🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Estadão Conteúdo
Crescimento

Vale (VALE3) prevê investir US$ 2,7 bilhões na região norte até 2024

Companhia pretende ainda investir US$ 5,8 bilhões em 2021, dos quais US$ 1 bilhão serão apenas para expansão

Estadão Conteúdo
24 de janeiro de 2021
9:56 - atualizado às 11:11
Navio da Vale
Imagem: Agência Vale

Rio - Sem projetos faraônicos na carteira e marcada por duas recentes tragédias com barragens em Minas Gerais - a última, em Brumadinho, faz dois anos amanhã -, a Vale centra seus esforços para abertura de novas frentes de lavra no Norte do País.

Até 2024, a companhia estima concluir investimentos de US$ 2,7 bilhões só em projetos de minério de ferro na região, de onde extrai seu produto mais puro e mais valorizado. O Sistema Norte receberá 81% do orçamento de expansão de capacidade de ferrosos da empresa no período.

A Vale prevê investir, em 2021, US$ 5,8 bilhões, dos quais US$ 1 bilhão apenas para expansão. O montante se repetirá nos anos subsequentes. São números muito aquém da era de projetos bilionários como S11D, no Pará, o maior da história da empresa. No pico, em 2011, o orçamento da multinacional para investimentos chegou a US$ 18 bilhões.

Berço das operações da mineradora, Minas segue relevante em especial por ter um minério com menor teor de ferro que, misturado ao de Carajás, gera o BRBF, vendido na China. Os desastres que custaram vidas e deixaram um rastro de lama pelo Estado, entretanto, impõem a readequação das estruturas e o desenvolvimento de tecnologias de processamento a seco, mais seguras.

Risco de condenação bilionária na Justiça X Mineração sustentável

O objetivo principal da Vale no momento é retomar a produção perdida em Minas após Brumadinho, além de impedir novas ocorrências. Em dezembro, um trabalhador morreu em um deslizamento de terra na mina Córrego do Feijão. Em paralelo, sem acordo com o governo mineiro em torno de Brumadinho, a empresa corre o risco de sofrer uma condenação bilionária na Justiça.

Enquanto o Quadrilátero Ferrífero expõe os problemas de imagem da Vale, o complexo de Carajás é alardeado como modelo da mineração sustentável. Em setembro, o Ministério de Minas e Energia organizou uma comitiva de embaixadores europeus no Brasil, além de procuradores para "desmistificar questões relativas à mineração na região amazônica".

O minério de Carajás, com teor de ferro que pode chegar a 66%, contribui para a estratégia comercial da Vale de oferecer produtos que ajudem clientes como as siderúrgicas chinesas a reduzir as emissões de carbono. Com o insumo a US$ 170 por tonelada, ele chega a receber um prêmio extra de US$ 22. Como pode ser misturado a minérios mais pobres, estica a vida útil dos demais sistemas.

O geólogo e consultor Elmer Prata Salomão lembra ainda que em um projeto como o S11D, automatizado e sem barragem de rejeitos, o custo de produção é bem menor. Em fevereiro do ano passado, o custo da mina ao porto ficava entre US$ 8 e US$ 9 a tonelada no S11D. No Sistema Sul, passava de US$ 30.

"Carajás é uma jazida fantástica, que ainda tem forte potencial a ser explorado e uma logística excepcional já implantada. As minas do Quadrilátero Ferrífero não serão abandonadas, mas já são maduras", diz Salomão.

Projetos

Entre as grandes jazidas da commodity já descobertas, a única comparável a Carajás é Simandou, na Guiné. O "Carajás africano", porém, está distante dos planos da Vale. A tentativa da brasileira de explorá-la, na gestão de Roger Agnelli (1959-2016), até hoje reverbera em uma bilionária batalha judicial com seu antigo sócio, o israelense Beny Steinmetz. Acusado de corrupção, o empresário tenta provar que a Vale sabia dos riscos envolvidos na concessão.

É no Pará que a Vale mais investe para o longo prazo. Somados à retomada do volume perdido em Minas, os projetos no Estado ajudarão a mineradora a chegar a 400 milhões de toneladas ano de minério em 2022 e, depois avançar, para 450 milhões de toneladas - 57,5% delas oriundas de reservas no Norte. A ideia é tentar ganhar flexibilidade para atender à demanda sem sustos.

O mais robusto dos projetos em curso é o Serra Sul 120, de US$ 1,5 bilhão, em Canaã dos Carajás. Ele vai elevar o potencial produtivo da mina de S11D a 120 milhões de toneladas/ano no primeiro semestre de 2024. Antes, em 2022, a mesma mina terá recebido US$ 772 milhões no Projeto Sistema Norte 240, batendo a marca de 100 milhões de toneladas. Juntos, os dois respondem por 81% dos aportes da Vale para expansão de ferrosos nos próximos anos.

O avanço na região inclui o Projeto Gelado, na Serra Norte, destinado a alimentar a usina de pelotas em São Luís, no Maranhão. Além disso, a Vale obteve em novembro a licença para retorno e ampliação da Serra Leste, em Curionópolis, no Pará. Ele foi suspensa em 2019 por atingir o limite da área liberada.

Futuro

Internamente, a Vale já avalia o desenvolvimento do S11C - no jargão geológico o bloco C do corpo S11 -, na Serra Sul de Carajás. A estimativa é de uma extração de 30 milhões de toneladas/ano de minério na área, vizinha ao S11D. A fase atual é de desenho da engenharia e estudos de viabilidade. "Vai depender do timing do mercado saber se o S11C entrará adicionando capacidade ou substituindo outras", diz fonte próxima à companhia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies