Nem prévia com GMV bilionário segura ações da Méliuz. Hora de comprar ou vender CASH3?
Existem duas maneiras de avaliar a queda de Méliuz (CASH3): como uma oportunidade de compra ou um sinal de que está na hora de diminuir a exposição ao setor de tecnologia. O que pensam os analistas?
![pessoa segura telefone celular com tela mostrando plataforma da méliuz (CASH3)](https://media.seudinheiro.com/uploads/2021/10/meliuz-celular-715x402.jpg)
A plataforma de cashback Méliuz (CASH3) registrou recorde no número de compradores e alcançou pela primeira vez um volume de vendas (GMV) bilionário no terceiro trimestre. Mas os dados da prévia operacional divulgada ontem à noite não foram suficientes para animar os investidores. Pelo contrário.
As ações da companhia (CASH3) ficaram entre as maiores quedas do Ibovespa durante boa parte do dia e fecharam em baixa de 2,85%, a R$ 5,45.
Os números da Méliuz foram considerados positivos por analistas, mas o mau momento do setor de tecnologia global acaba pensando nas ações, que acumulam uma perda da ordem de 15% na semana.
Existem duas maneiras de avaliar a queda de CASH3: como uma oportunidade de compra ou um sinal de que está na hora de diminuir a exposição ao setor de tecnologia. O que pensam os analistas?
Os números da Méliuz
Antes de trazer a resposta, vamos aos principais dados da prévia operacional da Méliuz. O já mencionado GMV saltou 126% e atingiu R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre.
Mesmo excluindo as aquisições realizadas pela companhia, o GMV chega a R$ 1,1 bilhão, um crescimento trimestral de 26% e de 72% em 12 meses.
Outro dado acompanhado de perto pelo mercado é o de novos compradores na plataforma, que bateu recorde pelo segundo trimestre consecutivo e cresceu 189% em relação ao período de julho a setembro de 2020.
A nota negativa fica com a desaceleração no número de contas. A Méliuz encerrou o trimestre com 20,8 milhões de contas abertas, uma alta de 78% em 12 meses e de 10% em relação a junho deste ano.
Foram 30 mil contas por dia útil, contra 39 mil no trimestre anterior. A empresa atribui o ritmo à estratégia de priorizar o lançamento do novo cartão Méliuz, previsto para janeiro de 2022. Atualmente, a companhia tem um cartão “cobranded” com o Banco Pan.
E então, comprar ou vender CASH3?
Para o Itaú BBA, a prévia da Méliuz veio acima do esperado diante da expectativa inicial de um avanço menor com a mudança na estratégia em cartões da companhia.
Além disso, os analistas destacaram o crescimento na base de compradores da plataforma de cashback. “Reiteramos a recomendação outperform [equivalente a compra].”
O Itaú BBA tem preço justo de R$ 10,70 por ação no fim de 2022 para CASH3, o que representa um potencial de alta de quase 100%.
Os números da Méliuz também superaram as expectativas da Empiricus, que tem uma perspectiva positiva para o desempenho da plataforma na próxima Black Friday.
“As prévias da Méliuz nos surpreenderam e acreditamos que reafirmam a excelente execução do negócio e potencial de crescimento”, escreveu a analista Cristiane Fensterseifer.
Dados compilados pelo Trademap com recomendações de sete analistas apontam que quatro deles recomendam a compra de CASH3 e três indicam a manutenção dos papéis.
Leia também:
Ações da Usiminas (USIM5) despencam 23% após balanço; é hora de fugir dos papéis ou aproveitar o desconto?
A performance reflete números abaixo do previsto pelo mercado para o segundo trimestre de 2024
Alívio para a BRF (BRFS3) e a JBS (JBSS3)? Brasil vai declarar fim do foco da doença de Newcastle no RS — mas há obstáculos no caminho
Apesar do fim do foco da doença no Rio Grande do Sul, as exportações não devem ser imediatamente retomadas; entenda o que está em jogo para o Brasil agora
Fundo imobiliário TRXF11 entra para o setor de saúde com acordo de R$ 621 milhões para construir novo hospital para o Einstein
O FII comprou um imóvel localizado no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo, que deve ser locado para o Einstein por 20 anos
PIB americano alimenta apetite do mercado por risco; confira o que o dado provocou na cotação do ouro em Nova York
Valorização do iene e do franco suíço contribuíram para o desempenho do metal precioso
Retorno de até 200% e dividendos isentos de IR: cinco fundos imobiliários que renderam mais do que imóveis residenciais nos últimos anos
Os FIIs se consolidaram como uma alternativa para lucrar com imóveis com mais liquidez e menos burocracia
R$ 570 milhões por uma fatia de um prédio: por que o fundo imobiliário KNRI11 aceitou desembolsar milhões por pouco mais da metade de um edifício corporativo em SP
O FII anunciou na última quarta-feira (24) a compra de 57% da Torre Crystal por R$ 570,8 milhões
Não vejo excesso de otimismo no mercado americano hoje, diz Howard Marks, o ‘guru’ de Warren Buffett
Em evento em São Paulo, gestor da Oaktree disse que euforia se concentra em um punhado de ações de tecnologia e que ações estão um pouco caras, mas nada preocupante
S&P 500 e Nasdaq têm o pior desempenho em dois anos e arrastam a Nvidia (NVDC34) — quem é o culpado por esse tombo?
Os vilões das baixas foram duas gigantes norte-americanas, que causaram um efeito dominó e pressionaram todo um setor; por aqui, dólar renovou máxima e Ibovespa terminou o dia em baixa
O mercado de ações dos EUA está caro, mas há oportunidades: veja as principais apostas da gestora do JP Morgan para o 2º semestre
Para Mariana Valentini, da JP Morgan Asset Management, é necessário diversificar a carteira de investimentos — e outros países além dos EUA podem ser uma boa pedida agora
Fiagro salta mais de 30% e registra o maior retorno do ano; confira o ranking dos fundos agro mais rentáveis de 2024 até agora
De acordo com um levantamento da Quantum FInance, oito fundos da classe acumulam um retorno positivo neste ano