O site das Lojas Renner (LNREN3) está fora do ar desde o final da manhã desta quinta-feira (19) e a explicação é um ataque de ransomware, uma espécie de sequestro digital, que afetou os sistemas da empresa.
Mais cedo, circularam na internet prints com um pedido de resgate em criptomoedas pelos arquivos da companhia. Em comunicado ao mercado, a empresa confirmou o ataque e a indisponibilidade em parte dos seus sistemas e operação, mas ressaltou que as lojas físicas permaneceram abertas.

O documento, porém, não menciona se o vazamento afetou dados de clientes. Procurada pela reportagem, a empresa não comentou o assunto e reforçou as palavras do comunicado: “neste momento, a companhia atua de forma diligente e com foco para mitigar os efeitos causados”.
Extensão dos danos
A Renner afirma ainda que seus protocolos de segurança foram prontamente acionados para minimizar os eventuais impactos. De acordo com informações do portal TecMundo, máquinas das bases de dados de Porto Alegre e São Paulo, além de 1,3 mil servidores, foram afetadas.
Segundo a empresa, a maior parte das operações já foi restabelecida e seus principais bancos de dados permanecem preservados.
Renner não é a primeira a sofrer sequestro digital
Os ataques do tipo sofrido pelas Lojas Renner — que ocorrem quando hackers invadem um sistema e sequestram os dados de uma empresa em troca de resgate — têm se tornado cada vez mais frequentes no Brasil e exterior.
O Grupo Fleury, por exemplo, ficou com parte dos sistemas da rede de laboratórios indisponíveis em junho após um ciberataque. Antes, no início do mês, a JBS pagou um resgate de US$ 11 milhões em bitcoins para recuperar seus dados; o sequestro chegou a interromper temporariamente o funcionamento de algumas de suas fábricas nos Estados Unidos.