Ataques hackers abrem espaço para grande tendência da década para bolsa; veja qual é
Anualmente, o investidor Byron Wien, da Blackstone, publica em janeiro o “Surprises for the year” (surpresa do ano), no qual dá o seu pitaco sobre eventos cuja ocorrência considera provável nos próximos 12 meses e para os quais o mercado assume uma probabilidade baixa (um para três) de ocorrência.
Do nosso lado, pelo segundo ano consecutivo, o Felipe Miranda também já montou a sua lista, que contou com apostas em torno da:
- Reorganização societária da Lojas Americanas (check),
- Dividendos gordos em Direcional (check),
Dentre outras que ainda podem ocorrer.
Em nossa última live do Carteira Universa, na qual tratamos de como foi o mês de julho para os mercados e para as nossas alocações, bem como das perspectivas futuras para as teses que carregamos, fomos provocados sobre qual seria o próximo grande tema dos mercados na próxima década. Uma espécie de “surprise of the decade”.
Falamos de alguns temas que estão na fronteira da tecnologia e que, em nossa opinião, podem emergir rapidamente. Em um mundo cada vez mais conectado, soluções impensáveis até dois anos atrás podem ser imprescindíveis para o nosso dia a dia nos próximos dois anos.
Portanto, estar antenado nas novas tendências e posicionado nesses temas pode gerar um diferencial importante em uma carteira de investimentos.
Leia Também
Cada um deu o seu pitaco
Para o Felipe, empresas tech poderão disruptar ainda mais outros mercados, além de haver um aprofundamento da agenda ESG focada em geração de negócios.
Para o João, 5G, robótica e inteligência artificial serão temas cada vez mais presentes e essenciais para o ganho de produtividade.
Concordo com todos, mas meu cavalo foi outro.
Para mim, para apoiar todas as megatendências citadas (e outras que eventualmente aparecerão nos próximos meses e anos), a segurança cibernética vai ficar cada vez mais em voga.
Dizem que “data is the new oil”. A ideia dessa afirmação vem de que, assim como o petróleo, os dados brutos não são muito valiosos. Para extração de valor, é preciso que ambos sejam explorados e tratados de forma que um determinado conjunto de códigos (recurso energético) seja decifrável (utilizável). Se essa afirmação é verdadeira, a segurança cibernética ganhará cada vez mais importância.
O tema tomou contornos de filme quando, na última semana, foi noticiado que um grupo de hackers havia realizado um ataque ao sistema da Lojas Renner e paralisado toda a operação do seu e-commerce em troca de resgate financeiro em criptomoedas para o restabelecimento das operações.
O problema não é exclusividade da varejista brasileira. Um mês antes, a JBS sofreu um ataque cibernético que paralisou suas atividades na América do Norte e na Austrália por vários dias. Fleury, Rumo, Natura e diversas outras empresas também se viram reféns de problemas similares.
Nos EUA, o maior duto de combustível sofreu um ataque de hackers em abril deste ano, provocando desabastecimento em toda a costa leste americana. Felizmente, o sistema foi restabelecido e os criminosos, identificados, mas as consequências poderiam ter sido bastante severas, visto que a Colonial Pipeline controla metade da distribuição de gasolina, diesel e querosene de aviação na região.
A digitalização e o aumento das transações pela internet, que já eram uma tendência estrutural e secular, foram impulsionados pela pandemia. No último ano, ouvimos muitas empresas falando que suas operações digitais evoluíram cinco anos em cinco meses.
E engana-se quem pensa que esse movimento vai se exaurir à medida que a pandemia seja controlada. Dados recentemente divulgados pela empresa de consultoria McKinsey indicam que a penetração do varejo online americano segue 35% acima dos níveis pré-pandêmicos. É um caminho sem volta.
Nesse contexto, a busca por evoluir e modernizar seus sistemas de operação deveria ser a prioridade número um das companhias, de modo a protegê-los de ataques criminosos ou ao menos reduzir os impactos em caso de uma eventual invasão.
Do nosso lado, como não poderia deixar de ser, questões sobre onde estão hospedados os dados, como é feita a segurança das informações e demais itens já foram devidamente incluídas no nosso check-list de perguntas a serem feitas sobre toda empresa que avaliamos.
Para o investidor que concorda que esse é um mercado promissor e que possui foco no longo prazo, os ETFs BUG (Global X Cybersecurity), HACK (ETFMG Prime Cyber Security) e CIBR (First Trust Nasdaq Cybersecurity) são boas opções para apimentar o portfólio.
Todos eles investem em empresas que possam se beneficiar da maior adoção da tecnologia de segurança cibernética, como aquelas cujo principal negócio é o desenvolvimento e gerenciamento de protocolos de segurança que evitam intrusões e ataques a sistemas, redes, aplicativos, computadores e dispositivos móveis.
E se você se interessa pelo mundo tech, mas não apenas segurança cibernética, o fundo Vitreo Money Bets, que replica a carteira sugerida do trio João Piccioni, Enzo Pacheco e Richard Camargo, investe em teses que estão na fronteira da tecnologia, como robótica, 5G, sequenciamento de DNA, blockchain, energia limpa, impressão 3D, mobilidade autônoma e tantas outras. Certamente é uma boa pedida para o futuro.
Grande abraço,
Fernando Ferrer
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje