🔴 COPOM À VISTA: RECEBA EM PRIMEIRA MÃO 3 TÍTULOS PARA INVESTIR APÓS A DECISÃO – ACESSE GRATUITAMENTE

Private equity para pessoas físicas

Há uma frase de que gosto muito no livro “Princípios do Estrategista”: as ideias do Taleb são tão boas que se dessem dinheiro seria sacanagem.

19 de janeiro de 2021
11:10 - atualizado às 11:48
Eventuais perdas em fundos de investimento, private equity e venture capital estão limitadas ao valor da cota - Imagem: Shutterstock

Ainda ontem…

Não chorei de saudade, como escreveram João Mineiro & Marciano. Mas o que fazer com essa dor que me invade? 

Leia também:

Arrisquei o palpite de Corinthians 1 x 0 Palmeiras. Quase acertei, foi por um triz (contém ironia, melhor explicar). Veja bem, se até o talebianismo tem suas falhas, por que o Mancinismo, aquele grande movimento filosófico iniciado ao final do ano de 2020, não teria?

Há uma frase de que gosto muito no livro “Princípios do Estrategista”: as ideias do Taleb são tão boas que se dessem dinheiro seria sacanagem. Claro que também contém ironia, mas especula-se muito sobre Nassim Taleb não ter ganhado dinheiro como gestor.

A verdade é que ninguém sabe muito do seu track record. O acesso à informação sobre fundos lá fora é muito mais restrito do que aqui dentro. Aliás, cuidado com o que você deseja. Talvez sejamos felizes e não saibamos. Ontem mesmo, ouvi que um grande family office chileno com investimentos no Brasil costuma dizer assim: por ano, costumamos ter um IPO e três grandes block trades; vocês reclamam de barriga cheia.

Leia Também

Além da opacidade em torno de alguns fundos de investimento, a própria natureza do trabalho de Nassim Taleb como gestor dificulta a mensuração de seus resultados em termos agregados. Ele e seu sócio, Mark Spitznagel, não trabalham com o conceito de um grande flagship. A ideia ali é você passar para eles qual o seu portfólio e eles montarem uma carteira de hedge para melhor proteger os seus individuais. Então, há vários fundos taylor-made, com propósitos específicos. São carteiras de seguros individualizadas, de tal sorte que a própria especulação sobre a competência ou falta dela de Nassim Taleb como gestor pode ser bastante capciosa.

Mas essa é quase só uma divagação. 

O título da newsletter de hoje oferece uma ambiguidade. 

Ele pode ser interpretado como uma necessidade de o investidor pessoa física começar a olhar para fundos de private equity, investimentos alternativos e ilíquidos em geral. Confesso ser pertinente. Essa é mesmo uma de minhas autoimpostas motivações para 2021. Estimular o investidor a olhar com mais carinho para esse nicho. É justamente para onde caminham mercados desenvolvidos e onde podem estar melhores oportunidades de retorno.

A outra interpretação é de introjetar nas pessoas físicas uma mentalidade de private equity para ao menos uma parte de suas carteiras. Isso nos leva ao texto de ontem.

Na edição anterior do Day One, falei da possibilidade de métodos mais tradicionais e ortodoxos estarem de algum modo enferrujados para lidarmos com casos de exponencialidade. Apresentei algumas alternativas. Mais à noite, troquei mensagens com outro gestor de ações. Ele trouxe provocações ótimas: “Estamos certos ou isso é bolha? Locaweb vale R$ 13 bi… olha BIDI, além dessas que você citou hoje no seu texto…”.

Ele não sabe dizer ao certo se são preços de bolha, ou se estamos certos. Eu também não sei. Pode ser uma coisa ou outra, a depender do cenário prospectivo. Não há como julgar se estamos certos a priori, do ponto de vista do resultado — apenas como uma análise de cenários à frente, com pensamento probabilístico. Se as empresas entregarem, de fato, curvas exponenciais e dobrarem receita por alguns trimestres subsequentes, como algumas têm feito, então ficará óbvio, a posteriori e sob o viés de retrospectiva, que não havia bolha alguma. Caso contrário, todos serão taxados de grandes idiotas por não terem percebido a exuberância irracional.

Assim, além da proposta de valuation de ontem, outra me veio à cabeça: e se, em vez de uma abordagem individual, microeconômica e idiossincrática aplicada a cada caso, desse lugar para uma proposta de tratar todos esses casos quase como opções fora do dinheiro, trazendo a ideia talebiana do Barbell Strategy para o lado de ativos muito arriscados (pouco dinheiro em muito risco, dispersos numa estratégia 1/N, em que N tende ao infinito), que, em termos práticos, não difere muito da proposta de vários private equities.

Pragmaticamente, se você separar uma parte de seu portfólio, digamos 10-15% para comprar cinco desses cases considerados exponenciais, basta que um ou dois deles acabem dando certo. É quase como se você mesmo criasse o seu próprio private equity. Você sabe que várias das suas investidas vão dar errado, mas uma ou outra multiplicação por 10x vai pagar a conta consolidada.

Essa é uma ideia talebiana que pode dar bastante dinheiro. Seria isso um evento raro? 

Três coisas da velha economia agora, só para não dizer que não falei das flores:

1 — A Rio Tinto publicou guidande de produção hoje. Apesar de o minério de ferro ter caído, com atribuições de que se trata de preocupação com possível aumento dos embarques para a China, não vi substancial elevação de oferta. Some-se ao prognóstico semelhante para Vale e BHP e veremos dificuldades em responder ao aumento da demanda asiática. O governo chinês já chegou a tentar comprar um pedaço de Carajás. Pediu preço e tudo. Claro que isso me parece inviável de acontecer, mas mostra um pouco do que a Vale representa. A 3,5x Ebitda, com minério pressionado e potencialmente superando Brumadinho no curtíssimo prazo, Vale é uma grande compra.

2 — Você não consegue entender o case da 3R Petroleum se não entender a própria Petrobras. A estatal não é feita para operar o varejo, poços pequenos e médios e onshore. Os poços de que a Petrobras está se desfazendo podem ser simplesmente maravilhosos nas mãos de gente que sabe operar.

3 — Repare no quanto foi gerado de ágio na operação entre Intermédica e Hapvida. Curto e grosso, quem paga essa operação é o governo. Vai ficar por anos sem pagar imposto, no equivalente para fazer as aquisições necessárias para continuar jantando a Unimed. Com isso, a empresa vai pular de 17% para 30% de share. Não dá para competir. Apenas isso.

[the_ad_placement id="disclameir-2"]

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Mais uma anomalia para chamar de sua

11 de junho de 2025 - 20:37

Eu sou um stock picker por natureza, mas nem precisaremos mergulhar tanto assim no intrínseco da Bolsa para encontrar oportunidade; basta apenas escapar de tudo o que é irritantemente óbvio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria

11 de junho de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pesou o clima: medidas que substituem alta do IOF serão apresentadas a Lula nesta terça (10); mercados repercutem IPCA e negociação EUA-China

10 de junho de 2025 - 8:40

Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve

9 de junho de 2025 - 20:00

O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Celebrando a colheita do milho nas festas juninas e na SLC Agrícola, e o que esperar dos mercados hoje

9 de junho de 2025 - 8:19

No cenário global, investidores aguardam as negociações entre EUA e China; por aqui, estão de olho no pacote alternativo ao aumento do IOF

VISÃO 360

Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?

8 de junho de 2025 - 8:00

A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A seleção com Ancelotti, e uma empresa em baixa para ficar de olho na bolsa; veja também o que esperar para os mercados hoje

6 de junho de 2025 - 8:20

Assim como a seleção brasileira, a Gerdau não passa pela sua melhor fase, mas sua ação pode trazer um bom retorno, destaca o colunista Ruy Hungria

SEXTOU COM O RUY

A ação que disparou e deixa claro que mesmo empresas em mau momento podem ser ótimos investimentos

6 de junho de 2025 - 6:05

Às vezes o valuation fica tão barato que vale a pena comprar a ação mesmo que a empresa não esteja em seus melhores dias — mas é preciso critério

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Apesar da Selic, Tenda celebra MCMV, e FII do mês é de tijolo. E mais: mercado aguarda juros na Europa e comentários do Fed nos EUA

5 de junho de 2025 - 8:26

Nas reportagens desta quinta, mostramos que, apesar dos juros nas alturas, construtoras disparam na bolsa, e tem fundo imobiliário de galpões como sugestão para junho

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Aprofundando os casos de anomalia polimórfica

4 de junho de 2025 - 20:00

Na janela de cinco anos podemos dizer que existe uma proporcionalidade razoável entre o IFIX e o Ibovespa. Para todas as outras, o retorno ajustado ao risco oferecido pelo IFIX se mostra vantajoso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vanessa Rangel e Frank Sinatra embalam a ação do mês; veja também o que embala os mercados hoje

4 de junho de 2025 - 8:13

Guerra comercial de Trump, dados dos EUA e expectativa em relação ao IOF no Brasil estão na mira dos investidores nesta quarta-feira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje

3 de junho de 2025 - 8:15

Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF

Insights Assimétricos

Crônica de uma ruína anunciada: a Moody’s apenas confirmou o que já era evidente

3 de junho de 2025 - 6:05

Três reformas estruturais se impõem como inevitáveis — e cada dia de atraso só agrava o diagnóstico

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O “Taco Trade” salva o mercado

2 de junho de 2025 - 20:00

A percepção, de que a reação de Trump a qualquer mexida no mercado o leva a recuar, é uma das principais razões pelas quais estamos basicamente no zero a zero no S&P 500 neste ano, com uma pequena alta no Nasdaq

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje

2 de junho de 2025 - 8:23

Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia

TRILHAS DE CARREIRA

Você já ouviu falar em boreout? Quando o trabalho é pouco demais: o outro lado do burnout

1 de junho de 2025 - 8:07

O boreout pode ser traiçoeiro justamente por não parecer um problema “grave”, mas há uma armadilha emocional em estar confortável demais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA

30 de maio de 2025 - 8:07

Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)

SEXTOU COM O RUY

A Petrobras (PETR4) está bem mais próxima de perfurar a Margem Equatorial. Mas o que isso significa?

30 de maio de 2025 - 6:01

Estimativas apontam para uma reserva de 30 bilhões de barris, o que é comparável ao campo de Búzios, o maior do mundo em águas ultraprofundas — não à toa a região é chamada de o “novo pré-sal”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil

29 de maio de 2025 - 8:17

Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: A parábola dos talentos financeiros é uma anomalia de volatilidade

28 de maio de 2025 - 20:00

As anomalias de volatilidade não são necessariamente comuns e nem eternas, pois o mercado é (quase) eficiente; mas existem em janelas temporais relevantes, e podem fazer você ganhar uma boa grana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar