“Era uma oportunidade de pegar os 15 anos anteriores de acúmulo de conhecimento para colocar de pé essa nova proposta de valor”, conta Rubens Henriques, ex-Itaú que acaba de criar sua própria gestora de ativos
O ex-CEO da Itaú Asset Management conversa com Felipe Miranda e Jojo Waschmann sobre sua trajetória profissional, empreendedorismo, inflação e fundos quantitativos em novo episódio do RadioCash
A trajetória profissional de Rubens Henriques é, como ele próprio diz, como um filme. “Pra mim, é um processo natural estar onde eu estou agora”, disse o empresário que foi CEO na área de asset management do Itaú e agora acaba de lançar sua própria asset independente, a Clave. Convidado do RadioCash, podcast apresentado por Felipe Miranda e Jojo Wachscmann, Henriques fala sobre carreira, empreendedorismo, inflação e fundos quantitativos.
Você pode conferir o papo completo dando play abaixo ou procurando pelo RadioCash na sua plataforma de podcasts favorita:
A carreira no Itaú Unibanco
Formado no ITA, Rubens Henriques iniciou sua carreira na área de asset management quando a indústria ainda estava se formando no Brasil. Segundo ele, foi fascinante poder conviver com as mentes mais brilhantes do mercado financeiro, logo no começo da carreira. Além de conhecer a parte mais empresarial de montagem das assets e entender como se coloca um negócio de gestão de recursos de pé.
“Eu tive esse primeiro momento da minha carreira, que foi participar de alguma forma do desenvolvimento das assets aqui no Brasil e depois, no comecinho de 2013, eu também passei a ter a responsabilidade sobre o investimento dos clientes nas assets do mundo inteiro”, relata o CEO da Clave.
Em conversa com Miranda e Waschmann, Henriques conta que se sentiu como um mentor de gestores de assets no período em que esteve no Itaú Unibanco. “A minha participação nos projetos era maior do que quantos milhões de reais iam ser investidos naquele projeto”, diz.
Após 15 anos trabalhando diretamente com empreendedores e gestores, Rubens percebeu que era o momento de fazer a transição para montar seu próprio negócio de asset management:
Leia Também
Horário de verão na bolsa? B3 vai funcionar por uma hora a mais a partir desta segunda-feira (3); entenda a mudança
Mega-Sena começa novembro encalhada e prêmio acumulado já passa dos R$ 40 milhões
“Era uma oportunidade de pegar os 15 anos anteriores de acúmulo de conhecimento e de vivência pra tentar colocar de pé essa nova proposta de valor.”
Uma asset management bem-sucedida vai além dos bons números
Enquanto CEO da Itaú Asset Management, Henriques pôde ter contato com pessoas e gestores de assets, o que o ajudou a montar a própria empresa. Mas, além de entender de números e finanças, ele precisou ir além e explorar também a parte de recursos humanos. “Eu acho que esse exercício de você avaliar o gestor e o empresário e tentar entender o que precisa ser feito para colocar um business de asset de pé, não é uma ciência. Adoraria que fosse. Mas, no final, tem um pouco de tudo: um pouco de arte, um pouco de ciência”, comenta.
Para ele, a montagem de um negócio de gestora de ativos bem-sucedida vai muito além de ter bons resultados em números, mas também saber administrar o time de pessoas, para que elas estejam alinhadas quanto às expectativas e formas de enxergar o mercado.
“Acho que a cota ajuda você a fazer uma análise mais objetiva e quantitativa do negócio, mas tem muito mais do que a cota de fato. Eu acho que no final do dia, se você for olhar friamente, é uma reunião de pessoas, desenhando uma empresa para fazer um projeto de pé”, afirma Henriques.
Quer saber mais como Rubens Henriques saiu do posto de CEO da Itaú Asset Managament para fundar a Clave Capital? Escute o RadioCash:
O nascimento da Clave Capital e o cenário das assets independentes no Brasil
Lançada em maio de 2021, a Clave nasceu já com três verticais de gestão. Além de Rubens como CEO, a empresa tem André Caldas na estratégia de ações, Rodrigo Carvalho na estratégia multimercado macro e Moacir Fernandes nos fundos quantitativos.
“A gente tinha muito claro que os sócios mais relevantes do projeto tinham que ser pessoas que tivessem uma cabeça alinhada e parecida com o que a gente queria fazer. Não adianta a gente juntar pessoas competentes que tenham ambições pessoais, profissionais muito diferentes, né?”, comenta Rubens.
O empresário também comenta sobre o cenário das assets independentes no Brasil, que por vezes acabam se bagunçando por não terem planejado os partnerships de forma estratégica. “A gestora, às vezes, ela começa fazendo uma coisa só, daqui quatro anos ela vai tentar fazer outra. E não necessariamente o partnership foi pensado”, o que, segundo Henriques, pode acabar gerando problemas societários e de pessoas.
Nesse contexto, Rubens conta a Felipe Miranda e Jojo Wachsmann quais são suas ambições para a sua asset management: “O nosso projeto da Clave não é um projeto da gente sair consolidando e trazendo um monte de gente, até porque a gente não vai ter três times de macro, quatro times de bolsa, não é esse o objetivo.”
Inflação, FED e a postura da Clave
No episódio do RadioCash, Rubens também falou sobre a postura de sua gestora de ativos no que se refere ao possível cenário de inflação nos próximos meses. Para ele, estamos passando por uma transição de mercado super importante e é o momento em que “o gestor tem que ter humildade de pé no chão e não ter grandes convicções, porque ninguém tem a resposta perfeita das coisas e vai depender muito do que a gente vai ver de dados daqui pra frente”.
Quando perguntado sobre a inflação americana, Rubens reafirma que ninguém tem a resposta, mas que ele acredita ser uma questão transitória. A Clave, por sua vez, mantém uma postura mais cautelosa, dadas as incertezas acerca da inflação. “Eu acho que a forma como o FED e os bancos centrais vão lidar com essas retiradas de estímulo… nos parece que tudo caminha para se tentar ser feito de uma forma super organizada, mas ninguém garante que não vai ter uma certa desancoragem nessa inflação e as consequências disso elas são perigosas”, diz Henriques.
Por isso, sua asset management procura ter mais alocações em “ativos reais”. O CEO comentou que a gestora gosta de commodities, apesar de ter reduzido sua posição por causa da aceleração de crédito na China; de ouro e de Bolsa de uma forma mais seletiva.
Quer saber mais sobre a posição da Clave Capital no mercado? Escute o podcast completo com seu CEO, Rubens Henriques.
Fundos quantitativos no Brasil: quais são as perspectivas?
Uma das frentes da gestora de ativos de Rubens Henriques são os chamados “quants”, ou fundos quantitativos, que utilizam algoritmos e inteligência artificial para tomar decisões de compra e venda de ativos. Essa modalidade de fundos ainda engatinha no Brasil, mas já é bem mais desenvolvida no exterior:
“Quando você olha para a indústria brasileira de hedge funds e talvez para a indústria de equities também, eu acho que a gente ainda tem um processo meio artesanal de gestão de recursos. E quando eu olho lá pra fora, eu acho que a utilização de tecnologia e de potência computacional para melhorar seu processo discricionário não é uma trend, é uma realidade”, comenta Rubens
Para o CEO da Clave, é essencial que os gestores de recursos que se propõem a gerir produtos sofisticados utilizem da tecnologia para administrar melhor os assets.
“Acho que dá pra melhorar muito o processo de análise tradicional, trazendo mais dados, mais informação de uma forma sistematizada pro analista chegar nas conclusões que ele tiver que chegar. Isso por si só já é um motivo suficiente pra eu querer ter uma estrutura ‘quant’ dentro da Clave”, diz.
Por fim, Rubens também comentou sobre a participação do BTG Pactual como sócio minoritário da Clave. “Ter um sócio que a gente não só vai poder sentar pra falar de distribuição, mas também usar o cérebro daquela estrutura ali pra pensar, discutir produto, ideias de investimento, pensar um pouquinho fora da caixa é uma coisa que a gente vê um valor estratégico muito, muito grande”, finaliza o CEO.
Quer conferir na íntegra a conversa de Rubens Henriques com Felipe Miranda e Jojo Waschmann? É só dar play abaixo ou buscar pelo RadioCash na sua plataforma de podcasts favorita.
Caixa abre apostas para a Mega da Virada 2025 — e não estranhe se o prêmio chegar a R$ 1 bilhão
Premiação histórica da Mega da Virada 2025 é estimada inicialmente em R$ 850 milhões, mas pode se aproximar de R$ 1 bilhão com mudanças nas regras e aumento na arrecadação
Quina acumula de novo e promete pagar mais que a Mega-Sena hoje — e a Timemania também
Além da Lotofácil e da Quina, a Caixa sorteou na noite de sexta-feira a Lotomania, a Dupla Sena e a Super Sete
Lotofácil fecha outubro com novos milionários em São Paulo e na Bahia
Cada um dos ganhadores da Lotofácil 3527 vai embolsar mais de R$ 2 milhões. Ambos recorreram a apostas simples, ao custo de R$ 3,50. Próximo sorteio ocorre hoje.
Na máxima histórica, Ibovespa é um dos melhores investimentos de outubro, logo atrás do ouro; veja o ranking completo
Principal índice da bolsa fechou em alta de 2,26% no mês, aos 149.540 pontos, mas metal precioso ainda teve ganho forte, mesmo com realização de ganhos mais para o fim do mês
Como é e quanto custa a diária na suíte do hotel de luxo a partir do qual foi executado o “roubo do século”
Usado por chefes de Estado e diplomatas, o Royal Tulip Brasília Alvorada entrou involuntariamente no radar da Operação Magna Fraus, que investiga um ataque hacker de R$ 813 milhões
Galípolo sob pressão: hora de baixar o tom ou manter a Selic nas alturas? Veja o que esperar da próxima reunião do Banco Central
Durante o podcast Touros e Ursos, Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos, avalia quais caminhos o presidente do Banco Central deve tomar em meio à pressão do presidente Lula sobre os juros
A agonia acabou! Vai ter folga prolongada; veja os feriados de novembro
Os feriados de novembro prometem aliviar a rotina: serão três datas no calendário, mas apenas uma com chance de folga prolongada
Uma suíte de luxo perto do Palácio da Alvorada, fuga para o exterior e prisão inesperada: o que a investigação do ‘roubo do século’ revelou até agora
Quase quatro meses após o ataque hacker que raspou R$ 813 milhões de bancos e fintechs, a Polícia Federal cumpriu 42 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão
Essa combinação de dados garante um corte da Selic em dezembro e uma taxa de 11,25% em 2026, diz David Beker, do BofA
A combinação entre desaceleração da atividade e arrefecimento da inflação cria o ambiente necessário para o início do ciclo de afrouxamento monetário ainda este ano.
O último “boa noite” de William Bonner: relembre os momentos marcantes do apresentador no Jornal Nacional
Após 29 anos na bancada, William Bonner se despede do telejornal mais tradicional do país; César Tralli assume a partir de segunda-feira (3)
O que falta para a CNH sem autoescola se tornar realidade — e quanto você pode economizar com isso
A proposta da CNH sem autoescola tem o potencial de reduzir em até 80% o custo para tirar a habilitação no Brasil e está próxima de se tornar realidade
Doces ou travessuras? O impacto do Halloween no caixa das PMEs
De origem estrangeira, a data avança cada vez mais pelo Brasil, com faturamento bilionário para comerciantes e prestadores de serviços
Bruxa à solta nas loterias da Caixa: Mega-Sena termina outubro encalhada; Lotofácil e Quina chegam acumuladas ao último sorteio do mês
A Mega-Sena agora só volta em novembro, mas a Lotofácil e a Quina têm sorteios diários e prometem prêmios milionários para a noite desta sexta-feira (31).
Caixa encerra pagamentos do Bolsa Família de outubro nesta quinta (31) para NIS final 0
Valor médio do benefício é de R$ 683,42; Auxílio Gás também é pago ao último grupo do mês
Não é só o consumidor que sofre com golpes na Black Friday; entenda o que é a autofraude e seus riscos para o varejo
Com o avanço do e-commerce e o aumento das transações durante a Black Friday, cresce também o alerta para um tipo de golpe cometido por consumidores
O que muda com a aprovação da MP do setor elétrico na Câmara? Confira os principais pontos
A Câmara dos Deputados aprovou, em votação simbólica, o texto principal da MP 1.304, que define novas diretrizes para o setor elétrico. Alguns pontos considerados mais polêmicos foram destacados e votados em separado
Mais da metade das empresas na América Latina está bastante exposta a riscos climáticos, cada vez mais extremos, diz Moody’s
Eventos extremos estão aumentando, intensificando os prejuízos, e tornam as empresas um risco crescente de crédito.; Seguros não são o suficiente para proteger as companhias
Ele começou lavando pratos e hoje é o dono da empresa mais valiosa da história
De lavador de pratos a bilionário da tecnologia, Jensen Huang levou a Nvidia a se tornar a empresa mais valiosa do mundo, ultrapassando os US$ 5 trilhões com a revolução da inteligência artificial
A Argentina vive seu momento “Plano Real”, e poucos parecem estar botando fé nisso, diz gestora
Segundo a gestora RPS Capital, a Argentina tem todos os elementos que colaboraram para o boom dos ativos brasileiros depois do Plano Real
Jogo do bicho na Netflix: como a expansão das bets abalou a maior loteria ilegal do mundo
Do Barão de Drummond ao “tigrinho”, a história do jogo que ensinou o Brasil a apostar e perdeu espaço para as bets
