003 e 2010 —, a bolsa brasileira viveu o seu momento de maior crescimento, com ganhos acumulados de quase 500%, contra os 24% registrados no governo de Jair Bolsonaro. 

A dúvida sobre o futuro está na capacidade de Lula repetir o sucesso de seus primeiros mandatos, principalmente com um cenário macroeconômico mais desafiador, mas o histórico recente está definitivamente ao lado do petista. Confira o que esperar do cenário macroeconômico para 2023.

Os anos de ouro da Era Lula

Quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência e o comando do país pela primeira vez, em 2003, o Ibovespa já vinha de oito anos de crescimento expressivo ao longo do governo de Fernando Henrique Cardoso. 

Leia Também

Surfando os efeitos de uma maior estabilidade macroeconômica e ampliação do cenário de negócios no país, o principal índice da bolsa brasileira havia avançado quase 162% entre 1995 e o fim de 2002. 

Assim como os meses pós-eleitorais de 2022, os primeiros momentos do governo de Lula, em 2003, também foram de incertezas, mas uma vez que o cenário ficou mais claro para os investidores, a bolsa viveu um momento de abundância. 

No total, o avanço foi de quase 500% de ganhos em reais — e quase o dobro em dólar. Foram dois momentos distintos. Entre 2003 e 2006, o desempenho médio anual do Ibovespa foi de alta de 32,99%. Já no segundo mandato, de 2007 a 2010, a rentabilidade média caiu para +6,40% ao ano.

Desempenho da bolsa brasileira ao longo do governo Lula 1 e Lula 2

Apesar de o período ter sido marcado pela bolsa brasileira superando os seus pares americanos, outros países emergentes da América Latina chegaram a ter um desempenho superior ao exibido pelo índice local. 

O sucesso do mercado financeiro local tem origem em dois principais fatores. O primeiro foi a condução da economia brasileira promovida nos primeiros momentos de Lula na presidência — com a renegociação da dívida externa e a entrega de um superávit primário muito superior ao projetado pelos analistas e economistas da época. 

As condições do mercado internacional também foram extremamente favoráveis ao fluxo gigantesco de investimento estrangeiro que desembarcou no país durante os dois primeiros mandatos de Lula. Isso porque o forte crescimento da China impulsionou o preço das commodities.

Petróleo, minério de ferro e diversos grãos viram os seus preços alcançarem máximas históricas, beneficiando o Ibovespa que, naquela época, tinha uma composição ainda mais concentrada na produção de commodities do que os 30% da carteira que vemos hoje.

Entre 2009 e 2010, momento em que o mundo se recuperava da grave crise econômica global, o mercado brasileiro também se beneficiou de uma política fiscal acomodatícia —- o preço do estímulo, porém, chegou mais tarde. 

O prolongamento da política desenvolvimentista e a forte intervenção estatal em assuntos econômicos acabou levando a sucessora de Lula, Dilma Rousseff, a enfrentar uma crise econômica e tendo um histórico menos favorável na bolsa, com o Ibovespa recuando 17% em seu mandato. 

A bolsa de valores e Bolsonaro

Já no governo Bolsonaro, a bolsa de valores acumulou ganhos mais modestos, na faixa de 24%.

Desempenho da bolsa de valores ao longo do governo de Jair Bolsonaro

A projeção do mercado para o Ibovespa era mais otimista, uma vez que a aposta era na continuidade das reformas vistas ao longo do governo de Michel Temer e uma política econômica mais alinhada ao liberalismo. 

O Ibovespa seguia em ritmo acelerado, renovando suas máximas históricas acima da casa dos 100 mil pontos desde junho de 2019. Havia, no entanto, uma pandemia no meio do caminho.

O mercado financeiro local, assim como aconteceu no restante do mundo, foi fortemente impactado pelas primeiras ondas de lockdowns que se seguiram ao surgimento do coronavírus — a bolsa brasileira chegou a perder 50% do seu valor de mercado entre março e abril de 2020. 

Assim como nos mandatos de Lula, o índice local foi favorecido por uma forte pressão no preço das commodities, mas a injeção de dinheiro estrangeiro na bolsa brasileira ficou aquém do esperado. 

Apesar da bolsa brasileira ter se recuperado da forte queda vista no pior momento da crise do coronavírus, a agenda liberal foi momentaneamente deixada de lado e preocupações com a situação dos gastos públicos e ameaças de crises político-institucionais seguraram os ativos locais ao longo do governo de Bolsonaro.

Vale notar, no entanto, que o período da gestão de Jair Bolsonaro em Brasília acompanhou uma mudança no perfil da bolsa brasileira.

Com uma era de juros baixos, a B3 hoje conta com quase 5 milhões de investidores pessoas físicas. Além disso, a entrada de novas empresas e setores diversificou as opções disponíveis, reduzindo a correlação dos índices locais com o desempenho das commodities.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
JUNTANDO OS TIJOLINHOS

Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa

30 de abril de 2025 - 13:57

Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3

TCHAU, QUERIDA?

Balanço da Weg (WEGE3) frustra expectativa e ação despenca 10% na bolsa; o que fazer com a ação agora

30 de abril de 2025 - 12:48

Lucro líquido da companhia aumentou 16,4% na comparação anual, mas cresceu menos que o mercado esperava

TREINO ATIVO

Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas

30 de abril de 2025 - 11:08

Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado

30 de abril de 2025 - 8:03

Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos

FERIADÃO À VISTA

Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio

30 de abril de 2025 - 7:30

Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente

28 de abril de 2025 - 20:00

Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.

PRIMEIRO EMPREGO

Momentos finais para se inscrever na Riachuelo, KPMG, Peers e P&G; confira essas e outras vagas para estágio e trainee

28 de abril de 2025 - 18:42

Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar até o segundo semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano

VOO BAIXO

Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)

28 de abril de 2025 - 14:43

O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

CONCESSIONÁRIAS

Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1

26 de abril de 2025 - 12:40

Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira

conteúdo EQI

FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda

26 de abril de 2025 - 12:00

A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda

BOLSA BRASILEIRA

Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano

26 de abril de 2025 - 11:12

Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.

PASSOU!

Natura (NTCO3): proposta de incorporação é aprovada por unanimidade; confira o que muda para os investidores

25 de abril de 2025 - 20:11

Agora, o processo precisa do aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser concluído

DUO ONIPRESENTE

A coruja do Duolingo na B3: aplicativo de idiomas terá BDRs na bolsa brasileira

25 de abril de 2025 - 18:48

O programa permitirá que investidores brasileiros possam investir em ações do grupo sem precisar de conta no exterior

LIDERANÇA BRASILEIRA

Primeiro ETF de XRP do mundo estreia na B3  — marco reforça protagonismo do Brasil no mercado de criptomoedas

25 de abril de 2025 - 17:10

Projeto da Hashdex com administração da Genial Investimentos estreia nesta sexta-feira (25) na bolsa de valores brasileira

Conteúdo Empiricus

Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são

25 de abril de 2025 - 14:58

Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus

AGORA TEM FONTE

Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações

25 de abril de 2025 - 14:00

A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade

DEPOIS DO BALANÇO DO 1T25

Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%

25 de abril de 2025 - 13:14

Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar