Como se aproveitar de uma falha grotesca do mercado para se expor a ganhos assimétricos
Guarde essa dica para sempre: o momento de comprar seguro é justamente quando ninguém está preocupado. É por esse motivo que faz sentido colocar um pouquinho de dinheiro em puts (opções de venda)

Imagine que você decidisse a roupa com a qual iria sair de casa para trabalhar de acordo com o clima do dia anterior.
Se no dia anterior o céu estava azul e fazia um calor exorbitante em sua cidade, você nem se preocupa com a previsão de tempo chuvoso no jornal nem com aquela enorme nuvem cinza que está vendo pela janela: coloca logo uma roupa leve, passa um protetor solar, deixa o guarda-chuva bem guardado dentro do armário e parte para o trabalho.
Por outro lado, se o dia anterior foi de chuva forte, você nem liga para o sol de rachar e os mais de 30ºC lá fora: só sai de casa depois de vestir a galocha e ter certeza que está levando um guarda-chuva com você.
Essa parece uma estratégia sensata pra você?
Por mais absurdo que pareça, muitos financistas acham que essa é, sim, uma ótima ideia.
Futuro é igual ao passado?
Acredite se quiser, o modelo mais utilizado para calcular o preço justo de opções foi baseado justamente nessa premissa: de que o passado pode, sim, servir como um guia fiel do que está prestes a acontecer no futuro.
Leia Também
Isso quer dizer que, de acordo com os modelos de precificação de opções, se o mercado apresentou um comportamento rebelde na última semana, essa situação continuará assim na semana seguinte e as opções deveriam custar mais caro, já que o risco é maior.
Por outro lado, se a bolsa está calminha, sem grandes movimentos e com poucas novidades, o modelo espelha essa calmaria para o futuro e julga que as opções deveriam custar pouco, já que o risco neste caso é menor.
O mercado prefere o mapa errado
Eu nem preciso dizer que esse tipo de modelo costuma levar muitos investidores a erros gigantescos, não é?
Aliás, foi com base nesse tipo de julgamento que a Long Term Capital Management quebrou e quase levou o mundo inteiro a uma crise financeira no final dos anos 90.
Mesmo assim, isso não impede que a maioria dos traders siga esse modelo capenga cegamente na hora de negociar opções. Ao contrário do que recomenda Nassim Taleb, muita gente ainda prefere ter um mapa errado do que não ter mapa algum.
O que nós podemos fazer é entender esse erro de julgamento do mercado e utilizar isso a nosso favor.
Se fevereiro foi calmo, então março também será
Em fevereiro de 2020, antes da pandemia, o Ibovespa estava numa calmaria danada. O índice nas máximas e a volatilidade bem abaixo da média induziu os traders de opções a acreditar que a calmaria dos meses anteriores era um ótimo indício de que as coisas permaneceriam assim nos meses seguintes, o que os levou a vender opções por preços bem baratos.
Nem preciso dizer que eles estavam errados — muito errados. Quando os lockdowns começaram a acontecer, o preço das opções começou a disparar e eles tiveram que assumir prejuízos enormes.
Por outro lado, quem se aproveitou desse erro de julgamento para comprar opções baratinhas em fevereiro, quando tudo ainda estava calmo, acabou ganhando muito dinheiro com a disparada da volatilidade nas semanas seguintes.
Cerca de um ano depois do início da pandemia, a Bolsa brasileira está de volta às máximas, o plano de vacinação está caminhando relativamente bem e o mercado, crente de que a calmaria passada é sinônimo de que as coisas permanecerão tranquilas no futuro, voltou a cobrar bem pouco pelas opções.
Isso quer dizer que alguma coisa inesperada vai acontecer e fazer o preço das opções disparar?
Não temos como saber!
O que sabemos é que o potencial de retorno de quem compra opções aumentou significativamente nos últimos dias. Esse é o tipo de assimetria que eu gosto!
Apostas assimétricas com baixo capital investido
É por esse motivo que, neste momento, faz sentido colocar um pouquinho de dinheiro em puts (opções de venda). Pouco dinheiro mesmo! Coisa de 0,1% ou 0,2% do seu patrimônio em BOVAR101, por exemplo. Importante: tem que ser uma grana que você topa perder.
Se nada de ruim acontecer e o mercado continuar subindo, ótimo, você perdeu o pequeno valor investido nas puts mas seu investimento em ações (espero que você tenha pelo menos 40% do seu patrimônio investido nelas) mais do que compensou essa pequena perda.
Por outro lado, se algum evento inesperado acontecer e voltar a fazer o mercado chacoalhar, essas opções estão em níveis tão baixos que podem se multiplicar com certa facilidade e trazer um grande lucro para você.
É se aproveitando dessa ineficiência dos modelos que o Flash Trader conseguiu construir um histórico bastante lucrativo desde a sua criação, especialmente quando surgem esses eventos impactantes em momentos totalmente inesperados:
Se você quiser se aprofundar no tema, todas as semanas eu sugiro cerca de quatro opções para aqueles que têm disposição de colocar apenas uma fração do portfólio em apostas altamente assimétricas.
Caso tenha interesse, deixo aqui o convite.
E guarde essa dica para sempre: o momento de comprar seguro é justamente quando ninguém está preocupado.
Um grande abraço e até a próxima!
Agora seria um bom momento para a Rede D’Or (RDOR3) comprar o Fleury (FLRY3), avalia BTG; banco vê chance mais alta de negócio sair
Analistas consideram que diferença entre os valuations das duas empresas tornou o negócio ainda mais atrativo; Fleury estaria agora em bom momento de entrada para a Rede D’Or efetuar a aquisição
As três ações do setor de combustíveis que podem se beneficiar da Operação Carbono Oculto, segundo o BTG
Para os analistas, esse trio de ações na bolsa brasileira pode se beneficiar dos desdobramentos da operação da Polícia Federal contra o PCC; entenda a tese
XP Malls (XPML11) vende participação em nove shoppings por R$ 1,6 bilhão, e quem sai ganhando é o investidor; cotas sobem forte
A operação permite que o FII siga honrando com as contas à pagar, já que, em dezembro deste ano, terá que quitar R$ 780 milhões em obrigações
Mercado Livre (MELI34) nas alturas: o que fez os analistas deste bancão elevarem o preço-alvo para as ações do gigante do e-commerce
Os analistas agora projetam um preço-alvo de US$ 3.200 para as ações do Meli ao final de 2026; entenda a revisão
As maiores altas e quedas do Ibovespa em agosto: temporada de balanços 2T25 dita o desempenho das ações
Não houve avanços ou recuos na bolsa brasileira puxados por setores específicos, em um mês em que os olhos do mercado estavam sobre os resultados das empresas
Ibovespa é o melhor investimento do mês — e do ano; bolsa brasileira pagou quase o dobro do CDI desde janeiro
O principal índice de ações brasileiras engatou a alta em agosto, impulsionado pela perspectiva de melhora da inflação e queda dos juros — no Brasil e nos EUA
Agora é a vez do Brasil? Os três motivos que explicam por que ações brasileiras podem subir até 60%, segundo a Empiricus
A casa de análise vê um cenário favorável para as ações e fundos imobiliários brasileiros, destacando o valor atrativo e os gatilhos que podem impulsionar o mercado, como o enfraquecimento do dólar, o ciclo de juros baixos e as eleições de 2026
Ibovespa ignora NY, sobe no último pregão da semana e fecha mês com ganho de 6%
No mercado de câmbio, o dólar à vista terminou o dia em alta, rondando aos R$ 5,42, depois da divulgação de dados de inflação nos EUA e com a questão fiscal no radar dos investidores locais
Entram Cury (CURY3) e C&A (CEAB3), saem São Martinho (SMTO3) e Petz (PETZ3): bolsa divulga terceira prévia do Ibovespa
A nova composição do índice entra em vigor em 1º de setembro e permanece até o fim de dezembro, com 84 papéis de 81 empresas
É renda fixa, mas é dos EUA: ETF inédito para investir no Tesouro americano com proteção da variação do dólar chega à B3
O T10R11 oferece acesso aos Treasurys de 10 anos dos EUA em reais, com o bônus do diferencial de juros recorde entre Brasil e EUA
Ibovespa sobe 1,32% e crava a 2ª maior pontuação da história; Dow e S&P 500 batem recorde
No mercado de câmbio, o dólar à vista terminou o dia com queda de 0,20%, cotado a R$ 5,4064, após dois pregões consecutivos de baixa
FIIs fora do radar? Santander amplia cobertura e recomenda compra de três fundos com potencial de dividendos de até 17%; veja quais são
Analistas veem oportunidade nos segmentos de recebíveis imobiliários, híbridos e hedge funds
Batalha pelo galpão da Renault: duas gestoras disputam o único ativo deste FII, que pode sair do mapa nos dois cenários
Zagros Capital e Tellus Investimentos apresentam propostas milionárias para adquirir galpão logístico do VTLT11, locado pela Renault
Para o BTG, esta ação já apanhou demais na bolsa e agora revela oportunidade para investidores ‘corajosos’
Os analistas já avisam: trata-se de uma tese para aqueles mais tolerantes a riscos; descubra qual é o papel
Não é uma guerra comercial, é uma guerra geopolítica: CEO da AZ Quest diz o que a estratégia de Trump significa para o Brasil e seus ativos
Walter Maciel avalia que as medidas do presidente norte-americano vão além da disputa tarifária — e explica como os brasileiros devem se posicionar diante do novo cenário
É hora de voltar para as ações brasileiras: expectativa de queda dos juros leva BTG a recomendar saída gradual da renda fixa
Cenário se alinha a favor do aumento de risco, com queda da atividade, melhora da inflação e enfraquecimento do dólar
Dólar e bolsa sobem no acumulado de uma semana agitada; veja as maiores altas e baixas entre as ações
Últimos dias foram marcados pela tensão entre EUA e Brasil e também pela fala de Jerome Powell, do BC norte-americano, sobre a tendência para os juros por lá
Rumo ao Novo Mercado: Acionistas da Copel (CPLE6) aprovam a migração para nível elevado de governança na B3 e a unificação de ações
Em fato relevante enviado à CVM, a companhia dará prosseguimento às etapas necessárias para a efetivação da mudança
“Não acreditamos que seremos bem-sucedidos investindo em Nvidia”, diz Squadra, que aposta nestas ações brasileiras
Em carta semestral, a gestora explica as principais teses de investimento e também relata alguns erros pelo caminho
Bolsas disparam com Powell e Ibovespa sobe 2,57%; saiba o que agradou tanto os investidores
O presidente do Fed deu a declaração mais contundente até agora com relação ao corte de juros e levou o dólar à vista a cair 1% por aqui