Pressionado pela inflação e no auge da pandemia, BC deve aumentar a Selic pela primeira vez em seis anos
Na avaliação do mercado, as expectativas de inflação e o risco fiscal devem pesar sobre decisão do Copom, anunciada no fechamento do pregão desta quarta
					O Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar nesta quarta-feira (17) o primeiro aumento da taxa básica de juros, a Selic, em quase seis anos. A expectativa é majoritária entre agentes do mercado financeiro, sendo que a maioria espera ajuste de 50 pontos-base, para 2,50% ao ano.
A elevação da Selic já era esperada conforme a crise provocada pela pandemia arrefecesse, tendo em vista que a taxa básica está hoje no menor patamar da história, em 2% ao ano.
O problema é que o BC provavelmente dará início a um processo de aperto monetário no pior momento da pandemia da covid-19, que obriga a economia a fechar novamente em vários Estados.
O impacto da decisão do Copom sobre a economia real não é imediato. Por isso, deve pesar para o BC a contínua aceleração nas expectativas de inflação, na avaliação do mercado.
Na edição mais recente do Boletim Focus, do BC, as instituições financeiras projetam o IPCA a 4,60% ao final deste ano, acima do centro da meta de inflação estabelecida para 2021, que é de 3,75% — com o teto em 5,25%. Mas há também agentes no mercado projetando o indicador estourando o teto da meta e perigosamente acima do centro no ano que vem.
O principal instrumento da autoridade monetária para perseguir a meta de inflação é taxa de juros. A alta da Selic desestimula o crédito e o consumo, o que impacta a alta dos preços. Hoje, as instituições acreditam que o BC vai aumentar a Selic até chegar 4,50% no final do ano, segundo o Focus.
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O economista-chefe da Quantitas, Ivo Chermont, diz que essa precificação do ajuste na taxa e nas expectativas de inflação já é motivo para alta da Selic. “Não é desejável criar uma curva excessiva [de juros, uma diferença muito grande entre o patamar atual e a expectativa futura]”, diz.
Chermont acrescenta que o risco fiscal aumentou nos últimos meses e lembra de episódios envolvendo o governo que despertaram desconfiança do mercado, entre eles a interferência na Petrobras e o tramite da PEC emergencial, em que se considerou deixar o Bolsa Família fora do teto de gastos. A gestora espera que a Selic aumente em 0,75 pontos nesta quarta.
Já o Banco BV está no grupo majoritário que projeta uma alta de 0,50 pontos hoje. Mas o economista-chefe da instituição, Roberto Padovani, segue a mesma linha de Chermont ao dizer que há uma "desconfiança aguda" em relação à gestão sanitária, ambiental e fiscal por parte do governo.
Em uma espécie de contrapeso ao governo, o BC tentará mostrar que tem responsabilidade. "A postura pode ser bem vista e melhorar os índices de confiança", diz Padovani. O economista afirma que o ajuste não seria um aperto monetário e que, em termos reais, a Selic continuará baixa.
A última vez que o BC subiu a taxa básica de juros foi em 29 de julho de 2015, ainda no governo de Dilma Rousseff, quando foi de 13,75% para 14,25%. A queda começou em 19 de outubro do ano seguinte, a 14%.

Contra a maré
Do lado minoritário de quem defende a taxa de juros no atual patamar, a gestora Persevera afirma que a inflação não está próxima do descontrole e que a atividade econômica "não está nem perto de voltar", segundo Guilherme Abbud, sócio da gestora.
"A gente teve uma puxada [da inflação] por causa do auxílio emergencial, mas a rigor mas não tem nada de recorrente", diz. Para ele, o BC deveria manter a taxa de juros no mesmo nível e esperar por mais dois meses "para ter um ponto de vista melhor".
Mesmo acreditando nisso, Abbud prevê o Copom já aumentando a Selic nesta quarta-feira, tendo em vista ainda o passado inflacionário do Brasil, que "deixou muitas cicatrizes".
Para o mercado, a reação imediata da provável alta da Selic deve ser de uma curva de juros menos inclinada e uma queda do dólar, com mais especuladores estrangeiros chegando no país e aumentando a oferta da moeda norte-americana.
O movimento de apreciação do real também tende a arrefecer a inflação no longo prazo, pois a alta do dólar está hoje disseminada pela economia, no preço da gasolina e dos alimentos, por exemplo.
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