Previsão para PIB mundial sobe de 5,5% para 6,0% em 2021, aponta FMI
Contudo, a dinâmica do crescimento global é “incerta”, pois na corrida entre a vacinação e a multiplicação de variantes do coronavírus o cenário no curto prazo é incerto

O rápido avanço da vacinação contra o coronavírus em alguns países, sobretudo nos EUA, e as robustas respostas fiscais e monetárias para mitigar a recessão provocada pela covid-19 levaram o Fundo Monetário internacional (FMI) a elevar a previsão de alta do PIB global para este ano dos 5,5% estimados em janeiro para 6,0% agora.
Os mesmos fatores também contribuíram para o avanço pouco menor, de 0,2 ponto porcentual, da previsão de alta do crescimento internacional para 2022, de 4,2% para 4,4%, destaca o relatório Perspectiva Econômica Mundial de abril.
O FMI, contudo, ressalta que a dinâmica do crescimento global é "incerta", pois na corrida entre a vacinação e a multiplicação de variantes do coronavírus pelo mundo ainda não há um cenário claro sobre quais serão os seus desdobramentos no curto prazo.
O fundo reconhece que existe um processo de imunização em termos internacionais que não é equitativo, já que países avançados têm mais acesso às vacinas, enquanto nações emergentes e de baixa renda enfrentam grandes dificuldades para ter ampla disposição dos imunizantes.
Segundo o FMI, a "forte cooperação internacional é vital" para que no front da saúde pública, "ocorra produção adequada de vacinas e distribuição universal com preços acessíveis, inclusive com funding suficiente para a iniciativa Covax, assim todos os países poderão rapidamente e decididamente derrotar a pandemia".
A entidade também defende que a comunidade internacional precisa trabalhar em conjunto para assegurar que nações com restrições financeiras tenham acesso à liquidez global, assim poderão fazer frente às despesas necessárias para recuperar suas economias, sobretudo nas áreas de saúde e infraestrutura. Neste contexto, o FMI defende que o funding de instituições multilaterais seja ampliado.
Leia Também
O fundo está trabalhando com o governo dos EUA para disponibilizar mais recursos aos países muito atingidos pela pandemia, através do maior acesso a reservas de sua moeda, os Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês).
O órgão estima que o comércio mundial em volume de mercadorias e serviços deverá aumentar 8,4% neste ano, acima da projeção de 8,1% divulgada há três meses. Em relação a 2022, o indicador deve registrar uma alta de 6,5%, superior aos 6,3% previstos anteriormente.
EUA
Boa parte da melhora das estimativas do FMI para o crescimento mundial em 2021 foi motivada pelas perspectivas bem mais favoráveis para o PIB dos EUA neste ano, que será o principal motor do nível de atividade global. O fundo elevou a previsão para a economia americana de 5,1% para 6,4%, projeção próxima da alta de 6,5% realizada pelo Federal Reserve.
A rápida velocidade da vacinação empreendida pelo governo do presidente Joe Biden e a adoção do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão geraram uma aceleração da recuperação do país, o que inclusive terá efeitos positivos para 2022. O FMI elevou também a projeção de alta do PIB americano para o próximo ano em um ponto porcentual, de 2,5% para 3,5%.
Outro elemento que ajudou na melhora da previsão do FMI para o PIB global neste ano, embora de forma mais modesta, é o forte crescimento da China, que deverá ter expansão de 8,4% neste ano, acima dos 8,1% estimados em janeiro. Para 2022, o fundo manteve a projeção de alta de 5,6%.
Em relação à zona do euro, o FMI estima que o crescimento da região será de 4,4% neste ano, um pouco melhor do que a previsão anterior de 4,2%, embora aponte que o nível de retomada foi prejudicado pela necessidade de adoção de medidas restritivas da economia de diversos países para coibir a disseminação do coronavírus.
A projeção para 2022 é de um crescimento de 3,8%, pouco superior aos 3,6% previstos em janeiro. Para o Japão, o fundo estima uma expansão de 3,3%, acima dos 3,1% projetados anteriormente, enquanto elevou a previsão de 2,4% para 2,5% de alta do PIB japonês em 2022.
Cenários alternativos
Desde que surgiu a pandemia, o FMI divulga dois cenários alternativos sobre a tendência da economia global em relação às projeções do cenário-base.
Nesta edição do relatório Perspectiva Econômica Mundial, o cenário mais favorável, que considera vacinação 10% mais veloz pelo globo e que consegue ser eficiente para conter as variantes da covid-19, o PIB mundial poderá crescer pouco menos de 6,5% em 2021, quase 0,5 ponto porcentual acima da previsão original de 6,0%. Para 2022, o PIB global poderia avançar perto de 1 ponto porcentual além da estimativa atual de 4,4%.
Por outro lado, no cenário mais desafiador, com atrasos de produção e distribuição de vacinas que levariam a postergar a imunidade coletiva em seis meses nas economias avançadas e em nove meses nos países em desenvolvimento, o crescimento mundial poderia ficar próximo a 4,5% em 2021 e poderia desacelerar mais de um ponto porcentual em 2022, pois avançaria 3,4%, e não os 4,4% previstos atualmente.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje