Aegea se torna líder do setor privado em saneamento após vencer blocos
Empresa foi a única a apresentar proposta para os quatro blocos da Cedae e travou uma briga com os demais concorrentes para vencer o certame
Com dois blocos arrematados no leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), no fim do mês passado, a empresa de saneamento básico Aegea se transforma na maior companhia privada do setor em termos de população atendida.
Quando assinar o contrato, o que deve ocorrer nas próximas semanas, o total de clientes da Aegea subirá de 11,2 milhões para 20,6 milhões e o número de municípios, de 126 para 153. A operação praticamente dobrou o tamanho da companhia.
Criada em 2010, a empresa foi a única a apresentar proposta para os quatro blocos da Cedae e travou uma briga com os demais concorrentes para vencer o certame.
Com lances de R$ 7,2 bilhões e R$ 8,3 bilhões, a companhia desbancou empresas como a BRK Ambiental e a Iguá e foi a maior vencedora do leilão da Cedae. Por trás desse apetite, está a composição acionária da empresa.
A Aegea tem como sócios o grupo Equipav (70,72%) e o fundo soberano de Cingapura GIC (19,08%). Um dia antes do leilão da concessionária do Rio de Janeiro, a empresa anunciou a entrada da Itaúsa como sua acionista, com 10,2% de participação.
Pelo negócio, o grupo da família Setúbal pagou R$ 1,3 bilhão. Desse montante, R$ 274 milhões ficarão no caixa da empresa. Além disso, o GIC fez um aumento de capital no negócio de R$ 64,8 milhões. "Terminamos 2020 com R$ 2,3 bilhões de caixa e agora temos mais esse reforço da transação", diz o vice-presidente da Aegea, Rogério Tavares.
Leia Também
A empresa precisará mesmo de recursos. Na assinatura do contrato dos dois blocos da Cedae, a companhia terá de pagar quase R$ 10 bilhões de outorga de um total de R$ 15,4 bilhões. Além disso, o volume de investimento durante os 35 anos de concessão é de R$ 24,4 bilhões, sendo que a maior parte desse valor terá de ser aplicada nos primeiros 12 anos.
Tavares diz que, além de recursos próprios, a empresa deve recorrer ao mercado de capitais com a emissão de debêntures, por exemplo, e também ao financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criado para os vencedores do leilão. "A incorporação da Cedae representará um crescimento significativo, mas está dentro do que planejamos", afirma o vice-presidente da empresa.
Apesar dos volumes bilionários e do trabalho para assumir as concessões, ele afirma que a Aegea continuará de olho em todas as oportunidades que virão pela frente - o BNDES planeja cinco novos leilões até o primeiro semestre de 2022. "Vamos estudar tudo e ver se faz sentido para a estratégia da empresa."
Evolução
Desde que foi criada, a Aegea vem apresentando um crescimento exponencial. Saltou de 6 cidades e 1.6 milhão de pessoas atendidas, em 2010, para 35 municípios e 2,6 milhões de clientes, em 2014. Quatro anos depois já havia alcançado 48 cidades e 5,4 milhões de pessoas.
No ano passado, a empresa venceu a Parceria Público-Privada (PPP) da Sanesul, em Mato Grosso do Sul, e a PPP de Cariacica, no Espírito Santo. Essas duas parcerias dobraram o mercado da Aegea, como a Cedae fez agora.
"A Aegea tem investido na sua estrutura de governança, gestão de riscos e conformidade para atrair o investidor institucional e ser competitiva no seu mercado", diz o sócio da área de Infraestrutura e Saneamento do Felsberg Advogados, Rodrigo de Pinho Bertoccelli.
A empresa não descarta em algum momento fazer um IPO (oferta inicial de ações) para ajudar na expansão no setor de saneamento - que ainda está apenas no início das concessões para a iniciativa privada. "Dentro da nossa estratégia sempre consideramos essa uma possibilidade. Mas isso vai ocorrer no momento mais conveniente", diz Tavares.
Segundo ele, por enquanto, a empresa está observando a situação do mercado financeiro para avaliar a melhor janela para uma abertura de capital.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica