Felipe Miranda: uma recomendação simples e direta para comprar agora; confira
Às vezes, a gente conta história, se mete a falar de filosofia, apresenta uma teoria com o intuito de demonstrar um ponto. E, às vezes, não tem nada disso. Seguimos a via mais direta nesta segunda-feira. Se aparecer uma oportunidade simples e eficiente, você deve aproveitá-la sem tergiversar.
Difícil entender a preferência de algumas pessoas pelo complexo, talvez como forma de demonstrar inteligência. No mercado, porém, inteligente mesmo é ganhar dinheiro. Preferimos a navalha de Occam à teoria das cordas. Portanto, aqui vamos nós.
Os juros no Brasil estão altos de novo — e subindo.
A inflação também está alta e o Banco Central tem sinalizado custo elevado em termos de produto para fazê-la convergir rapidamente à meta.
Em outras palavras, é possível, para não dizer provável, que ela continue alta — embora, claro, em níveis inferiores ao observado nos últimos 12 meses.
Em paralelo, há um cenário de grande incerteza à frente. As projeções para PIB e inflação para 2022 têm piorado de maneira significativa. Entre as mais pessimistas, já aparecem estimativas de crescimento de apenas 0,40% no próximo ano, com Selic a 9%.
Leia Também
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
O futuro é incerto
Sabemos que a futurologia, tipicamente, não serve para muita coisa. Não precisamos ir muito longe. Pegue o relatório Focus de cada 1º de janeiro e compare com o efetivamente realizado a posteriori. Vai ser uma vergonha atrás da outra.
E continuamos dando bola para os modelos econométricos, como se acreditássemos no princípio da contraindução de Mário Henrique Simonsen — vamos insistir num procedimento que deu errado até que ele dê certo.
Não é um problema dos economistas, fique claro. Pense em você mesmo. Volte dois anos no tempo e tente projetar, com as informações disponíveis à época, como você estaria hoje. Se o exercício for honesto, dificilmente você vai estar.
É da natureza humana tentar penetrar um futuro que permanecerá sempre impermeável, opaco e revelado apenas… no futuro. Tecnicamente, a realidade é não ergódica.
O desejo de controle nos empurra à falsa sensação de que podemos antever alguma coisa. Essa já é uma dificuldade estrutural e recorrente, negligenciada pela incapacidade humana de reconhecer que apenas não sabemos, nem nunca saberemos. Mas ela me parece maior agora.
Na saída da pandemia, estamos em mares nunca antes navegados. E existe uma eleição à frente, cujo resultado é absolutamente imprevisível e com consequências igualmente imprevisíveis. Há enorme dispersão de resultados possíveis à frente.
Num cenário assim, não faz sentido destinar uma parte de nosso dinheiro à renda fixa, protegida da inflação, com bom juro e, para melhorar um pouco as coisas, isenta de IR?
Recomendação
Isso nos traz à recomendação de hoje: uma LCA pagando IPCA + 4,36%, com prazo de 4 anos.
Assim, podemos atravessar o período de maior incerteza alocados num bom patamar de juro real, garantindo rentabilidade adequada e protegida da inflação, isentos de Imposto de Renda.
Não se trata, claro, de defender uma concentração excessiva em renda fixa, tampouco de negar a atratividade da Bolsa e, em especial, de algumas ações bem selecionadas em particular.
Ao contrário, em termos de alocação de ativos, temos defendido uma cesta diversificada com boa posição em Bolsa local, juro real doméstico e dólar, a partir de uma exposição significativa ao exterior.
A LCA atrelada ao IPCA neste momento pode ser particularmente interessante para compor parte deste juro real doméstico. Ela ajuda na diversificação e, inclusive, nos traz tranquilidade (financeira e psicológica) para manter nossas posições em Bolsa, devidamente dimensionadas (é fundamental cuidar do sizing).
Caso o cenário fique mais negativo, poderemos enfrentar mais facilmente a volatilidade da Bolsa, estendendo o horizonte temporal de alguns investimentos, já que boa parte do nosso portfólio estará protegido em dólar e na boa segurança da renda fixa local com gordo juro real.
Se surge um pênalti sem goleiro para bater, o centroavante tem que marcar.
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje