Bolsa hoje: o que esperar da briga entre governo chinês e a crise de crédito da Evergrande
reunião do Copom no radar, discurso do Bolsonaro na ONU e mais. Confira os destaques que mexem com os mercados no Brasil e no mundo
As bolsas têm se concentrado no destino da empresa imobiliária chinesa Evergrande, ainda que haja recesso nos mercados asiáticos – os mercados foram fechados na terça-feira em Taiwan, Xangai e Coreia do Sul, enquanto a China só voltará a negociar na quinta-feira. Naturalmente, há um prêmio de risco potencial em torno da incerteza regulatória e política chinesa.
As ações asiáticas que negociaram caíram nesta terça-feira (21), com Tóquio recuando 2% na volta de seu feriado. A Europa, por sua vez, procura se recuperar da pancada que tomou ontem, mesmo com dados de endividamento do setor público do Reino Unido acima do esperado em agosto.
Os futuros apontam recuperação nos EUA após o pior dia para o S&P 500 em quatro meses.
A ver...
De volta para o mesmo patamar de novembro de 2020
Depois de flertar com os 107 mil pontos, o Ibovespa recuperou um pouco de sua performance na reta final das negociações de ontem (20).
Lá fora, os ADRs brasileiros testaram uma recuperação no after hours, assim como os futuros de Nova York, após as perdas da segunda-feira, com o mercado doméstico refletindo a crise da Evergrande e o receio de contágio e turbulências financeiras – o Brasil é um dos países mais sensíveis à desaceleração da economia chinesa, afinal, os países que dependem fortemente das exportações, dos altos preços das commodities e que estão fortemente integrados ao sistema financeiro da China devem sofrer maior pressão.
Leia Também
Novas ondas de volatilidade não podem ser descartadas, dado o status da China como a segunda maior economia do planeta.
Neste caso, sua desaceleração deve ter consequências negativas para as perspectivas econômicas e para os ativos financeiros globais.
No final do dia, o melhor cenário é o governo da China intervir para evitar impactos mais graves. Como se não bastasse, porém, temos que viver com nossas próprias incertezas, na continuidade das discussões dos precatórios, que devem ter um desfecho no Legislativo para acomodar os ruídos fiscais contidos no Orçamento de 2022.
Novidades positivas, como tratativas relacionadas com a reforma administrativa, não devem ser descartadas (Comissão Especial na Câmara pode votar parecer hoje).
Competindo pela atenção dos mercados globais
Na segunda-feira, as ações dos EUA tiveram sua maior queda registrada desde maio, com a Nasdaq afundando mais de 2%. A pressão vendedora se dá em meio às discussões fiscais em Washington, nas quais os democratas querem suspender o teto da dívida até o final de 2022, enfrentando forte oposição republicana.
Ao mesmo tempo, os investidores também esperam pelo Fed, que começa seu encontro hoje e divulga amanhã seu posicionamento em relação ao tapering, outra fonte potencial de pressão para os emergentes.
Por enquanto, o banco central já disse que não planeja começar a reduzir as compras de ativos ainda. Além disso, o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, disse explicitamente que não aumentará as taxas até bem depois do início da redução gradual das compras de ativos.
Ainda assim, os investidores buscarão indícios de quando o banco central vai reduzir o gás que vem fornecendo desde o início da pandemia – a maior parte dos investidores espera um anúncio em novembro, com início da redução gradual em dezembro. Adicionalmente, pelo menos 5 dos 12 presidentes de bancos distritais do Fed esperam que a redução comece este ano.
Mais sobre a saga da Evergrande
O desdobramento da saga da China Evergrande, uma incorporadora imobiliária que deve deixar de fazer dois pagamentos de juros importantes esta semana – pelo menos US$ 83,5 milhões em pagamentos de juros com vencimento na quinta-feira, com um período de carência de 30 dias –, deu o tom na segunda-feira (20) para a queda nos mercados.
O movimento levanta preocupações sobre uma crise de liquidez entre todas as empresas imobiliárias chinesas e de Hong Kong – teme-se mudanças estruturais e duradouras no mercado de crédito.
Um “momento Lehman Brothers”, contudo, seria uma crise de magnitude muito diferente. Seria necessário ver uma greve dos credores em grandes partes do sistema financeiro, um aumento acentuado na dificuldade de crédito fora do setor imobiliário e os bancos não querendo se enfrentar no mercado de financiamento interbancário, o que parece improvável para a maior parte dos especialistas na China.
Ainda, o mercado parece confiar que o governo chinês tomará medidas para evitar uma turbulência financeira ainda mais grave.
Anote aí!
Em dia de agenda esvaziada, destaque para os números de construção de moradias iniciadas em agosto nos EUA, com preocupações quanto a suprimentos de construção e disponibilidade de mão de obra.
Ainda lá fora, o relatório econômico da OCDE está pronto, com novas percepções para o crescimento econômico global.
Na América do Norte, o Canadá apura sua votação, já com vitória do partido liberal, que deverá formar mais uma vez um governo de minoria, um modelo bastante comum no país. De noite, o Banco do Povo da China (PBoC) define taxas para empréstimos de 1 e 5 anos.
No Brasil, temos o início da reunião do Copom, enquanto o Plenário da Câmara pode votar requerimento de urgência para o projeto que trata da prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2026.
Pela manhã, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reúnem com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir a PEC dos Precatórios – Brasília volta aos holofotes locais, em um dia de potencial rebound.
Pela manhã, teremos o presidente Bolsonaro abrindo a Assembleia Geral da ONU.
Muda o que na minha vida?
A cadeia de suprimentos global segue com dificuldades, mesmo com 18 meses passados desde o início da pandemia. Um exemplo um tanto quanto anedótico é a fila de navios porta-contêineres esperando para entrar nos portos vizinhos de Los Angeles e Long Beach – o alinhamento de navios atingiu um recorde histórico de 65 navios na semana passada, com uma espera média de 8,7 dias para entregar sua carga.
Esses portos da Califórnia são os mais movimentados dos Estados Unidos e aceitam a maioria das importações da Ásia. Um obstáculo fora de suas docas sinaliza uma desaceleração de toda a economia na obtenção de bens.
Hoje, o tempo médio de trânsito da China para os EUA é de 71 dias, em comparação com 40 dias em 2019 – maior tempo gasto significa maiores custos e, consequentemente, maior inflação.
Em grande parte, a defasagem na cadeia de suprimentos tem origem na oferta e na demanda. Sobre a segunda, podemos dizer que o consumo mudou.
Durante a pandemia, os gastos online aumentaram por necessidade. Agora, porém, os gastos online permaneceram fortes por conveniência, o que traz implicações econômicas generalizadas.
Gradualmente, o consumo está voltando aos padrões do passado, ainda que o varejo físico sofra um baque estrutural relevante nos próximos anos.
Fique de olho!
TR – Vitreo Trading
Hoje começa a Operação Trading 3.0. Você vai descobrir, agora, a sua nova forma de operar minicontratos, buscando mais operações e maiores ganhos, com vantagens exclusivas e gratuitas que só a Vitreo tem. Por isso, deixamos que a pessoa responsável por esta grande operação fale diretamente para você:
“Eu esperei 11 anos por este dia. Durante a minha experiência profissional, passei por outras grandes corretoras do país, inclusive como sócio, e posso garantir para você: eu nunca vi uma entrega como a que a Vitreo está fazendo. Nunca. Hoje, a revolução da indústria 3.0 chegou ao Trading em grande estilo”.
Marcel Andrade, head de Renda Variável da Vitreo
Uma nova era do Trading vai começar agora. Seja bem-vindo à Operação Trading 3.0 e tudo o que virá depois dela.
Ao clicar no botão que está logo abaixo, você terá acesso ao vídeo de lançamento da nossa plataforma e saberá tudo em detalhes. Enquanto isso, nossas salas de trading já estão disponíveis para clientes Vitreo, das 9h às 17h.
[ENTRAR NA OPERAÇÃO TRADING 3.0]
Um abraço,
Jojo Wachsmann
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços