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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Balanço do mês

Bitcoin e bolsa são os melhores investimentos de março; já a renda fixa…

Fatores que afetaram os mercados em março tiveram lados bons e ruins, mas para as ações prevaleceu a visão positiva. Já a alta dos juros levou títulos públicos a amargarem perdas.

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
31 de março de 2021
23:29
balança com moedas
Imagem: Shutterstock

O conturbado e longo mês de março finalmente chegou ao fim, e apesar de toda a volatilidade nos mercados de ações e câmbio, a bolsa conseguiu terminar como o segundo melhor investimento do mês, atrás apenas do sempre absurdamente volátil bitcoin, que subiu cerca de 30%.

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O Ibovespa acumulou alta de 6,00% em março, chegando aos 116.633 pontos, embora no ano ainda acumule perda de 2,00%.

Já o dólar à vista praticamente não saiu do lugar, fechando em R$ 5,63, alta de apenas 0,41% no mês. Mas quem vê foto não vê filme: no pior momento de março, a moeda americana chegou a ultrapassar a marca dos R$ 5,80. No ano, a divisa ainda acumula valorização de 8,48% ante o real.

Com a renda fixa a história foi outra. Em um mês marcado pelo avanço dos juros dos títulos públicos americanos, alta da Selic e previsão de novos ajustes para cima na taxa básica, o retorno das aplicações conservadoras deu uma melhorada, enquanto os títulos prefixados e atrelados à inflação continuaram a cair. Tanto que o papéis longos - mais voláteis - permaneceram na lanterna do ranking dos investimentos do mês.

Confira a seguir o ranking completo dos melhores e piores investimentos de março:

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Os melhores investimentos de março

Balança pendeu para o lado positivo na bolsa

O mês de março foi repleto de acontecimentos positivos e negativos para a bolsa, mas a balança acabou pendendo para o lado da luz, do ponto de vista do mercado brasileiro.

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Aprovação da PEC Emergencial e piora da pandemia

O mercado recebeu bem a aprovação da PEC Emergencial, que permitiu o retorno do auxílio emergencial, e considerou que ela manteve alguma responsabilidade fiscal.

A volta do auxílio se mostrou muito necessária para "segurar as pontas" da economia num momento em que a pandemia de coronavírus atingiu seu pior momento.

Março foi o mês com mais mortes por covid-19 no país desde o início da pandemia: 66.573. Começamos a ultrapassar o número de mais de 3 mil mortes diárias. O colapso que começou a ser visto na rede de saúde em todo o país obrigou governadores e prefeitos a novamente decretarem medidas restritivas à circulação de pessoas.

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Aprovação do pacote de estímulos nos EUA e disparada dos juros americanos

Outro fator que também levou à alta das ações foi a aprovação (finalmente) do pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão nos Estados Unidos, que lançará ainda mais recursos na economia, aquecendo a economia americana e contribuindo para a valorização dos ativos de risco em geral.

Embora bem recebido num primeiro momento, a aprovação do pacote e alguns dados econômicos positivos dos EUA acabaram, juntos, tendo um efeito secundário menos desejável nos preços dos ativos.

Investidores no mundo todo começaram a ficar preocupados que, com tantos estímulos e o avanço bem-sucedido da vacinação na terra do Tio Sam, a economia americana possa vir a se reaquecer muito rápido, gerando um choque inflacionário. Isso poderia, por sua vez, acabar obrigando o Federal Reserve, o banco central americano, a subir os juros antes do esperado.

Esse temor fez com que os juros futuros dos EUA e as taxas dos títulos do Tesouro americano disparassem, levando a um movimento global de alta de juros futuros, inclusive no Brasil.

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Por outro lado, o movimento pesou nos preços das ações, sobretudo as dos países emergentes e as de empresas de tecnologia. Como os títulos do Tesouro americano são considerados os investimentos mais seguros do mundo, uma alta na sua remuneração leva a uma reavaliação geral nos preços dos ativos de risco, que se tornam menos atrativos ante a segurança e rentabilidade desses papéis.

Reforma ministerial com aceno ao Centrão, mas crise com as Forças Armadas

Mais para o fim do mês, o presidente Jair Bolsonaro mexeu em seis ministérios. Duas dessas mudanças foram bem recebidas pelo mercado: a demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo e a nomeação de uma deputada do Centrão ligada ao presidente da Câmara, Arthur Lira, para a Secretaria de Governo.

No primeiro caso, agradou a saída de um ministro polêmico e que contribuiu para a piora da imagem do Brasil lá fora, sobretudo em relação à China, mas também o fato de que ele foi obrigado a pedir demissão após subir o tom com a senadora Kátia Abreu, o que foi interpretado, pelo mercado, como um afago do Executivo ao Senado.

Já no segundo caso, a escolha da deputada do PL Flávia Arruda foi considerada um aceno ao Centrão e à Câmara em geral. O mercado encarou as duas mudanças como algo que pode contribuir para um aumento da governabilidade e, em última instância, para a aprovação de reformas.

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As demais trocas ministeriais envolveram desavenças do presidente Jair Bolsonaro com as Forças Armadas e a Advocacia-Geral da União em relação às medidas de restrição decretadas por prefeitos e governadores para combater a pandemia. Tais mudanças não fizeram preço no mercado, mas indicam uma certa crise no seio do governo, e são situações que vale a pena ficar de olho, como eu explico nesta matéria.

Orçamento andou, mas ainda preocupa

O avanço do Orçamento de 2021, finalmente aprovado pelo Congresso, também foi bem recebido pelo mercado, mas deixou um gosto amargo na boca dos investidores, na medida em que os parlamentares acrescentaram uma série de emendas que obrigam o governo a cortar gastos não obrigatórios, inclusive incorrendo no risco de shutdown.

O texto seguiu para sanção presidencial, mas ainda provoca discórdia entre equipe econômica e parlamentares, então o mercado ainda deve continuar acompanhando o assunto com atenção.

Alta dos juros afetou a renda fixa

Em março, o Banco Central subiu a Selic pela primeira vez em seis anos. E foi uma alta um pouco surpreendente, uma vez que a maior parte do mercado esperava um aumento de 0,5 ponto percentual, mas o que veio foi um ajuste de 0,75.

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O Brasil não foi o único país a subir juro neste mês. Os EUA mantiveram suas taxas inalteradas e reafirmaram que o grau de estímulo monetário permanecerá alto ainda por um bom tempo, o que contribuiu para acalmar as preocupações do mercado quanto a um possível repique inflacionário e subida de juros antes do tempo naquele país.

Mas, como eu disse anteriormente, a alta nos juros dos títulos do Tesouro americano, bem como o avanço da vacinação no mundo já levaram alguns bancos centrais a ajustar suas taxas básicas para cima. Aqui ainda não estamos muito bem no quesito pandemia, mas além da pressão das taxas americanas, tivemos a pressão de uma velha conhecida, a inflação.

O mercado já prevê uma inflação acima do centro da meta no fim do ano, e o BC finalmente resolveu começar a combater o dragão, e da forma mais rápida e intensa possível. Fez logo um ajuste relativamente forte na Selic na reunião de março e já prevê um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião.

Assim, vimos os juros futuros avançarem principalmente nos vencimentos mais curtos, mais afetados pela política monetária do que pelo risco-país.

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O aumento da taxa básica de juros, que foi a 2,75% ao ano, contribuiu para a melhora da remuneração das aplicações conservadoras atreladas à Selic e ao CDI, como é o caso da poupança nova.

Já os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação, que se desvalorizam quando os juros futuros sobem, tiveram desempenho negativo no mês. Em compensação, quem aproveitou para comprá-los em março, conseguiu contratar taxas mais altas para o vencimento.

O Tesouro Selic, porém, continua experimentando volatilidade atípica, sinal de que o mercado continua considerando a Selic baixa demais e está demandando mais taxa para financiar o governo com esse tipo de título. Assim, seu retorno foi praticamente zero no mês (saiba mais sobre o fenômeno do Tesouro Selic negativo).

Dólar mais calmo com perspectiva de alta nos juros

Apesar dos fortes altos e baixos ao longo do mês, refletindo o risco fiscal do país e a avaliação do mercado de que a Selic está baixa demais, o dólar à vista acabou experimentando um forte alívio ontem com a percepção de que o Banco Central vai subir a Selic rapidamente para conter a inflação.

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Como a taxa PTAX já estava definida, é possível perceber um descolamento entre a cotação à vista (R$ 5,63, alta de apenas 0,41% no mês) e a cotação PTAX, do Banco Central (R$ 5,70, alta de 3,03% no mês).

Bitcoin cada dia mais mainstream

O bitcoin bateu novos recordes em março, apoiado na sua crescente institucionalização. Na primeira quinzena do mês, a criptomoeda chegou a superar os US$ 60 mil, e permanece próximo a esse patamar. Em reais, o bitcoin terminou o mês acima dos R$ 330 mil.

Tivemos em março, por exemplo, as notícias de que o Goldman Sachs passou a negociar contratos futuros e derivativos de bitcoins; de que os clientes americanos da Tesla poderão comprar seus carros elétricos com a criptomoeda; de que o PayPal começou a aceitar pagamentos em bitcoin nos Estados Unidos; e de que a Visa passou a processar pagamentos com a stablecoin USD Coin.

À medida em que mais empresas abraçam pagamentos em criptomoedas e mais instituições financeiras passam a operar nesse mercado, o bitcoin ganha força e leva, a reboque, outros criptoativos.

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