O metaverso numa casca de noz: os analistas do Seleção Empiricus mostram como investir nas tendências do futuro
Confuso com o metaverso? Pois saiba que é possível ganhar dinheiro com ele hoje — e os analistas do Seleção Empiricus mostram como

Desde que Mark Zueckerberg anunciou que o Facebook passaria a se chamar Meta, um tema começou a ganhar força no mundo dos investimentos: o metaverso. O conceito ainda engatinha, é verdade, mas isso não impede que você possa se posicionar desde já, aplicando nos temas do futuro — e os analistas que participaram do Seleção Empiricus nesta terça (30) falaram sobre essa nova fronteira do mercado.
Caso você esteja por fora do assunto, vale uma explicação sobre o metaverso. Estamos falando da construção de um ambiente virtual complexo e que se assemelha ao mundo real. Através de óculos de realidade virtual, será possível explorar esse espaço — todo um novo universo dentro do nosso próprio universo. Ou seja: é uma espécie de realidade virtual muito mais avançada do que a que existe hoje, em que interações sociais complexas poderão ser executadas.
Sim, eu sei, é um conceito um tanto quanto abstrato e que parece ter saído de algum livro de ficção científica. E, de fato, o metaverso ainda está engatinhando, com iniciativas tímidas no campo da realidade aumentada e eventos-teste no campo da imersão virtual. Mas as grandes empresas de tecnologia do mundo estão despejando caminhões de dinheiro no desenvolvimento dessa nova realidade.
"O Facebook fez o primeiro investimento no conceito de metaverso em 2014, quando comprou uma empresa chamada Oculus por US$ 2 bilhões", lembrou Richard Camargo, analista da Empiricus, no segundo programa da nova temporada do Seleção. "E, para o ano que vem, o Facebook tem a ideia de investir cerca de US$ 10 bi".
A Oculus, no caso, é uma empresa que desenvolve óculos de realidade virtual — o hardware para a exploração do metaverso. Todo esse dinheiro serve para que essa tecnologia seja aprimorada, permitindo uma experiência cada vez melhor ao usuário. Desde a aquisição, o Facebook já despejou US$ 20 bilhões nesse projeto.
Falar que um histórico de sete anos de investimentos tão relevantes é algo irrelevante... Com certeza não faz sentido
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Metaverso: como investir pensando no futuro?
Dito isso, a grande questão é: como aproveitar desde já as oportunidades de investimento ligadas ao metaverso? E não estamos falando aqui de criptomoedas e eventuais mecanismos financeiros que vão funcionar dentro da realidade virtual — a ideia aqui é montar posição nas empresas que estão na vanguarda para o desenvolvimento da plataforma.
"O metaverso vai ser uma economia viva, que se move dentro do mundo digital", disse João Piccioni, analista e sócio da Empiricus — e um dos apresentadores do Seleção. "As pessoas vão transitar entre o mundo real e o do metaverso de uma forma fluída".
Nesse sentido, há algumas companhias que já estão investindo pesado nessa arena, além do Facebook/Meta. Um dos destaques é a NVIDIA (NVDA/NVDC34), uma das maiores fabricantes globais de placas de vídeo — e que, assim, são parte fundamental para o processamento de dados gráficos em tempo real, que é justamente um dos desafios para o ganho de escala do metaverso.
A NVIDIA, hoje, possui algumas das placas de vídeo mais potentes do mercado — um modelo top de linha pode custar quase R$ 5.000. É preciso, no entanto, que seus produtos continuem evoluindo, de modo a serem aplicáveis à estrutura de um óculos e que tenham capacidade de processamento ainda maior que a que existe hoje.
A empresa, no entanto, não é um play puramente especulativo: em paralelo ao desenvolvimento de produtos e infraestruturas ligadas ao metaverso, a NVIDIA hoje é fortemente demandada pela indústria de games e pelos mineradores de criptomoedas, dada a potência de suas placas. Assim, investir hoje em suas ações é uma oportunidade de estar exposto a uma tese de retorno forte no presente, com potencial de crescimento intenso no futuro.

Metaverso e as quatro bases
Para Richard Camargo, há quatro grandes temas relacionados ao metaverso que podem ser aproveitados pelo investidor que pensa em se expor a esse mundo:
- Hardware: empresas que trabalham no desenvolvimento dos óculos para imersão na realidade virtual;
- Infraestrutura: companhias ligadas ao processamento de dados e de capacidade gráfica, de modo a viabilizar que o metaverso em si seja factível;
- Software: empresas que desenvolvem aplicações para o dia a dia dentro do metaverso — ferramentas corporativas e de aumento da produtividade, por exemplo; e
- Games: empresas que, através de jogos de realidade aumentada ou de experiências iniciais de imersão virtual, servirão de porta de entrada dos usuários para o metaverso. Seriam, assim, uma espécie de ponte ou de laboratório para que as frentes de hardware, infraestrutura e software coloquem seus investimentos em prática.
O Seleção Empiricus vai ao ar toda terça-feira, às 19h, no YouTube, sempre com apresentação de Victor Aguiar, repórter do Seu Dinheiro, e João Piccioni, analista e sócio da Empiricus. A cada programa, convidados especiais debatem o panorama macroeconômico e as implicações para os investimentos — sejam eles ações, câmbio, renda fixa, fundos imobiliários, criptomoedas ou qualquer outra classe de ativo. Veja abaixo a íntegra do programa desta semana:
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