Mercado de cannabis: um setor com grande potencial — e já é possível ter em seu portfólio

As pessoas do meu círculo de convivência mais próximo sabem quão empolgado sou de poder trabalhar na Empiricus.
Recordo-me de inúmeras vezes tentar convencer familiares e amigos a assinarem algum conteúdo nosso, entendendo que era algo que poderia ajudá-los (me considero time Empiricus desde que assinei minha primeira série, ao final de 2014). Continuo nessa jornada até hoje, com muito orgulho e afinco.
Mas, sendo sincero, logo nos meus primeiros meses fui abordado pelo João com um pedido que me deixou preocupado.
“Vamos montar uma carteira para o setor de cannabis?”
Como falei em um Day One anterior, o desejo de me tornar analista sempre teve como linha principal a possibilidade de tentar entender as mais diversas empresas de setores completamente distintos.
Entretanto, daí a passar a analisar negócios ligados a maconha, sinceramente, me pareceu um pouco demais. Estaria eu fadado ao preconceito alheio? Eu me tornaria aquela pessoa que, no evento de família, expressa uma ideia e recebe como resposta aquele “silêncio ensurdecedor”?
Leia Também
Quem quer ser um milionário? Como viver de renda em 2025, e o que move os mercados hoje
Ainda bem que sou analista, senão talvez permaneceria com preconceitos e deixaria de aprender mais sobre essa que acredito ser uma das principais teses de investimento para os próximos anos.
E entendo que esse nosso impulso foi importante, inclusive, para a discussão do tema na sociedade. Difícil entender como ainda hoje, com indivíduos e profissionais já demonstrando os ganhos de qualidade de vida com o uso de derivados da planta, ainda haja percalços para a obtenção desses produtos e medicamentos de maneira legalizada.
Já houve avanços, todavia: no final de 2019, a Anvisa liberou a venda desses medicamentos em farmácias, mediante apresentação da receita médica.
Como inserir em seu portfólio?
Ainda que o investidor brasileiro não consiga investir em algum negócio do segmento diretamente na B3, hoje já é possível ter uma “pontinha” do seu portfólio nesse setor.
Uma das formas é através do investimento direto nos EUA, com instituições financeiras facilitando o acesso do investidor brasileiro ao mercado americano.
Só que ainda mais simples e prático é poder investir diretamente aqui no Brasil em fundos que apostam nesse segmento.
Para você que não conhece, sugiro estudar um pouco mais sobre as opções que a Vitreo oferece ao investidor, seja o Vitreo Cannabis Ativo, fundo disponível para o público geral, ou o Vitreo Canabidiol, para investidores qualificados — ambos baseados em nossas ideias do Green Rider, parte da série MoneyRider que trata das oportunidades de investimento no setor.
Entendo ser importante se expor ao segmento por conta do seu grande potencial de crescimento nos próximos anos.
Projeções otimistas para o setor de cannabis
Segundo a New Frontier Data, em 2020 as vendas globais de cannabis legalizadas (tanto para uso medicinal como recreativo) alcançaram a marca de US$ 23,7 bilhões.
Para 2025, as projeções apontam receita de mais de US$ 51 bilhões, o que significaria um crescimento de 16,6% ao ano.
Isso sem contar que ainda estamos falando de um mercado em que a maior parte dos produtos ainda é adquirida de maneira ilegal: estimativas apontam que, no ano passado, o mercado ilícito de cannabis chegou perto dos US$ 400 bilhões.
Relevante notar que, mesmo sem um mercado legalizado em nível federal, os EUA representam cerca de 85% do mercado mundial de cannabis — por isso entendemos que uma exposição ao setor deve levar em conta uma parcela considerável em ativos na terra do Tio Sam.
Além disso, outros gatilhos nos EUA podem auxiliar as ações do setor, como a permissão para instituições financeiras oferecerem produtos e serviços para a indústria (o que reduziria o custo de capital das empresas), a listagem dos ativos de companhias americanas nas Bolsas do país (aumentando assim o investimento de investidores institucionais nos papéis) e uma revisão das regras tributárias (em comparação com a “faca no pescoço” de hoje).
No ano, de fato, aqueles que investiram no segmento não estão tendo os melhores resultados: o índice NAMMAR, que representa as companhias norte-americanas de cannabis, cai 5,2% em dólar. Mas, pensando no longo prazo, entendo que este seja um bom ponto de entrada ou de reforço de posição (respeitando, obviamente, sua alocação patrimonial para esse tipo de ativo).
Eu, inclusive, aproveitei para reforçar a minha. E estou entusiasmado com o futuro do setor.
Rodolfo Amstalden: Qual é seu espaço de tempo preferido para investir?
No mercado financeiro, os momentos estatísticos de 3ª ou 4ª ordem exercem influência muito grande, mas ficam ocultos durante a maior parte do jogo, esperando o técnico chamar do banco de reservas para decidir o placar
Aquele fatídico 9 de julho que mudou os rumos da bolsa brasileira, e o que esperar dos mercados hoje
Tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil vem impactando a bolsa por aqui desde seu anúncio; no cenário global, investidores aguardam negociações sobre guerra na Ucrânia
O salvador da pátria para a Raízen, e o que esperar dos mercados hoje
Em dia de agenda esvaziada, mercados aguardam negociações para a paz na Ucrânia
Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
Na pujança da indústria de inteligência artificial e de seu entorno, raramente encontraremos na História uma excepcionalidade tão grande
Investidores na encruzilhada: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil antes de cúpula Trump-Putin
Além da temporada de balanços, o mercado monitora dados de emprego e reunião de diretores do BC com economistas
A Petrobras (PETR4) despencou — oportunidade ou armadilha?
A forte queda das ações tem menos relação com resultados e dividendos do segundo trimestre, e mais a ver com perspectivas de entrada em segmentos menos rentáveis no futuro, além de possíveis interferências políticas
Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil
Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim
O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin
Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito
Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado
Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília
Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores
Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump
Investidores estão em compasso de espera quanto à reação da Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro