Afinal, Weg ON (WEGE3) está cara ou barata após a disparada dos últimos anos? O Seu Dinheiro te ajuda a decidir
Trimestre após trimestre, a Weg (WEGE3) mostra bons resultados e surpreende o mercado, mas muitos consideram suas ações caras demais. E agora?
Falar sobre as ações da Weg (WEGE3) é uma tarefa difícil: por um lado, seus múltiplos são muitíssimo esticados e dão a entender que a cotação está cara demais; por outro, a empresa funciona como um relógio — trimestre após trimestre, entrega resultados surpreendentes e, como resultado, seus papéis continuam se valorizando na bolsa. Esse dilema é debatido pelo Seu Dinheiro no "Ações para ficar de olho" desta semana:
Num cenário como esse, o que fazer? As ações do grupo catarinense ainda são atrativas após acumularem ganhos de mais de 4.500% desde o IPO? Ou é hora de ficar longe de WEGE3, dadas as cotações já elevadas e o clima nada positivo do mercado acionário como um todo?
A resposta é complexa e depende muito do cenário que você, investidor pessoa física, enxerga para a Weg no futuro. É verdade que o valuation da empresa está esticado, mas também é verdade que ele tem permanecido nesses níveis há anos — o que, no fim das contas, pode significar que esse é o patamar correto para as ações de uma empresa tão sólida.
Dito isso, é preciso entender exatamente quem é a Weg e o que ela faz para ter as ferramentas corretas de avaliação dos papéis.
Weg (WEGE3): Diversificação é o negócio
A Weg é uma empresa do setor de bens industriais com foco em máquinas e equipamentos elétricos. Produz motores, capacitores, geradores e muitos outros itens do tipo. Pela natureza de seus produtos, acaba sendo um importante fornecedor para diversos setores da economia — construção civil, mineração, óleo e gás, saneamento, energia elétrica, bens duráveis e muitas outras cadeias estão na carteira da empresa.
Essa diversidade de clientes é um dos trunfos da Weg, uma vez que os momentos de fraqueza de determinando segmento costumam ser compensado por uma demanda maior de outros setores, blindando-a de uma eventual desaquecimento de uma cadeia específica.
Leia Também
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
O próprio portfólio do grupo catarinense mostra um leque de atuação bastante amplo. Há quatro grandes divisões:
- Equipamentos eletroeletrônicos industriais;
- Geração, transmissão e distribuição de energia (GTD);
- Motores comerciais e appliance; e
- Tintas e vernizes.
Há mais um componente importante a destacar na carteira de clientes e de produtos da Weg: o prazo. Certos equipamentos são de ciclo curto e são demandados em intervalos curtos de tempo pelas empresas, como motores para eletrodomésticos; há outros de ciclo longo, com demanda pontual e prazo mais extenso de duração, como certos componentes de GTD.
É mais um elemento que protege a Weg de oscilações: como os contratos firmados possuem prazos diferentes — alguns curtos, outro longos —, ela garante a geração de receita em diferentes janelas de tempo, novamente ficando blindada de eventuais instabilidades econômicas.
Weg e o exterior
Outro fator fundamental para a resiliência da Weg é sua exposição ao mercado internacional: no segundo trimestre de 2021, por exemplo, a empresa teve receita líquida de R$ 5,7 bilhões, alta de 41,4% em um ano; desse montante, 45% dizem respeito ao Brasil, enquanto os 55% restantes foram obtidos no exterior.
E mesmo a fatia internacional é bastante diversificada: a América do Norte é o principal mercado da Weg, com 43,3% da receita externa, mas Europa (25,7%), Ásia-Pacífico (12,2%), América do Sul e Central (12,1%) e África (6,7%) também têm fatias relevantes.
Ou seja: a exposição à dinâmica externa traz à Weg um componente em dólar para a receita líquida; além disso, também a deixa exposta à economia internacional; momentos de fraqueza no mercado doméstico tendem a ser compensados pela demanda mais alta lá fora.
Como resultado de toda essa diversificação, a receita líquida da Weg cresceu de maneira praticamente ininterrupta nos últimos anos, apesar da pandemia de Covid-19.

WEGE3: cara ou barata?
Considerando todos esses fatores, não resta dúvida quanto à qualidade da Weg enquanto empresa. Mas, ainda assim, é importante entender se as ações WEGE3 já precificam esse fator, ou se há espaço para ganhos adicionais no papel.
Em termos de valuation, WEGE3 tem um indicador P/L estimado para 2022 em 46,63x; o EV/Ebitda para o ano que vem está em 35,37x, segundo dados do TradeMap. São múltiplos muito esticados e que se equiparam ao das big techs dos EUA — empresas que apresentam uma taxa de crescimento bem mais alta que a da Weg no curto prazo.
Por outro lado, os dados do TradeMap também nos mostram que esses dois indicadores de valuation estão abaixo da média de três anos para WEGE3 — o que, considerando os preços historicamente elevados para a ação, dá a entender que ela pode estar relativamente descontada.
Tanto é que os analistas de grandes bancos se dividem quando o assunto é Weg: entre as principais casas de análise, há quem recomende compra de WEGE3 e enxergue um enorme espaço para valorização, mas há também quem recomende venda e aposte numa queda adicional dos papéis.
O resumo das recomendações dos grandes bancos e seus preços-alvos, além de outros elementos para que você possa montar sua tese de investimentos na Weg, estão no nosso vídeo desta semana:
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
