Esquenta dos mercados: dirigentes do Fed e eleições na Alemanha movimentam exterior, enquanto cenário doméstico olha crise fiscal esta semana
Os dados de inflação no exterior devem movimentar os negócios, enquanto pautas do Congresso miram em Orçamento para 2022

Os problemas da China e a inflação no Brasil chegaram a desanimar os investidores durante algum tempo. Mas a bolsa brasileira reagiu e o saldo da semana foi positivo para o Ibovespa, que avançou 1,65%, mas a sexta-feira interrompeu uma sequência de três altas. O principal índice da bolsa brasileira recuou 0,69%, aos 113.282 pontos. O dólar à vista teve alta de 0,64%, a R$ 5,3438.
Confira o que movimenta o mercado esta semana:
Crise política, fiscal e emprego no radar
Depois de encerrar a semana passada com uma inflação acumulada de mais de 10% nos últimos 12 meses, o investidor brasileiro deve focar nesta semana nos dados do emprego. Na terça-feira (28), serão divulgados os dados da geração de emprego formal pelo Caged e, na quinta-feira (30), é a vez da Pnad Contínua do IBGE.
Ainda na terça-feira, a divulgação da ata da última reunião do Copom também deve movimentar os mercados nos próximos dias. Com os dados do emprego e inflação nas mãos, os investidores devem ficar atentos até onde deve ir a taxa básica de juros, apesar de o Comitê já ter contratado uma nova alta de 1 ponto percentual na próxima reunião.
Ao longo da semana, o investidor brasileiro deve digerir ainda os números das contas públicas, divulgados pelo Tesouro Nacional. O relatório mensal da dívida (hoje) e o resultado primário do governo em agosto (amanhã) devem colocar ainda mais pressão sobre pautas que mexem com o Orçamento para 2022.
A PEC dos precatórios e a reforma do Imposto de Renda devem ficar na agenda do Congresso Nacional esta semana. Nos últimos dias, os presidentes da Câmara e do Senado concordaram em aprovar o texto da reforma em, no máximo, 20 dias.
Leia Também
Com o clima das eleições se aproximando, as pautas de caráter mais populista podem tomar o palco dos negócios, o que coloca em risco o teto fiscal e as contas públicas.
Federal Reserve, eleições na Alemanha e olho no dragão
As eleições na Alemanha seguem animando os negócios, com uma possível vitória do partido social-democrata no país. Essa notícia deve repercutir nos mercados entre hoje e amanhã (28).
Mas no cardápio do exterior, os dados de inflação devem ser o grande destaque da semana. Na quinta-feira (30), é a vez dos Estados Unidos divulgarem uma prévia do índice de preços ao consumidor (PCE, em inglês), mas o dado oficial só deve ser divulgado na sexta-feira (1º). No último pregão da semana, também devem ser divulgados dados da inflação da Zona do Euro.
Além disso, as falas de diversos dirigentes do Fed ao longo da semana e dados do índice do gerente de compras também devem movimentar os negócios. Os investidores devem permanecer atentos à atividade econômica dos países, de olho na alta das commodities energéticas, e nos próximos passos do Banco Central americano para a retirada dos estímulos da economia, movimento conhecido como tapering.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão sem direção única nesta segunda-feira. O gigante asiático tem enfrentado problemas com a crise de liquidez nos mercados com a Evergrande, além de cortes de energia locais que comprometem a perspectiva de crescimento. O rali do petróleo segue no radar, com a commodity em alta hoje.
Na Europa, as principais praças sobem pela manhã, de olho na possível vitória da social-democracia na Alemanha. As ações do setor petrolífero seguem animadas com a alta do petróleo.
Por fim,os futuros de Nova York apontam para uma abertura mista, de olho na retomada econômica da China e nas falas dos dirigentes do Fed de hoje.
Agenda semanal
Segunda-feira (27)
- Fipe: IPC - Semanal (5h)
- FGV: INCC-M de setembro (8h)
- FGV: Sondagem da Construção de setembro (8h)
- Banco Central: Relatório Focus semanal (8h25)
- Banco Central: Nota de crédito de agosto (9h30)
- Estados Unidos: Encomenda de bens duráveis em agosto (9h30)
- Tesouro Nacional: Relatório mensal da dívida pública em agosto (14h30)
Terça-feira (28)
- Banco Central: Ata do copom (8h)
- FGV: Sondagem da indústria em setembro (8h)
- Estados Unidos: Secretária do Tesouro, Janet Yellen, e presidente do Fed, Jerome Powell, testemunham diante do Comitê Bancário do Senado (11h)
- Tesouro Nacional: Resultado primário do Governo Central em agosto (14h30)
- Estados Unidos: Secretária do Tesouro, Janet Yellen, participa de evento anual da Associação Nacional para Economia Empresarial (15h)
- Caged: Geração de emprego formal (Sem horário)
Quarta-feira (29)
- FGV: IGP-M em setembro, sondagem de serviços e sondagem do comércio (8h)
- IBGE: Preços ao produtor em agosto (9h)
- Banco Central: Setor público consolidado em agosto (9h)
- Estados Unidos: Vendas pendentes de imóveis em agosto (11h)
- China: Índice do gerente de compras (PMI, em inglês) industrial de setembro (22h)
Quinta-feira (30)
- Banco Central: Relatório trimestral da inflação (8h)
- IBGE: Pnad Contínua divulga a taxa de desemprego de julho (9h)
- Alemanha: CPI (inflação) preliminar de setembro (9h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Estados Unidos: Estimativa do PIB do segundo trimestre (9h30)
- Estados Unidos: Preliminar do PCE e Núcleo do PCE (9h30)
- Estados Unidos: Índice do gerente de compras (PMI, em inglês) de setembro (10h45)
- Estados Unidos: Comitê de Serviços Financeiros da Câmara recebe Tesouro e Des em sessão sobre resposta à pandemia (11h)
Sexta-feira (1º)
- Zona do Euro: Inflação (CPI) preliminar em setembro (6h)
- FGV: IPC-S de setembro (8h)
- Estados Unidos: Índice de preços e dados do consumo (PCE, em inglês) e núcleo do PCE (9h30)
- Brasil: Índice do gerente de compras (PMI, em inglês) industrial de setembro (10h)
- Estados Unidos: Índice do gerente de compras (PMI, em inglês) industrial de setembro (11h)
- Estados Unidos: Índice de atividade industrial (11h)
- Brasil: Balança comercial mensal de setembro (15h)
BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões
O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais
XP aponta seis ações defensivas para enfrentar o novo choque de 50% imposto pelos EUA — e duas possíveis beneficiadas
Enquanto a aversão a risco toma conta do mercado, a XP lista seis papéis da B3 com potencial para proteger investidores em meio ao tarifaço de Trump
Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452
Após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1 de agosto, algumas ações conseguiram escapar de uma penalização dos mercados
Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora
A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas
Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso
Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar