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MERCADOS AGORA

Bolsa agora: Ibovespa fecha em queda de 1% e dólar também recua com commodities e votação da PEC da Transição no Senado; Magazine Luiza (MGLU3) anota o maior tombo dia

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7 de dezembro de 2022
7:02 - atualizado às 19:02

RESUMO DO DIA: As bolsas internacionais reagem aos mais recentes dados de exportação da China, que registraram queda de 8,7% em novembro. As atenções também se voltam à Zona do Euro, com a divulgação do PIB trimestral. No cenário doméstico, os investidores repercutem a aprovação da PEC da Transição na CCJ do Senado e acompanham a apreciação do orçamento secreto pelo STF. Hoje é o último dia do Copom, com a publicação da decisão sobre a Selic ao final do dia.

FECHAMENTO DO DIA

Se ontem o governo eleito superou seu primeiro desafio — a aprovação da PEC da Transição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado —, agora é a vez de ele e o Ibovespa enfrentarem a prova de fogo: a votação na Casa, que deve ocorrer ainda nesta noite.

Mas a espera pelo veredito dos parlamentares não foi a única a dar o tom dos negócios nesta quarta-feira (07). A última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) também gerou expectativa nos investidores.

Isso porque os dois elementos devem se interligar no futuro, pois há a preocupação que o furo no teto de gastos para cumprir as promessas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) leve a um aquecimento da inflação.

No comunicado após o último encontro, em outubro, o Copom não havia descartado a possibilidade de novos aumentos na Selic caso os preços saíssem de controle. Dessa vez, os dirigentes citaram a “elevada” incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal como um dos riscos para a alta dos juros.

Leia mais.

ACOMPANHE A VOTAÇÃO DA PEC DA TRANSIÇÃO

O Senado iniciou há pouca a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, como ficou conhecido o texto que permitirá a ampliação do teto de gastos em R$ 145 bilhões.

Vale relembrar que a PEC é principal aposta de Luiz Inácio Lula da Silva para cumprir promessas de campanha — como a manutenção do Bolsa Família em R$ 600 e a concessão de uma parcela adicional de R$ 150 por cada criança de até seis anos. 

A expectativa é que os parlamentares votem a proposta em dois turnos ainda nesta quarta-feira (7). Acompanha a discussão ao vivo:

DÓLAR FECHA EM QUEDA

Após passar o dia todo no campo negativo, o dólar à vista fechou a quarta-feira (7) em queda de 1,21%, cotado em R$ 5,2058.

JUROS FUTUROS FECHAM EM QUEDA

Aguardando a votação do texto da PEC da Transição no Senado - por um valor R$ 30 bilhões menor do que o inicialmente pretendido - e o fim do último encontro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) neste ano, os juros futuros encerraram a sessão desta quarta-feira (7) em queda.

O movimento beneficiou o desempenho empresas mais sensíveis, como construtoras e empresas de tecnologia. Veja abaixo a perfomance das principais taxas de contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) da B3:

CÓDIGONOMEULTFEC
DI1F23DI jan/2313,66%13,67%
DI1F24DI jan/2413,85%13,93%
DI1F25DI Jan/2513,04%13,08%
DI1F26DI Jan/2612,79%12,82%
DI1F27DI Jan/2712,73%12,70%
SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Apesar da queda do Ibovespa, algumas ações do índice registram avanços expressivos na tarde desta quarta-feira (7), com destaque para as ações de frigoríficos e setores mais sensíveis ao alívio nos juros futuros.

Veja abaixo as maiores altas do Ibovespa por volta das 15h35:

CÓDIGONOMEULTVAR
CVCB3CVC ONR$ 4,885,40%
BRFS3BRF ONR$ 8,334,52%
EZTC3EZTEC ONR$ 15,294,08%
JBSS3JBS ONR$ 21,613,99%
HAPV3Hapvida ONR$ 5,223,78%

Veja também as maiores quedas do índice:

CÓDIGONOMEULTVAR
PRIO3PetroRio ONR$ 32,81-5,28%
LWSA3Locaweb ONR$ 7,86-4,15%
VALE3Vale ONR$ 84,50-3,94%
BRAP4Bradespar PNR$ 28,57-3,15%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 3,03-2,88%
PETROBRAS (PETR4) CORTA PREÇO DO GÁS DE COZINHA

A Petrobras (PETR3;PETR4) acaba de fazer mais um anúncio para aliviar o bolso dos consumidores. Após reduzir o preço da gasolina e do diesel na última terça-feira (06), a estatal agora cortou os preços do gás liquefeito de petróleo — popularmente conhecido como GLP ou gás de cozinha.

A partir de quinta-feira (08), o preço médio de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,5837 para R$ 3,2337 por quilograma. Isso representa uma redução de aproximadamente 9,76% no preço.

Para o botijão de 13 kg, o mais comum utilizado pelas casas no Brasil, a redução equivale a um desconto de R$ 4,55. Assim, o reservatório deste tamanho, o preço às distribuidoras fica em R$ 42,04 em média.

Como é calculado o preço do gás de cozinha

Segundo dados da própria Petrobras, o preço do gás de cozinha é composto da seguinte maneira: os dois maiores componentes que pesam no valor final são os custos de distribuição e revenda (47%) e a parcela de lucro para a empresa (42,5%).

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BOLSA AGORA

A aversão ao risco segue dominando o mercado acionário brasileiro. Por volta das 14h35, o Ibovespa recuava 0,75%, a 109.360 pontos.

O dólar à vistam também seguia renovando as mínimas e, no mesmo horário, operava em queda de 1,24%, cotado em R$ 5,204.

ELETROBRAS (ELET6) SE DESTACA

As açõs da Eletrobras (ELET3; ELET¨) são um dos destaques positivos nesta quarta-feira (07) após o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) negar que existe a intenção de vender mais um bloco de ações da companhia.

AVERSÃO AO RISCO AUMENTA

O Ibovespa renovou mínima nos últimos minutos, acompanhando a piora dos principais índices em Wall Street.

O QUE ROLOU ATÉ AGORA

O Ibovespa opera em queda moderada nesta quarta-feira (07), acompanhando o desempenho negativo da Vale (VALE3), após a divulgações de suas projeções para o próximo ano, e um novo recuo do barril de petróleo no mercado internacional.

Enquanto as bolsas internacionais operam com movimentos mistos, tentando uma recuperação após a forte queda dos últimos dias, os investidores locais estão com o olhar voltados para Brasília. A expectativa é que o texto da PEC da Transição seja votada em dois turnos na Câmara dos Deputados.

Expectativa também para a última decisão de juros do ano, que sai após o fechamento do mercado.

PÃO DE AÇÚCAR (PCRA3) PROJETA MARGEM MAIOR EM 2024; AÇÕES CAEM

O Grupo Pão de Açúcar (PCRA3) revisou as projeções de dados operacionais para os próximos anos e agora terá como meta para margem Ebitda ajustada de 8% a 9%, considerando o resultado consolidado de 2024.

A margem Ebitda da do GPA atualmente está em 6,3%, considerando o balanço referente ao terceiro trimestre de 2022.

De acordo com a companhia, o aumento da margem ajustada está, principalmente, lastreado em três linhas do resultado:

  • Aumento da margem comercial
  • Redução do nível de quebra 
  • Mmaior diluição das despesas corporativas

As ações PCRA3 operam em queda de 0,83%, cotadas a R$ 19,23. 

VALE (VALE3) SEGUE LIDERANDO AS PERDAS DO DIA

Dezembro é época de fazer promessas e estabelecer metas para o novo ano que se aproxima — e não é diferente com as empresas. A Vale (VALE3) anunciou nesta quarta-feira (07) as projeções de produção para 2023 e para os anos seguintes e promove evento com investidores em Nova York.

A julgar pela reação das ações, porém, a recepção aos números não foi muito boa. VALE3 manteve-se entre as maiores quedas do Ibovespa durante todo o dia e fechou em baixa de 3,56%, a R$ 84,84.

Então vamos às projeções da Vale. A produção de minério de ferro — um dos carros-chefes da empresa — deve manter-se nos níveis atuais, entre 310 e 320 milhões de toneladas em 2023. Para este ano, a estimativa é de 310 milhões de toneladas.

Já a produção de níquel deve cair de 180 milhões de toneladas para algo entre 160 e 175 milhões de toneladas, ainda de acordo com a Vale.

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JUROS FUTUROS OPERAM MISTOS

Após a aprovação do texto da PEC da Transição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por um valor R$ 30 bilhões menor do que o inicialmente pretendido, aliviam a ponta mais curta da curva de juros. O movimento beneficia o desempenho empresas mais sensíveis, como construtoras e empresas de tecnologia.

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F23DI Jan/2313,66%13,67%
DI1F24DI Jan/2413,91%13,93%
DI1F25DI Jan/2513,11%13,08%
DI1F26DI Jan/2612,86%12,82%
DI1F27DI Jan/2712,76%12,70%
ABERTURA EM NOVA YORK

Ao contrário do que indicavam os índices futuros, o dia começa no azul em Nova York, após dois dias de forte queda. Os investidores ainda monitoram o humor dos dirigentes do Federal Reserve e a possibilidade de um prolongamento do aperto monetário.

  • Nasdaq: +0,06%
  • Dow Jones: +0,10%
  • S&P 500: +0,10%
VAI ROLAR PRIVATIZAÇÃO?

Há pouco, o governador eleito do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que logo após a posse irá iniciar imediatamente um estudo sobre a empresa de saneamento Sabesp (SBSP3), "sem paixões". A expectativa do mercado é que o novo chefe do Palácio dos Bandeirantes encaminhe a privatização da companhia.

BRF (BRFS3) LIDERA OS GANHOS DO DIA

As ações da BRF (BRFS3) sobem 4,02%, negociadas a R$ 8,30. A companhia, que é mais voltada ao cenário interno, é beneficiada, entre outros fatores, com o alívio nos juros futuros mais curtos.

Além disso, o desempenho positivo reflete uma leve recuperação nos papéis, que acumulam uma queda semanal de 11,40% após a notícia de uma dívida multimilionário do frigorífico com a Ipiranga.

O movimento de alta de BRF (BRFS3) destoa dos pares no setor de frigoríficos nesta manhã de quarta-feira; JBS (JBSS3), Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3) operam em leve queda.

VALE (VALE3) CAI APÓS PROJEÇÕES

A Vale (VALE3) é uma das maiores queda do Ibovespa nesta quarta-feira (7). As ações da mineradora caem 2,51%, negociadas a R$ 85,77.

Mais cedo, a empresa divulgou as projeções para o próximo ano. A produção do minério de ferro deve se manter em níveis atuais, entre 310 e 320 milhões de toneladas em 2023. Para este ano, a estimativa é de 310 milhões de toneladas.

Já a produção de níquel deve cair de 180 milhões de toneladas, neste ano, para estimativas entre 160 e 175 milhões de toneladas. A de cobre deve recuar de 260 milhões para a margem entre 335 e 370 milhões de toneladas. Os dois metais básicos são uma importante aposta da mineradora para os próximos anos.

A piora no desempenho das ações também se devem à desvalorização do minério de ferro em Dalian, na China, após dados fracos de exportações do país asiático. A commodity encerrou as negociações em queda de 1,92%, com a tonelada cotada a US$ 109,66.

Por fim, a Vale realiza hoje o Vale Day, a partir das 11h (horário de Brasília), evento com investidores sobre as perspectivas da empresa para os próximos anos em Nova York.

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Com maior cautela do exterior e instabilidade das commodities no cenário internacional, o Ibovespa opera em queda de 0,56%, aos 109.567 pontos.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
EZTC3EZTEC ONR$ 15,062,52%
VBBR3VIBRA energia ONR$ 16,032,04%
MRVE3MRV ONR$ 8,311,96%
BRFS3BRF ONR$ 8,111,76%
JHSF3JHSF ONR$ 5,301,53%

E as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
GGBR4Gerdau PNR$ 30,15-2,90%
CSNA3CSN ONR$ 14,26-2,99%
VALE3Vale ONR$ 85,25-3,09%
BRAP4Bradespar PNR$ 28,59-3,08%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 13,33-2,49%
ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa abriu em queda de 0,54%, aos 109,596 pontos e acompanha a maior cautela do exterior. A piora do humor deve-se aos dados fracos da China divulgados mais cedo; entre eles, o recuo de 8,7% nas exportações em novembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Os investidores acompanham os desdobramentos da aprovação da PEC da Transição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O texto aprovado prevê cerca de R$ 145 bilhões fora do teto de gastos, além dos R$ 23 bilhões em receitas extraordinárias, totalizando impacto de R$ 168 bilhões; a matéria deve ser apreciada pelo plenário do Senado ainda nesta semana e depois encaminhada à Câmara dos Deputados.

Além disso, hoje é o último dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve manter a taxa Selic em 13,75% ao ano.

Por fim, o Supremo Tribunal Federal (STF) avalia nesta quarta-feira a constitucionalidade do orçamento secreto.

MINÉRIO DE FERRO

O minério de ferro encerrou as negociações em Dalian, na China, em queda após dados fracos de exportações do país asiático. A commodity recuou 1,92%, com a tonelada cotada a US$ 109,66.

FUTUROS EM NOVA YORK

Os índices futuros em Nova York operam em queda, com maior cautela sobre China e a proximidade da última reunião do ano do Federal Reserve (Fed).

Confira o desempenho de Nova York:

  • Dow Jones futuro: -0,45%;
  • S&P 500 futuro: -0,68%;
  • Nasdaq futuro: -1,10%.

O dólar à vista renova mínima a R$ 5,2290, com queda de 0,78%.

ADRS DE VALE E PETROBRAS EM NOVA YORK

Os ADRs  recibos de ações em bolsas estrangeiras  da Petrobras e da Vale, empresas com maior peso no Ibovespa, operam em queda no pré-mercado em Nova York, com a realização das commodities e a maior cautela do exterior.

O ADR da Petrobras recua 0,06%, a US$ 11,08. Já o recibo de ações da Vale cai 1,19%, a US$ 16,56.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

A queda do dólar e a manutenção da cautela com a aprovação da PEC de Transição, com um gasto fora do teto menor que o previsto, os Depósitos Interfinanceiros (DIs) operam em leve alta, impulsionada pelo exterior.

NOME ULT  FEC 
DI Jan/2313,67%13,67%
DI Jan/2413,97%13,93%
DI Jan/2513,15%13,08%
DI Jan/2612,89%12,82%
DI Jan/2712,78%12,70%
FUNDO DE PEDRO MOREIRA SALLES SE UNE A GESTORAS NA ENEVA (ENEV3)

A Cambuhy, empresa de investimentos do banqueiro Pedro Moreira Salles, decidiu unir forças com três gestoras na Eneva (ENEV3). O acordo de acionistas tem validade inicial de dois anos, mas pode ser prorrogado.

O novo bloco, formado pela Atmos, Dynamo e Velt, detém 565.802.704 ações, o equivalente a 35,7% da empresa de energia. Assim, o quarteto fica à frente do BTG Pactual (BPAC11), que possui 24,1% do capital.

O restante das ações está nas mãos do mercado. Isso significa que a empresa não possui um acionista controlador com mais de 50% do capital.

Por isso, o novo bloco ganha força ao decidir em conjunto questões como uma eventual venda das participações.

Leia mais.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

EU FICO COM A PUREZA DA RESPOSTA DAS CRIANÇAS

Lá fora, os mercados asiáticos encerraram o pregão em baixa nesta quarta-feira, acompanhando as movimentações negativas dos mercados globais durante ontem, com os investidores ainda preocupados com as perspectivas para as taxas de juros. Não pegou bem também os dados mais fracos do que o esperado para a balança comercial chinesa em novembro. Por outro lado, as novas medidas de flexibilização das restrições chinesas contra a pandemia são positivas, apesar de não terem sido o suficiente para inverter a tendência negativa impressa no dia.

O pregão não possui uma única direção na Europa e nos futuros americanos, havendo uma nítida predominância de tons pessimistas. Não só o receio com a atividade do gigante asiático prejudica, mas com a dos próprios países ocidentais, depois que os executivos americanos apontaram para a possibilidade de recessão. Por outro lado, o resultado do PIB da Zona do Euro mais forte do que o esperado fortalece o entendimento de que as taxas de juros podem continuar a subir mais por lá. O Brasil até acompanha a dinâmica internacional, mas sob sua própria lógica, uma vez que as discussões fiscais ainda impactam a realidade do mercado.

A ver…

00:53 — Por favor, não citem novamente a MMT

Por aqui, os investidores dividem sua atenção entre o resultado do Comitê de Política Monetária (Copom) após do fechamento do mercado, e as discussões fiscais no Congresso, depois que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a PEC da Transição com seus primeiros ajustes. Sobre a reunião do Banco Central, não deve haver alteração da Selic, que será mantida em 13,75% ao ano — o que importa hoje é o comentário da autoridade monetária sobre os próximos passos, devendo traçar um parecer duro sobre o futuro da economia brasileira, muito por conta do fiscal.

Agora, em relação ao panorama político, temos a votação da PEC da Transição no plenário do Senado, depois que a CCJ aprovou o texto já parcialmente ajustado ontem, contemplando elevação do teto de gastos em R$ 145 bilhões, além dos R$ 23 bilhões em receitas extraordinárias, totalizando impacto de R$ 168 bilhões. O ponto interessante é que o governo eleito terá até agosto de 2023 para substituir a âncora fiscal, o que me soa bem, pois deverá ser uma das prioridades de Lula e Alckmin. Novos ajustes ainda devem ser feitos hoje, ao longo do dia, secando um pouco a proposta.

Os pontos são positivos e ajudaram a curva de juros a devolver os prêmios no final do pregão, impulsionando as ações. Sim, não é o melhor desfecho possível, mas está longe de ser o pior. Um destaque negativo foi a referência à Teoria Monetária Moderna (MMT na sigla em inglês) no parecer da PEC — tanto a teoria em si como a referência foram equivocadas (a pessoa que escreveu provavelmente não conhece a MMT direito). Provavelmente, o trecho também será retirado. Adicionalmente, há hoje a votação no STF da constitucionalidade do orçamento secreto, que poderá dar cacife para Lula na Câmara dos Deputados, a depender do resultado. Importante acompanhar.

02:23 — O medo de uma recessão

Ontem, o S&P 500 caiu pela quarta sessão consecutiva depois que os principais executivos dos maiores bancos dos EUA alertaram que a inflação persistentemente alta pode desencadear uma recessão econômica no próximo ano. O comentário, na verdade, reflete a preocupação de que, para reduzir a inflação para perto de sua meta de 2%, o Fed precisará empurrar a economia para uma recessão prolongada.

A reação recente do mercado às boas notícias econômicas foi interpretá-las como más notícias para ações e títulos de renda fixa, já que é menos provável que o Fed seja capaz de adotar uma postura mais acomodatícia no curto prazo. De fato, desde os comentários de Powell na semana passada, os investidores só receberam notícias de que, ainda que haja uma desaceleração no ritmo de aperto monetário, ele deverá continuar por algum tempo, mantendo a taxa de juros elevada em um prazo mais dilatado.

Diante disso, será importante acompanharmos hoje os dados finais de produtividade e custo unitário de mão-de-obra dos EUA. Por enquanto, a expectativa é de menor crescimento do custo unitário do trabalho, o que ajudaria em tese a inflação, apesar de pouco da inflação atual estar relacionada com trabalho em si. Um número mais forte do que o esperado deve reforçar a ideia de uma economia ainda robusta, dando mais margem para o Fed continuar subindo os juros por mais tempo.

03:29 — A tensão no mercado de petróleo

As preocupações com a atividade global também estão pesando nos mercados de energia, com o petróleo bruto tendo caído mais de 4% ontem, para baixo de US$ 80 o barril — no caso do WTI, o referencial americano, a queda foi de 3,5% no dia, para US$ 74,25 o barril, seu menor preço desde 23 de dezembro de 2021 (neste contrato, o petróleo caiu 40% em relação à alta de março de 2022). É impactante.

O mercado mais aquecido na primeira metade de 2022 está sofrendo com as perspectivas de demanda do petróleo fragilizadas, já que estamos em uma desaceleração basicamente em todas as principais economias. De fato, o curto prazo parece bastante desafiador para a commodity, mas a médio e longo prazo as questões estruturais de oferta ainda deveriam manter os preços elevados por mais tempo.

04:10 — Até tu, Brutus?

Para piorar o sentimento com a atividade econômica global, até a China decidiu colaborar. Os dados comerciais de novembro da China foram fracos. As exportações recuaram pelo segundo mês seguido, caindo impressionantes 8,7% em novembro (base anualizada), enquanto as importações caíram mais de 10% (os dois resultados foram bem piores do que o esperado pelo mercado). 

Os dados mais fracos esconderam a boa notícia de mais flexibilização às restrições contra a Covid-19, que é um fator relevante para fazer a economia chinesa girar nos próximos meses — recentemente, o medo do vírus e das restrições associadas limitou o consumo, prejudicando indicadores econômicos. Em havendo uma melhora da economia chinesa no primeiro semestre de 2023, podem voltar com o otimismo.

04:45 — O mundo dá voltas

A economia da China ultrapassou a Índia no início dos anos 1990, quando estava dando os primeiros passos de seu alto crescimento no modelo de Deng Xiaoping. Agora, enquanto a China enfrenta grandes problemas em sua economia, a Índia tem a chance de emergir como um novo dínamo para a atividade global.

Para se ter uma ideia, o gigante do sul da Ásia está à beira de um crescimento sustentado do PIB de 7% no médio prazo — a Bloomberg Economics vê o crescimento potencial subindo para 7,6% até 2026 e atingindo um pico de cerca de 8,5% no início dos anos 2030, o que seria impressionante.

Contudo, a Índia já apresentou crescimento decepcionante no passado. Dessa vez seria diferente? Talvez sim. Primeiro porque há evidências tangíveis de que Nova Délhi está investindo seu dinheiro onde está falando em termos de construção de infraestrutura para apoiar os fabricantes do país.

Em segundo lugar, a distância crescente entre os EUA e a China deu à Índia uma oportunidade de ouro para aumentar o seu papel nas cadeias de abastecimento. O mesmo poderia acontecer com o Brasil nos próximos anos, se soubermos aproveitar a tendência.

O dólar à vista, que abriu em leve alta, opera em queda de 0,17%, a R$ 5,2610.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO E DO DÓLAR

O Ibovespa futuro cai 1,01%, aos 109.575 pontos e acompanha a maior cautela do exterior, intensificada após a China registrar queda de quase 10% nas exportações em novembro.

No mesmo horário, o dólar à vista abriu em leve alta de 0,06%, a R$ 5,2730;

MERCADO DE COMMODITIES

O minério de ferro negociado em Dalian, na China, opera em queda de 1,92%, com a tonelada cotada a US$ 109,66. O desempenho da commodity em tom negativo reflete os dados de exportação chinesa.

As exportações do país asiático tombaram 8,7% em novembro na comparação com o mesmo mês no ano passado, com demanda global fraca, bem acima das expectativas do mercado que projetam um recuo de 2%.

O petróleo tipo Brent opera em leve alta de 0,15%, com o barril negociado a US$ 79,46.

DAY TRADE NA B3

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - compra dos papéis de Itaú Unibanco (ITUB4).

ITUB4: [Entrada] R$ 26.20; [Alvo parcial] R$ 26.98; [Alvo] R$ 28.15; [Stop] R$ 24.90

"Uma potencial reversão de tendência no setor oferece oportunidade de ganhos no curto prazo."

Recomendo a entrada na operação em R$ 26.20, um alvo parcial em R$ 26.98 e o alvo principal em R$ 28.15, objetivando ganhos de 7.4%.

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PIB NA ZONA DO EURO

O Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro cresceu 0,3% no terceiro trimestre de 2022 ante o primeiro, segundo a última leitura do dado, divulgada mais cedo pela Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia. A leitura final sofreu revisão para cima, após as duas publicações anteriores informarem alta trimestral de 0,2% do PIB.

Na comparação anual, o PIB da Zona do Euro registra avanço de 2,3% no terceiro trimestre. A estimativa anterior havia sido de alta de 2,1%.

O crescimento anual do segundo trimestre também foi revisado, de um avanço de 4,1% para um crescimento de 4,2%. A alta de 0,8% ante o primeiro trimestre do ano não sofreu alteração.

*Com informações de Broadcast

AGENDA DO DIA
  • Zona do Euro: Leitura final do PIB do 3º trimestre (7h)
  • FGV: IGP-DI de novembro (8h)
  • Anfavea: Produção de veículos em novembro (10h)
  • Canadá: Decisão de juros do BC (12h)
  • Congresso Nacional: Plenário do Senado começa discussão da PEC da Transição, com expectativa de votação no mesmo dia (16h)
  • Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, recebe em São Paulo prêmio de Destaque do Setor Financeiro do LIDE. Na premiação, aberta à imprensa, fará discurso de agradecimento, em compromisso aderente às regras de silêncio do Copom (21h30)
FUTUROS DE NOVA YORK RECUAM COM PROXIMIDADE DA REUNIÃO DO FED

Os índices futuros de Nova York amanheceram em leve queda nesta quarta-feira.

Os investidores estão à espera de indicadores que possam fornecer pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O Fed se reunirá somente na semana que vem, mas indicadores recentes sugerem que a autoridade norte-americana estaria propensa a manter o ritmo do agressivo aperto monetário em andamento nos Estados Unidos.

Com os representantes da autoridade monetária no período de silêncio, os investidores podem apenas aguardar a reunião dos dias 13 e 14 de dezembro.

Confira:

  • Dow Jones futuro: -0,13%;
  • S&P 500 futuro: -0,22%;
  • Nasdaq futuro: -0,35%.

As bolsas de valores europeias abriram sem direção clara hoje. Os investidores da região reagem a temores de que a economia global esteja caminhando rumo a uma recessão.

Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, observou durante entrevista à CNBC que a economia norte-americana está sendo sustentada pelos gastos com consumo, mas que essa tendência deve se reverter em algum momento de 2023.

O que pode aliviar os investidores por lá são os números revisados do PIB do 3º trimestre da Zona do Euro. A terceira leitura da atividade econômica mostrou um crescimento de 0,3%, contra 0,2% na estimativa anterior.

Na comparação anual, o PIB da Zona do Euro avançou 2,3% no terceiro trimestre, contra a estimativa anterior de 2,1%.

Confira:

  • Euro Stoxx 50: -0,31%
  • DAX (Alemanha): -0,32%
  • CAC 40 (França): -0,31%
  • FTSE 100 (Reino Unido): -0,01%

BOLSAS DA ÁSIA RECUAM APÓS DADOS FRACOS DA CHINA

As bolsas de valores asiáticas fecharam em queda nesta quarta-feira.

Os investidores ignoraram o afrouxamento da política de covid zero na China diante de números considerados preocupantes no saldo comercial chinês.

As exportações chinesas em novembro registraram o maior tombo anual desde o início da pandemia.

Confira:

  • Xangai (China): -0,40%
  • Nikkei (Japão): -0,72%
  • Kospi (Coreia do Sul): -0,43%
EXPORTAÇÕES CHINESAS CAEM QUASE 10%, ACIMA DO ESPERADO

As exportações da China recuaram pelo segundo mês consecutivo em novembro. Influenciadas pelo arrefecimento da demanda global, registraram o pior resultado desde a eclosão da pandemia.

Pesquisa do serviço alfandegário chinês mostra que as exportações da segunda maior economia do mundo sofreram um tombo de 8,7% em novembro ante igual mês do ano passado, após caírem 0,3% na comparação anual de outubro.

O resultado foi bem pior do que o esperado por economistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda de 2% em novembro.

Também no confronto anual, as importações chinesas tiveram redução de 10,6% em novembro, bem maior do que o declínio de 0,7% observado em outubro e que a perda de 4% projetada no levantamento do WSJ.

Em novembro, a China acumulou superávit comercial de US$ 69,84 bilhões, menor do que o saldo positivo de US$ 85,15 bilhões de outubro e aquém do consenso de economistas, de US$ 78,05 bilhões.

BIDEN AMPLIA MAIORIA NO SENADO COM VITÓRIA DE DEMOCRATA NA GEORGIA

O democrata Raphael Warnock foi reeleito ao Senado dos Estados Unidos no segundo turno das eleições no Estado americano da Geórgia.

Ele derrotou o ex-jogador de futebol americano Herschel Walker, segundo projeções da imprensa local.

O resultado amplia a vantagem democrata no Senado.

Antes da eleição, democratas e republicanos tinham 50 senadores cada. A vice-presidente Kamala Harris detinha voto de Minerva.

Agora, o partido do presidente Joe Biden terá 51 cadeiras na próxima legislatura, contra 49 da oposição republicana.

O pleito marca o fim de uma campanha eleitoral na qual a legenda do presidente Joe Biden teve desempenho melhor do que as pesquisas sugeriam.

Antes da votação, pesquisas indicavam que Biden perderia o controle do Senado e da Câmara.

No fim, o partido perdeu apenas o controle da Câmara dos Representantes, mas os republicanos terão uma maioria relativamente apertada de 222 deputados, contra 213 democratas.

CHINA RELAXA POLÍTICAS DE COVID ZERO

O governo chinês voltou a relaxar parte das rígidas medidas de restrições à mobilidade para conter a disseminação da covid-19.

O relaxamento das restrições ocorre na esteira de uma onda de protestos contra a estratégia de covid zero do governo da China.

A partir de agora, pacientes diagnosticados com o vírus que não apresentem sintomas ou tenham uma versão leve da enfermidade poderão cumprir quarentena em casa, não mais em instalações supervisionadas pelas autoridades.

Entre outras medidas, o órgão também eliminou a obrigatoriedade de realização de testes para acessar locais públicos, com exceção de hospitais, creches e escolas.

O anúncio ocorre pouco mais de uma semana após uma série de manifestações em diversas cidades chinesas depois de quase três anos de duras restrições.

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