🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Kaype Abreu

Kaype Abreu

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.

Além dos FIIs

As apostas no Brasil da JLP, gestora global de US$ 600 milhões em ativos imobiliários que agora mira investidor local

Após chegada de sócios brasileiros, gestora avalia oferecer aos investidores locais produto que investe em REITs; retorno médio do principal produto é de 11% ao ano, contra 7% do índice global

Kaype Abreu
Kaype Abreu
25 de agosto de 2021
5:30 - atualizado às 21:45
Fabio Bergamo, da JLP
Fabio Bergamo, da JLP - Imagem: Divulgação

Prestes a pela primeira vez abrir um fundo para investidores no Brasil, a gestora de ativos imobiliários JLP aposta em outra reabertura com bom potencial de retorno: a dos shopping centers. Logística e escritórios em regiões primárias também fazem parte das apostas da casa por aqui.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É o que diz ao Seu Dinheiro Fábio Bergamo, diretor de operações da gestora (COO, na sigla em inglês) da JLP. Com US$ 600 milhões sob gestão, a gestora acompanha ao menos 300 empresas listadas em todo o mundo e tem no histórico rendimentos de 11% ao ano em dólar, em média, contra 7% do índice Global de Listed Real Estate.

O grupo ainda não distribui fundos no Brasil, mas mantém investimentos no país há mais de 10 anos, capitaneados pelo time da Europa, acompanhando de oito a dez empresas listadas. Neste ano, a gestora passou por uma mudança relevante, com a entrada no negócio dos brasileiros Pedro Faria, Eduardo Mufarej e da JHSF International, controlada por Zeco Auriemo.

No exterior, o foco da JLP são REITs (Real Estate Investments Trust) - ativos listados em bolsa com características semelhantes aos nossos fundos imobiliários - e REOCs (Real Estate Operating Companies), equivalentes a empresas que atuam no setor mais com foco em ganho de capital do que em renda.

Imóveis: os segmentos de interesse da JLP aqui e no resto do mundo

Os shoppings, uma das apostas da JLP no Brasil, estão entre os setores que mais apanharam na bolsa desde o início da pandemia. Por aqui, a percepção de que o segmento está descontado — negociado abaixo do seu valor intrínseco — é reforçada pelo papel de lazer que esses espaços têm no país, maior do que nos EUA, por exemplo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A avaliação de Bergamo sobre o setor de logística local é mais parecida com a que a gestora faz do resto do mundo: investir nessa área vale a pena por causa das perspectivas para o e-commerce — que avançou na pandemia, mas ainda corresponde uma fatia pequena das vendas no varejo.

Leia Também

Já os espaços corporativos vistos com otimismo pela JLP são as regiões primárias, locais cujos metros quadrados são os mais valorizados de São Paulo, como as regiões das avenidas Faria Lima, Berrini e Paulista. A avaliação é semelhante à que o Seu Dinheiro ouviu de especialistas no início do segundo semestre para o setor imobiliário.

O porte das empresas que usam lajes corporativas em regiões consideradas primarias é mais robusto — são companhias que conseguem atravessar uma crise sem grandes problemas e devem apostar nesses espaços com a retomada, enquanto outras regiões devem ainda sofrer um pouco mais.

Bergamo também vê o segmento residencial aquecido e diz que as empresas imobiliárias estão com planos de entregas "muito fortes". "Mas, no Rio de Janeiro, a situação está muito prejudicada, com problemas estruturais", disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo ele, na Europa a gestora tem investido em empresas com foco em turismo local. Nos EUA, a lista se estende para áreas como data centers e torres de celular.

O executivo da JLP avalia que o mercado norte-americano já mostra uma volta à normalidade, com alta da bolsa e dos REITs desde o primeiro trimestre, mas diz que a Europa tem ficado um pouco para trás, em uma recuperação em “U“.

"Na Ásia, foi feito um bom trabalho no ano passado, mas agora você vê o mercado mais conservador e as economias se fechando [com os sinais de repique da covid]", diz Bergamo.

Para o executivo, o mercado imobiliário é essencialmente local, com dinâmicas próprias de cada região. "A correlação é muito baixa entre países", diz. "Com a covid, você teve correlação total, mas com diferenças aparecendo guiadas pela taxa de vacinação."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

ESG imobiliário

A JLP, a exemplo de outros players, também diz que tem buscado inserir na agenda das empresas um padrão ESG — sigla em inglês para as melhores práticas ambientais, sociais e de governança. “No pós-investimento a gente interage muito com as empresas para sugerir melhorias”, diz Bergamo.

O executivo vê essa agenda em diferentes estágios ao redor do mundo. “Nos EUA, eles seguem a SEC (a CVM local), mas você vê muita gente batendo cabeça sobre métricas. Na Ásia, a agenda é mais baixa e no Brasil estaria em um meio-termo entre Europa e Ásia.”

Para Bergamo, a governança é a parte mais avançada da sigla, enquanto na frente ambiental a discussão está começando. Na área social, o executivo fala em preocupações internas, mas pouco externas.

Chegada ao Brasil

A chegada do trio brasileiro a JLP, que agora leva a gestora a direcionar esforços em busca do investidor brasileiro, acontece em um momento que o número de investidores pessoa física aumenta, mas ainda direciona poucos recursos aos ativos imobiliários.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos EUA, por exemplo, cerca de 145 milhões de investidores, 44% da população, aplicam em ativos imobiliários, enquanto no Brasil 1% da população (1,4 milhão) aplica recursos em Fundos Imobiliários (FIIs).

A JPL tem um fundo, o "JLP Liquid Opportunities", além de carteiras administradas. Segundo Bergamo, o foco dos investimentos são empresas que buscam crescimento no longo prazo. "É como se a gente buscasse por algo como o Iguatemi, mas com características de distribuição de dividendos e regras dos FIIs", diz.

O executivo vê um desafio em oferecer produtos que invistam em REITs e REOCs no Brasil, ao mesmo tempo em que enxerga um grande mercado endereçável. Segundo Bergamo, no Brasil até o investidor qualificado pensa em fundos de tijolo, que investem diretamente em imóveis.

Desde o ano passado algumas empresas têm oferecido REITs americanos, o que Bergamo considera um novo movimento e que abre novas possibilidades para o investidor local.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O investimento no exterior é uma opção que especialistas dizem ser importante por conta da regra de ouro da área: diversificação. Em tese, aplicar recursos em diversos países reduziria o risco de uma carteira, inclusive a parte investida em ativos imobiliários.

Segundo Bergamo, a JLP avalia chegar ao Brasil porque tem um produto "único", por não investir propriamente em FIIs e oferecer a possibilidade de diversificação geográfica.

A gestora conversa com distribuidoras no momento, mas ainda não definiu se o produto seria disponibilizado para a pessoa física. "Será um veículo que cobre o mundo inteiro em um momento em que economias estão avançando no processo de reabertura", diz Bergamo.

Em outras palavras, a estratégia é seguir com o que já é feito globalmente. Segundo o executivo, a ideia é reunir entre R$ 500 milhões e 1 bilhão no novo produto. "A tendência é termos duas opções: uma de classe de ações ligadas ao câmbio, e uma outra classe com hedge [protegida contra as variações cambiais]", diz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para pensar em investimento no Brasil, o radar da JLP não difere muito da cartilha do mercado: vacina é elemento-chave, com expectativa de responsabilidade fiscal; na eleição de 2022, diz Bergamo, seria muito cedo ainda para se pensar.

A JLP avalia que o aumento da taxa básica de juros, a Selic, colocou uma leve pressão nos retornos esperados dos FIIs de renda, mas vê um cenário positivo para o mercado local e também boas oportunidades para desenvolvimento de ativos imobiliários. 

Para os EUA, "apesar de ser algo difícil de apostar", a gestora vê uma eventual alta moderada da taxa de juros combinada com crescimento da economia como algo positivo para o mercado imobiliário.

VÍDEO: como receber aluguel sem ter imóveis

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ADEUS, WALL STREET

Cogna (COGN3) inicia processo de saída da Vasta da Nasdaq — e BTG enxerga pontos positivos na jogada

17 de setembro de 2025 - 9:59

Caso a oferta seja bem-sucedida, a Vasta deixará de ser registrada na SEC e passará por deslistagem na Nasdaq

MERCADO COMPETITIVO

Nova bolsa de derivativos A5X capta R$ 200 milhões em terceira rodada de investimentos. O que isso significa para a B3 (B3SA3)?

16 de setembro de 2025 - 17:15

Valor arrecadado pela plataforma será usado para financiar operações e ficar em dia com exigência do BC

GUERRA DOS TIJOLOS

Itaú BBA inicia cobertura das construtoras brasileiras de baixa renda e já tem sua favorita

16 de setembro de 2025 - 15:08

Para o banco, as construtoras estão em seus melhores dias devido à acessibilidade no nível mais alto já registrado

PLANOS AMBICIOSOS

99 Food acelera investimentos no Brasil e intensifica batalha com iFood pelo delivery de comida brasileiro

16 de setembro de 2025 - 10:48

A companhia agora prevê investir R$ 2 bilhões no primeiro ano de operação. O que está por trás da estratégia?

VEIO AÍ

Prio (PRIO3) recebe aval final do Ibama e obtém licença para instalação dos poços de Wahoo, no Espírito Santo

15 de setembro de 2025 - 19:45

Com a autorização, a petroleira iniciará a interligação submarina (tieback) de até onze poços à unidade flutuante de Frade

SINAIS DE AVANÇO

BTG eleva preço-alvo da Vale (VALE3) e prevê dividendos extraordinários, mas não muda recomendação; é hora de comprar?

15 de setembro de 2025 - 18:38

Estratégia comercial e redução de investimentos contribuem para elevação do preço-alvo do ADR para US$ 11, enquanto valuation e fluxo de caixa fazem o banco “pensar duas vezes”

HORA DE COMPRAR?

Itaú BBA sobre Eletrobras (ELET3): “empresa pode se tornar uma das melhores pagadoras de dividendos do setor elétrico”

15 de setembro de 2025 - 16:25

Se o cenário de preços de energia traçado pelos analistas do banco se confirmar, as ações da companhia elétrica passarão por uma reprecificação, combinando fundamentos sólidos com dividend yields atrativos

TECNOLOGIA

O plano do Google Cloud para transformar o Brasil em hub para treinamento de modelos de IA

15 de setembro de 2025 - 16:04

Com energia limpa, infraestrutura moderna e TPUs de última geração, o Brasil pode se tornar um centro estratégico para treinamento e operação de inteligência artificial

E AGORA?

Banco Master: quais as opções disponíveis após o BC barrar a venda para o BRB?

15 de setembro de 2025 - 14:27

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há quatro cenários possíveis para o Master

GUIDANCE FORA DA PRATELEIRA

Pague Menos (PGMN3) avalia emissão de R$ 250 milhões e suspende projeções financeiras: o que está em jogo?

15 de setembro de 2025 - 12:30

Com um nível de endividamento alarmante para acionistas, a empresa pretende reforçar o caixa. Entenda o que pode estar por trás da decisão

UNIVERSIDADE DA BAHIA

Ânima Educação (ANIM3) abocanha fatia restante da UniFG e aumenta aposta em medicina; ações sobem na bolsa hoje

15 de setembro de 2025 - 11:34

A aquisição inclui o pagamento de eventual valor adicional de preço por novas vagas de medicina

FOCO NA SIMPLIFICAÇÃO

Natura (NATU3) vai vender negócios da Avon na América Central por 1 dólar… ou quase isso

15 de setembro de 2025 - 10:11

A transação envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana; entenda a estratégia da Natura

TEM SALVAÇÃO?

Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena? 

15 de setembro de 2025 - 9:20

No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?

REPORTAGEM ESPECIAL

Como a Braskem (BRKM5) foi do céu ao inferno astral em apenas alguns anos — e ainda há salvação para a petroquímica?

15 de setembro de 2025 - 6:34

Com prejuízo, queima de caixa ininterrupta e alavancagem elevada, a Braskem vivencia uma turbulência sem precedentes. Mas o que levou a petroquímica para uma situação tão extrema?

CONSTRUINDO VALOR

Construtoras sobem até 116% em 2025 — e o BTG ainda enxerga espaço para mais valorização

14 de setembro de 2025 - 14:13

O banco destaca o impacto das mudanças recentes no programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou o público atendido e aumentou o teto financiados para até R$ 500 mil

POUSO TURBULENTO

Mesmo com acordo bilionário, ações da Embraer (EMBR3) caem na bolsa; entenda o que está por trás do movimento

13 de setembro de 2025 - 17:02

Segundo a fabricante brasileira de aeronaves, o valor de tabela do pedido firme é de R$ 4,4 bilhões, excluindo os direitos de compra adicionais

NOVA PUNIÇÃO

Boeing é alvo de multa de US$ 3,1 milhões nos EUA por porta ejetada de 737-Max durante voo

13 de setembro de 2025 - 13:30

Administração Federal de Aviação dos EUA também apontou que a fabricante apresentou duas aeronaves que não estavam em condições de voo e de qualidade exigido pela agência

NOVAS FRONTEIRAS

Petrobras (PETR4) passa a integrar o consórcio formado pela Shell, Galp e ANP-STP após aquisição do bloco 4 em São Tomé e Príncipe

13 de setembro de 2025 - 10:02

Desde fevereiro de 2024, a estatal atua no país, quando adquiriu a participação nos blocos 10 e 13 e no bloco 11

DECOLARAM

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) lideram as altas da B3 nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros

12 de setembro de 2025 - 19:55

As companhias aéreas chegaram a saltar mais de 60% nesta semana, impulsionadas pela forte queda do dólar e da curva de juros

MENOS É MAIS

Simplificação do negócio da Raízen é a chave para a valorização das ações RAIZ4, segundo o BB Investimentos

12 de setembro de 2025 - 18:10

A companhia tem concentrado esforços para reduzir o endividamento, mas a estrutura de capital ficará desequilibrada por um tempo, mesmo com o avanço de outros desinvestimentos, segundo o banco

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar