O que acontece com o bitcoin? 4 razões para o novo crash do mercado de criptomoedas
O bitcoin não é o mesmo desde que atingiu a máxima histórica de quase US$ 70 mil no início de novembro. Saiba as razões para o mau momento do mercado cripto
Em um mercado que opera 24 horas por dia, sete dias por semana, o bitcoin (BTC) enfim conseguiu um espaço para respirar. Após o verdadeiro mergulho que foi a queda de 17% nos últimos sete dias, a principal criptomoeda do mercado se estabilizou no patamar dos US$ 35 mil.
Na manhã deste domingo, o bitcoin é negociado a US$ 35.794, em leve alta de 0,08% nas últimas 24 horas. As demais criptomoedas também ensaiam uma recuperação, ainda que tímida. A crise nesse mercado, contudo, ainda parece longe de terminar.
O que acontece com o bitcoin?
O bitcoin não é o mesmo desde que atingiu a máxima histórica de quase US$ 70 mil no início de novembro. De lá para cá, a criptomoeda perdeu quase metade do valor.
Como o bitcoin é uma espécie de farol desse mercado, as demais criptomoedas acompanharam a queda, algumas com intensidade ainda maior.
Mas, afinal, o que explica o mau momento do bitcoin? A seguir você encontra quatro razões, incluindo a última, que justifica o novo "crash" do mercado cripto que começou na madrugada de sexta-feira.
1 - Inflação, Fed e... bitcoin?
O bitcoin vem sendo usado como proteção contra o aumento global da inflação, e podemos dizer que a criptomoeda cumpriu bem o papel. Aqui no Brasil, por exemplo, a moeda digital foi a única a render mais que a inflação no ano passado.
Leia Também
O início da derrocada do bitcoin, no meio de novembro, coincidiu com a mudança no discurso do Federal Reserve (Fed). O Banco Central dos Estados Unidos enfim reconheceu que a inflação não é um fenômeno temporário e que terá de agir para conter a disparada dos preços.
No início deste ano, o Fed endureceu ainda mais o discurso, o que levou o mercado a aumentar as projeções de alta de juros na maior economia do mundo.
Atualmente, as taxas estão zeradas nos Estados Unidos, mas à medida que elas subirem, a atratividade de ativos que não rendem juros, como o bitcoin, tende a diminuir. Os investidores procuram, então, vender a criptomoeda para se antecipar a esse cenário.
2 - Bolsas americanas em queda
A perspectiva de alta dos juros nos Estados Unidos mexe também com as bolsas norte-americanas. Os principais índices de Nova York amargam quedas consecutivas neste início de ano, na contramão das taxas dos títulos do governo norte-americano.
Como os chamados Treasuries são considerados os ativos mais seguros do mercado, a alta das taxas tende a atrair recursos dos investimentos de maior risco, como as bolsas e, claro, o bitcoin.
Se no início as criptomoedas eram ativos praticamente sem correlação com o resto do mercado, agora que grandes investidores também têm bitcoin na carteira essa situação mudou.
Ou seja, a tendência é que as moedas digitais apresentem movimentações na mesma trajetória das bolsas e dos indicadores da economia com cada vez mais frequência.
3 - Rússia quer banir o bitcoin
A situação já não estava tranquila para o bitcoin quando a Rússia propôs na quinta-feira banir a mineração e as transações com criptomoedas no país.
Para o banco central russo, os criptoativos ameaçam a soberania e a estabilidade financeira do país, que é um dos principais em mineração de bitcoin.
Um movimento de queda semelhante ocorreu no ano passado, quando a China baniu a atividade de mineração de criptomoedas no país.
4 - Liquidação de contratos de bitcoin
Em busca de recursos para lidar com as perdas nas bolsas, os investidores procuram vender os ativos com maior liquidez e risco. E você já deve imaginar quem é o primeiro escolhido nessas horas.
Nos últimos meses, os investidores mantinham não só posições diretas em bitcoin como também em contratos futuros da criptomoeda, uma forma de se posicionar em uma possível alta do ativo de forma mais barata — e alavancada.
Com a perspectiva de queda do bitcoin em meio ao cenário de juros mais altos, houve uma liquidação em massa de contratos futuros na sexta-feira de madrugada.
As negociações no mercado futuro deram início ao movimento em cascata que derrubou as cotações da criptomoeda para o atual patamar de US$ 35 mil.
Quer saber mais sobre a queda do bitcoin? Ray Nasser, CEO da companhia de mineração Arthur Mining, fez uma live no Instagram do Seu Dinheiro e comentou os principais pontos que levaram à queda do BTC.
Leia também:
- A bolsa ainda pulsa, mas será um último suspiro? O podcast Touros e Ursos discute o cenário para o Ibovespa
- Nubank lança fundo para reserva de emergência que busca retorno entre 100% e 105% do CDI – mas tem uma pimentinha
- Agenda de indicadores: Inflação domina semana recheada de balanços de empresas de tecnologia em Wall Street; saiba o que esperar
E agora, bitcoin?
Apesar da relativa calmaria do mercado na manhã deste domingo, ainda é cedo para afirmar que a trajetória de queda do bitcoin chegou ao fim.
Vale lembrar que o mercado cripto sofreu um baque em 2018, quando o bitcoin sofreu uma queda da ordem de 80%, e só voltou a reagir no ano seguinte.
Mas o que pode influenciar as cotações daqui para frente? É fato que a tendência de juros mais altos nos Estados Unidos pesa contra as criptomoedas.
Agora, quem enxerga a tecnologia por trás das moedas digitais como uma revolução inevitável e tem apetite ao risco pode aproveitar a queda para se posicionar nesse mercado em condições de preço melhores.
Seja como for, os especialistas recomendam que uma parcela pequena da sua carteira, de no máximo 5% do total, esteja alocada em bitcoin e criptomoedas.
Veja também - Por que a bolsa brasileira se descolou do clima negativo lá fora e o que esperar daqui para frente?
Enquanto o bitcoin e as bolsas lá fora sofrem, aqui no Brasil o Ibovespa surpreende com uma arrancada nos primeiros dias de 2022. Esse foi o tema da edição desta semana do podcast Touros e Ursos, do Seu Dinheiro. Aperte o play logo abaixo e confira:
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
