Setor de empresas de fidelidade encolhe quase 30% em 2020
O segmento de fidelidade movimentou R$ 5,3 bilhões em 2020, segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF)
O segmento de fidelidade já viveu tempos mais gloriosos na bolsa brasileira. A Multiplus, que administrava o programa de milhas da LATAM, fechou o capital; a Smiles, da Gol, parece encaminhada para um destino semelhante, após anos de negociação entre controlada e controlador.
Essa perda de brilho das acumuladoras de pontos e milhas não se restringe ao mercado financeiro: dados divulgados mais cedo pela Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF) mostram que o setor como um todo encolheu de maneira expressiva ao longo de 2020.
As associadas da entidade — empresas como Dotz, Elo, LATAM Pass e Orbia, além da já citada Smiles — movimentaram R$ 5,3 bilhões no ano passado, o que representa uma queda de 29,9% em relação a 2019. Outras métricas operacionais reforçam o tamanho do baque: as emissões de pontos e milhas caíram 23,2%, enquanto os resgates encolheram 34,4%.
Naturalmente, a pandemia teve um papel importante no enfraquecimento dos números. Com o setor aéreo bastante prejudicado por causa da Covid-19, o resgate em passagens foi diretamente impactado; em paralelo, as condições macroeconômicas mais adversas desestimulam os gastos em cartão de crédito — uma fonte importante de acúmulo de pontos e milhas nos programas de fidelidade.
Turbulência na Smiles
A possível incorporação da Smiles pela Gol tem ditado o rumo das ações da companhia de fidelidade na bolsa, eclipsando o desempenho operacional e financeiro da empresa. No entanto, uma análise mais atenta ao balanço de 2020 mostra que a tendência para o setor já era difícil.
O acúmulo de milhas em 2020 caiu 25,7% em comparação com o ano anterior; o resgate recuou num ritmo ainda mais intenso, ficando 42,2% abaixo na comparação anual. O faturamento bruto da Smiles foi 24,9% menor.
Leia Também
A pandemia foi particularmente maléfica para a empresa, focada no resgate de milhas em passagens aéreas — as trocas por produtos e serviços nunca foram o forte da Smiles. Assim, com o setor de viagens e turismo praticamente paralisado durante boa parte de 2020, a companhia sofreu ainda mais que seus pares.
"O ano de 2020 colocou em xeque quase tudo que conhecíamos como normal", disse a Smiles, em mensagem aos acionistas após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2020. "A pandemia foi um baque. Em questão de dias, as pessoas, assustadas e instadas ao necessário isolamento, pararam de viajar".
E, de fato, o baque não foi trivial: os resgates em passagens aéreas caíram 23% em 2020, enquanto a troca por produtos e serviços subiu apenas 1,6% — uma evidência de que a mudança de perfil de um programa de fidelidade não é uma tarefa simples.
Em termos financeiros, a Smiles fechou o ano com receita líquida de R$ 572,9 milhões, baixa de 45,5% em um ano; o lucro líquido caiu 68,7%, para R$ 195,9 milhões.
Fidelidade no quarto trimestre
Mas nem só de más notícias viveu o setor de fidelidade no ano passado. No quarto trimestre — época em que a pandemia parecia recuar no país —, o segmento mostrou uma recuperação interessante em relação aos três meses anteriores.
O número de pontos e milhas emitidos entre outubro e dezembro avançou 23,2% em relação ao terceiro trimestre; os resgates aumentaram 26,2% na mesma base de comparação.. Sobre pontos/milhas resgatados, houve um aumento de 26,2% na mesma base de comparação.
No quarto trimestre de 2020, a associação registrou 161,6 milhões de cadastros nos programas de fidelidade, aumento de 6,1% sobre o terceiro trimestre. Na comparação anual, houve alta de 9,6%.
*Com Estadão Conteúdo
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço