BC briga para recuperar a credibilidade e poderia ter acelerado alta da Selic, diz economista-chefe da gestora Garde
Para Daniel Weeks, BC passou mais tempo do que o necessário com a sinalização de que manteria taxa de juros muito baixa; ele avalia que aumento poderia ter sido de 1,25 ponto e que discussão sobre fim do ciclo de ajustes ainda não acabou

A 'briga' do Banco Central é para recuperar a credibilidade perante o mercado após passar mais tempo do que o necessário com a Selic a 2%, com o instrumento de forward guidance, diz o economista-chefe da gestora Garde, Daniel Weeks.
Para o especialista, a autoridade monetária poderia ter acelerado a alta da taxa básica de juros nesta quarta-feira (22).
O BC anunciou a elevação da Selic em 1 ponto percentual, para 6,25% ao ano, no quinto aumento seguido dos juros, e contratou um ajuste da mesma magnitude na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Weeks lembra que, na reunião anterior do Copom, o BC havia sinalizado que olharia para as expectativas de inflação e de serviços — "e isso de lá para cá piorou bastante". "Dito isso, ele poderia aumentar em 1,25 ponto para justamente para não correr riscos".
Desde a última reunião do Copom, em agosto, a expectativa para o IPCA ao final de 2022 subiu de 3,80% para 4,10%, segundo o boletim Focus. A Selic terminaria este ano a 8,25%, de acordo com a publicação.
"Dado que o BC está usando os números do Focus, de taxa a 8,25% ao final deste ano e depois a 8,5%, me surpreendeu a projeção feita por ele de inflação a 3,7% em 2022. Nosso cenário era de 3,6% e o mercado falava em 3,5%", diz o economista da Garde.
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A gestora espera uma taxa básica de juros a 8,25% no final desse ano, mas que o ciclo de ajustes continue até a taxa chegar a 9% no começo de 2022.
Weeks diz que o comunicado que acompanhou a decisão desta quarta trouxe justamente uma mudança para o território contracionista, não mais do patamar neutro.
"Vejo mais duas altas de 1 ponto neste ano, e em fevereiro a gente vai discutir se vem mais um ajuste na mesma proporção ou se o BC fará um ajuste menor".
Daniel Weeks, economista-chefe da gestora Garde.
Segundo o economista, o mercado esperava que o BC sancionasse um ciclo maior de ajustes. Ele também aponta como "interessante" a Selic a 8,5% no próximo ano, como cita o Copom, porque leva a inflação para a meta apenas em 2023. "Isso pode sugerir um ciclo de altas maior".
"Você em tese está acima do neutro com a taxa a esse patamar. Era de se esperar uma inflação abaixo da meta em 2023 e isso não aconteceu. Não sei se o BC está vendo um aumento da taxa de juros implícita, mas isso a gente está para descobrir com o relatório de inflação", diz Weeks.
O economista-chefe da Garde prevê que a curva de juros deve desinclinar um pouco, com alívio para o dólar e bolsa "mais ou menos em reação neutra". Em um prazo maior, ele admite que os ativos de risco perdem um pouco da atratividade, com um apelo maior da renda fixa, considerando ainda a eleição de 2022.
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