🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Ivan Ryngelblum

Ivan Ryngelblum

Jornalista formado pela PUC-SP, com pós-graduação em Economia Brasileira e Globalização pela Fipe. Trabalhou como repórter no Valor Econômico, IstoÉ Dinheiro e Agência CMA.

MELHORANDO

CVC consegue se reerguer em 2020, mas pandemia continuará tentando derrubar a empresa

Operadora de turismo chega em posição melhor no quarto trimestre, mas retomada ainda é uma incógnita considerando a situação da covid-19

Ivan Ryngelblum
Ivan Ryngelblum
28 de março de 2021
12:58 - atualizado às 16:02
CVC
Imagem: Divulgação

No final do ano passado, o CEO da CVC (CVCB3) foi categórico, em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, ao afirmar que a empresa de turismo “passou pela crise e está vivíssima”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Maior operadora de turismo do país, ela foi uma das empresas mais prejudicadas pela pandemia de covid-19, que derrubou sua receita em base anual. Fora isso, ela teve que lidar com as consequências de um escândalo envolvendo erros na contabilidade, resultado de falhas em controles internos, que tiveram um impacto de R$ 362 milhões.

Diante destas duas situações, a continuidade operacional da CVC chegou a ser colocada em xeque em 2020. Mas os resultados de 2020 mostram que ela está conseguindo se reerguer, ainda que a situação seja frágil, fechando um ano com melhoras no lado operacional e na parte financeira.

A dúvida que fica é como será este primeiro trimestre, diante da escalada no número de infectados por covid-19 e as medidas restritivas adotadas pelos governos municipais e estaduais.

Melhora operacional trimestral, mas ainda ruim na anual

O balanço da CVC, divulgado na sexta-feira (26) à noite, mostra que a companhia viu uma retomada dos negócios no Brasil a partir do terceiro trimestre, principalmente impulsionada pelo turismo de lazer doméstico brasileiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O turismo internacional, segundo ela, está voltando mais lentamente em função de restrições importantes para entrada de estrangeiros em diversos países e redução significativa dos eventos, conferências e outras atividades de negócios.

Leia Também

Olhando só para o Brasil, de onde veio a maior parte dos resultados, as reservas confirmadas cresceram 78,5% em relação ao terceiro trimestre, mas recuaram 61,3% na comparação com o quarto trimestre de 2019, para R$ 1,5 bilhão. No acumulado do ano de 2020, as reservas s caíram 66%, a R$ 5,2 bilhões.

Durante os últimos três meses do ano passado, a CVC embarcou aproximadamente 2 milhões de passageiros ante aproximadamente 3,3 milhões no mesmo período de 2019, o que representa uma evolução em relação aos números do segundo e terceiro trimestres – 322 mil e 845 mil passageiros, respectivamente.

“Adicionalmente ao aumento do número de passageiros na comparação do quarto trimestre versus terceiro trimestre, é importante destacar os aumentos sucessivos no ticket médio, atingindo R$ 748 no quarto trimestre, contra R$ 675 no terceiro trimestre, ainda abaixo de períodos anteriores (primeiro trimestre de 2019 a primeiro trimestre de 2020) que apresentaram média por volta de R$ 1.255, devido, principalmente, ao aumento expressivo de viagens nacionais no mix de vendas”, diz trecho do balanço.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com isto, a receita líquida caiu 44% no quarto trimestre, em relação ao mesmo período de 2019, para R$ 162,8 milhões. Em 2020, ela recuou 67%, para R$ 517,3 milhões.

Ebitda negativo

A CVC embarcou no ano passado num processo de contenção de despesas, para lidar com as consequências da pandemia. No quarto trimestre, ela reduziu as despesas com marketing em 64,7% e os custos do cartão de crédito em 60,3%.

No entanto, ela viu um impacto com os itens não recorrentes, especialmente com despesas relacionadas à covid-19, com um impacto total de R$ 61,8 milhões no resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês).

A CVC também registrou um aumento de 53,6% na provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), para R$ 32,4 milhões, por conta do atual cenário econômico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Além disso, antecipamos no primeiro trimestre de 2020 o provisionamento do impacto da covid-19 em função da expectativa futura da ordem de R$ 40,9 milhões sobre o total da carteira própria”, diz trecho do balanço.

A combinação de queda de receita e despesas estáveis resultou num Ebitda ajustado negativo de R$ 171,7 milhões, ante o saldo negativo de R$ 53,2 milhões do mesmo período de 2019. A margem piorou entre um trimestre e o outro, de -18,3% para -105,5%. No acumulado de 2020, o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 413,2 milhões, versus o lucro de R$ 496,4 milhões.

Olhando para a última linha do balanço, CVC encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 392,5 milhões, revertendo o prejuízo do mesmo intervalo do ano anterior, segundo a demonstração seguindo as regras contábeis e considerando a reapresentação dos resultados de 2019, para considerar as consequências dos erros contábeis.

Já no acumulado de 2020, o prejuízo alcançou R$ 1,2 bilhão, muito acima da perda de R$ 2 milhões de 2019.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Melhora no perfil financeiro

Além dos ajustes no lado operacional, a CVC buscou se fortalecer financeiramente. Entre as medidas tomadas pela administração estão o lançamento de um processo de capitalização, cuja primeira fase foi encerrada em setembro e totalizou R$ 301,7 milhões, com a integralização de 100% do total proposto.

Houve ainda a repactuação de dívidas bancárias, além dos efeitos da ajuda do governo federal que sancionou uma lei em agosto desobrigando empresas do setor de turismo e de cultura de reembolsar os valores pagos pelo consumidor por produtos, desde que assegurem a remarcação dos serviços ou disponibilizem crédito para uso ou abatimento na compra de outros produtos.

Com tudo isso, mais as medidas do lado operacional, a CVC fechou 2020 com geração de caixa operacional de R$ 848,6 milhões em comparação a uma geração de caixa de R$ 260,7 milhões em igual período de 2019.

Os saldos da dívida líquida no quarto trimestre de 2020 e de 2019 pro forma eram de R$ 728,3 milhões e R$ 1,7 bilhão, respectivamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VENTANIA EM SP

Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado 

11 de dezembro de 2025 - 16:30

O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)

TEM JEITO DE BANCO, NOME DE BANCO...

Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo

11 de dezembro de 2025 - 15:06

A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões

GRANA PESADA

Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas

11 de dezembro de 2025 - 12:43

De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic

DESAFIOS GLOBAIS

Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026

11 de dezembro de 2025 - 9:37

Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento

NA CONTA DOS ACIONISTAS

Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027

11 de dezembro de 2025 - 9:00

Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira

PREPAREM O BOLSO

Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos

10 de dezembro de 2025 - 20:05

A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas

MATILHA CRESCENDO

Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP

10 de dezembro de 2025 - 18:46

A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove

SOCORRO A CAMINHO

Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal

10 de dezembro de 2025 - 16:54

Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro

CONSTRUINDO VALOR AO ACIONISTA

Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?

10 de dezembro de 2025 - 14:58

A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)

ALÔ, ACIONISTAS

Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança

10 de dezembro de 2025 - 13:32

A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil

EMPREENDEDORISMO

Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento

10 de dezembro de 2025 - 12:56

No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados

ADEUS, PENNY STOCK

Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?

10 de dezembro de 2025 - 9:57

Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização

ESTÁ DECIDIDO

Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos

10 de dezembro de 2025 - 9:01

O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual

GRANA NO BOLSO

Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos

9 de dezembro de 2025 - 20:28

Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento

PIOR QUE A ENCOMENDA

Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação

9 de dezembro de 2025 - 18:51

O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano

INCERTEZAS

Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master

9 de dezembro de 2025 - 16:03

Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure

SOB PRESSÃO

Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso

9 de dezembro de 2025 - 15:11

A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão

VOO AOS STATES

Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda

9 de dezembro de 2025 - 13:42

Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta

DIVIDENDOS NO BOLSO

Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas

9 de dezembro de 2025 - 13:06

O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões

DO LIVRO AO LIVE COMMERCE

Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento

9 de dezembro de 2025 - 7:11

Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar