Mercados na semana: O destino da Evergrande, uma análise da Vale e seis ações indicadas por analistas
A semana que termina nos mercados foi marcada pela incerteza quanto ao futuro da incorporadora chinesa Evergrande e seus desdobramentos sobre a economia global.
A crise na empresa, que tem um passivo oscilando à beira da insolvência, é consequência do aperto monetário e regulatório sobre o setor promovido pelo governo chinês desde o final do ano passado para fazer frente à especulação imobiliária.
O temor dos mercados é de que haja uma reação em cadeia, afetando o setor imobiliário e provocando instabilidade social — cerca de 1,5 milhão de pessoas já começaram a pagar por imóveis ainda não entregues pela companhia.
A Evergrande negocia com bancos para evitar o calote da rolagem da dívida. Na quinta, a incorporadora perdeu o prazo para o pagamento de juros de um título denominado em dólares e deixou os investidores estrangeiros no escuro.
Com isso, os mercados voltaram a operar no vermelho durante a sexta-feira, e o Ibovespa terminou o dia em queda de 0,69%, aos 113.282 pontos. Veja nesta matéria os destaques da semana nos mercados.
Ao que tudo indica a crise da incorporadora deve continuar ecoando nas bolsas de todo o mundo. Neste texto você confere quatro possíveis resoluções para o caso da Evergrande.
Leia Também
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
1 - O que esperar da Vale
A desaceleração da China impacta na demanda por minério de ferro, refletindo nos preços da commodity e na cotação das ações da Vale.
Mas o que é ruído nessa história e o quanto a queda dos papéis é justa? O repórter Victor Aguiar apurou com analistas o potencial da empresa e conta neste vídeo o que ele ouviu.
2 - Três ações promissoras para os próximos três anos
Não dá para prever qual empresa vai ter as melhores oportunidades no longo prazo, mas é possível confiar em uma gestão que saiba aproveitar os momentos inesperados e com grande potencial. É o que diz o colunista Ruy Hungria.
O especialista elencou três ações de companhias com gestão “fora de série”, na avaliação dele. O texto faz parte de uma série especial de aniversário do Seu Dinheiro sobre três investimentos para os próximos três anos.
3 - ESG na carteira
Quem também indicou três ações foi a analista Larissa Quaresma. Ela escolheu empresas que, na visão dela, realmente se importam com as boas práticas ESG e estão a preços convidativos.
A especialista diz também que, antes de a bolsa melhorar, de forma a ser mais corretamente precificada, a situação pode piorar. Por isso, diz ela, é interessante ter algum nível de dólar na sua carteira como, no mínimo, uma proteção. Veja aqui as indicações.
4 - Bitcoin no topo
Todo aniversário do Seu Dinheiro a gente prepara o ranking dos melhores e piores investimentos desde o dia em que o site entrou no ar. A lista deste ano mais uma vez comprova que, apesar de todos os altos e baixos, correr algum risco valeu a pena.
Dos ativos que costumamos acompanhar nos nossos balanços de investimentos, o bitcoin foi disparado o mais rentável dos últimos três anos. Em reais, a principal criptomoeda do mundo rendeu quase 800%, saindo do patamar dos R$ 27 mil para quase R$ 240 mil.
A bolsa não está no pódio, mas aparece em quarto lugar: o Ibovespa acumulou um ganho de quase 44% nos últimos três anos, tendo saltado dos 80 mil para os 114 mil pontos. Veja o ranking.
5 - CDB 100% do CDI pode ser melhor que Tesouro Selic?
Com a taxa Selic elevada nesta semana para 6,25% ao ano, e os investimentos conservadores de renda fixa voltando a ter chance de ganhar da inflação daqui para frente, a sua reserva de emergência não está mais fadada a ficar na "perda fixa".
Se com a Selic nas mínimas não fazia muita diferença em qual aplicação de baixo risco você aplicaria o seu colchão financeiro ou as reservas destinadas a objetivos de curto prazo, agora esse debate volta a fazer sentido. A Julia Wiltgen explica nesta matéria e conta se o CDB 100% do CDI pode ser melhor que o Tesouro Selic.
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.