Pátria pode chegar à Nasdaq valendo US$ 1,6 bilhão, diz BTG Pactual
Sem avaliar qualitativamente a operação, BTG Pactual afirma que companhia aproveita crescimento de investimentos alternativos no país
Uma das principais gestora de ativos do País e da América Latina, o Pátria Investimentos vai abrir seu capital nos Estados Unidos, e o BTG Pactual acredita que ela pode chegar ao mercado avaliada entre US$ 1 bilhão e US$ 1,6 bilhão.
Com US$ 13 bilhões em ativos sob gestão, em áreas como private equity, infraestrutura e agronegócio, a gestora entrou com um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 30 de dezembro na SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos.
O documento não traz detalhes sobre quanto a companhia pretende levantar, a destinação que pretende dar aos recursos ou se acionistas irão vender participação.
Uma das poucas informações que ele traz é que os recursos serão utilizados para investir em fundos próprios e expandir as operações via aquisições de outras gestoras e portfólios. As ações serão listadas na Nasdaq, com o símbolo “PAX”.
Para chegar ao valor estimado do Pátria, os analistas Eduardo Rosman e Thomas Peredo consideraram os múltiplos em que seus principais pares, a Blackstone (que detém uma participação de 40% na gestora brasileira) e a Carlyle, são negociados, além dos resultados anualizados de 2020.
No acumulado de 2020 até setembro, o Pátria registrou um lucro de cerca de US$ 45 milhões. Quando anualizado, ele alcança US$ 60 milhões, ficando praticamente estável em relação ao registrado em 2019, mas sobe 30% quando convertido para real, de acordo com o BTG Pactual.
Leia Também
Quem é Pátria?
O Pátria foi fundado em 1988. Ele se chamava anteriormente Patrimônio Planejamento Financeiro e atuava como assessor financeiro e de operações de fusões e aquisições, em parceria com a americana Salomon Brothers.
Ele acabou sendo rebatizado com o nome atual em 2003, depois de formar o negócio de private equity, vender o banco de investimentos fundado em 1994 e entrar na parte de real estate.
Ao longo de 32 anos de história, o Pátria já investiu mais de US$ 17 bilhões em mais de 90 empresas e ativos. Entre as empresas em que possui participação estão a rede de academias BioRitmo e a rede de laboratórios Alliar (AALR3).
No ano passado, em parceria com o fundo soberano de Cingapura, o Pátria venceu a disputa pela maior concessão do país até hoje, o corredor rodoviário Piracicaba-Panorama, em São Paulo, conhecido por Pipa.
Ventos favoráveis
Informando que o banco não está envolvido na operação e que o relatório não visa oferecer qualquer tipo de recomendação a respeito do IPO, os analistas citaram que o atual momento do país, com juros baixos e desintermediação financeira, é favorável ao Pátria, ao estimular aumento das alocações em fundos de private equity.
Eles citam dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) de que o volume de ativos sob gestão de private equities cresceu cerca de 23% ao ano nos últimos dez anos, alcançando R$ 625 bilhões em 2019.
“Nós vemos bastante espaço para o crescimento de investimentos no Brasil, e com mais dinheiro indo a nomes independentes (excluindo bancos) como o Pátria, existe forte impulso para que investimentos alternativos também cresçam”, diz trecho do relatório.
Smart Fit (SMFT3) lucrou 40% em 2025, e pode ir além em 2026; entenda a recomendação de compra do Itaú BBA
Itaú BBA vê geração de caixa elevada, controle de custos e potencial de crescimento em 2026; preço-alvo para SMFT3 é de R$ 33
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
