Dados da inflação no Brasil e Estados Unidos devem movimentar a semana na bolsa
A semana deve ser marcada pelos dados da inflação, tanto no cenário doméstico quanto no panorama internacional
Depois de uma semana de recordes atrás de recordes, o Ibovespa pode acordar com os músculos doloridos depois da esticada do pregão de sexta-feira (04). O otimismo do índice brasileiro ganhou fôlego e bateu a marca dos 130 mil pontos, após dados do PIB e um noticiário exterior (suficientemente) positivo.
Pela frente, o índice brasileiro não terá os 12 trabalhos de Hércules, mas deve se apegar às novas perspectivas econômicas para o país. Logo na segunda-feira (07), temos a divulgação do Boletim Focus semanal, trazendo as perspectivas do mercado para a economia. O ânimo com a bolsa brasileira deve permitir que os analistas revisem suas projeções para um cenário mais otimista no curto prazo.
Na terça-feira (08), o Brasil deve conhecer os dados das vendas no varejo, além dos dados de emprego Jolts, sobre a abertura e fechamento de vagas de emprego nos EUA. Esses serão os principais indicadores para o dia, e devem disputar um bom cabo de guerra.
Já na quarta-feira (09), o IBGE divulga o IPCA de abril. Nas últimas publicações do Focus, os especialistas apontaram que a inflação está em um caminho de alta e que as perspectivas de arrefecimento dos preços ainda estão distantes.
De acordo com o Banco Central, a meta para 2021 é de que o índice de preços fique entre 2,25% e 5,25%, com o centro em 3,75%. Atualmente, o IPCA está em 6,76% nos últimos 12 meses.
Na quinta-feira (10) serão conhecidos os dados inflacionários dos EUA, chamados de CPI e Núcleo do CPI na sigla em inglês. O dragão gringo preocupa, não apenas o país, mas o mundo todo e levanta temores sobre um superaquecimento da retomada econômica.
Leia Também
Por fim, na sexta-feira (11), com a agenda um pouco mais esvaziada, o destaque vai para a fala de Janet Yellen no Conselho de Estabilidade Financeira.
Confira outros destaques:
AVISO DE LIVE
Hoje às 9h30, Victor Aguiar comenta os principais destaques da semana na nossa live semanal no Instagram. Clique aqui e acompanhe!
EUA: impostos e inflação no radar
Durante o final de semana, Janet Yellen, Secretária do Tesouro dos EUA, voltou a falar sobre as pressões inflacionárias no país. Depois dos fracos dados sobre empego na semana passada, que conseguiram animar as bolsas por um breve período, quem entra no foco são os dados sobre o dragão gringo.
Yellen havia falado que uma inflação (CPI, na sigla em inglês) na casa dos 3,0% não está descartada, mas seria um período transitório. Em abril. a inflação anual ficou em 4,2%, o maior aumento desde setembro de 2008. Confira na agenda da semana, mais abaixo.
Além disso, o grupo dos sete países mais desenvolvidos, o G7, concordaram em uma taxa de pelo menos 15% para as empresas multinacionais, como Amazon e Google. A medida ainda precisa de maiores detalhes e um plano melhor elaborado, o que não deve afetar as ações de grandes empresas no curto prazo.
Bolsas hoje
Enquanto os dados fortes da semana não aparecem, os principais índices da Ásia fecharam em alta na manhã desta segunda-feira (07) após dados da economia chinesa. Apesar de os resultados virem abaixo do esperado, a retomada das atividades do Gigante Asiático serve de termômetro mundial no pós-pandemia.
Já no Velho Continente, as bolsas operam com ganhos leves, em meio ao fraco noticiário do dia e temores de que a variante indiana possa frear as atividades novamente.Além disso, dados regionais da Alemanha também vieram mais fracos, assim como a balança comercial da China e criação de emprego nos Estados Unidos. O mundo está percebendo que a retomada da economia não está tão forte quanto se imaginava.
Por fim, os futuros de Nova York estão no vermelho agora de manhã, à espera de maiores eventos e indicadores econômicos no dia de hoje.
Agenda semanal
Segunda-feira (07)
- Brasil: Boletim Focus semanal (8h25)
- Estados Unidos: Diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, participa de fórum com o presidente do Banco Mundial, David Malpass (9h)
- Brasil: Balança comercial semanal (15h)
- Estados Unidos: Crédito ao consumidor de abril (16h)
Terça-feira (08)
- Brasil: FGV divulga o IGP-DI de maio e o IPCA-S de junho (8h)
- Brasil: IBGE divulga as vendas no varejo em abril (9h)
- Estados Unidos: Balança comercial de abril (9h30)
- Estados Unidos: Relatório Jolts de emprego de abril (11h)
- China: CPI e PPI de maio (22h30)
- Estados Unidos: Banco Mundial divulga relatório sobre perspectivas econômicas (sem horário definido
Quarta-feira (09)
- Brasil: IBGE divulga o IPCA de maio e a pesquisa mensal regional de abril (9h)
Quinta-feira (10)
- Estados Unidos: CPI e Núcleo do CPI de maio e pedidos de auxílio desemprego (9h30)
- Estados Unidos: Secretária do Tesouro, Janet Yellen, testemunha ao subcomitê de orçamento a programas internacionais da Câmara dos Representantes (15h)
- Estados Unidos: O presidente dos EUA, Joe Biden, se encontra com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.
- Opep: Relatório mensal (sem horário)
Sexta-feira (11)
- IBGE: Volume de serviços em abril (9h)
- Estados Unidos: Índice de sentimento do consumidor de junho preliminar (11h)
- Estados Unidos: Secretária do Tesouro, Janet Yellen, preside reunião do Conselho de Estabilidade Financeira (sem horário)
- Reino Unido: Reunião da Cúpula do G7 (sem horário)
B3 (B3SA3) obtém decisão favorável no Carf e se livra de R$ 268 milhões em multas — mas disputa contra a Receita Federal ainda não terminou
A Receita questiona a amortização do ágio para fins fiscais da incorporação da Bovespa Holding pela companhia, em maio de 2008
Rodolfo Amstalden: A afirmação seguinte é verdadeira, e a anterior é falsa
No início da semana, o Focus – que andava dormente em relação à Selic – trouxe um salto repentino de 10,50% para 11,25% ao final de 2024
‘Efeito Kamala’ faz bitcoin (BTC) cair após debate com Donald Trump, mas dado de inflação salva criptomoedas hoje
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,2% em agosto, em linha com as previsões
Kamala Harris domina debate, e Donald Trump demonstra pouco preparo, afirma analista Nate Silver – mas ele ainda enxerga disputa acirrada pela Casa Branca
O bom desempenho de Kamala Harris durante o debate contra Donald Trump abre oportunidades para novos eventos. Democratas ainda enfrentam obstáculos na corrida eleitoral pela presidência dos EUA
Donald Trump vs Kamala Harris: os melhores momentos do primeiro debate entre os candidatos à presidência dos EUA
Donald Trump e Kamala Harris se enfrentaram pela primeira vez na corrida eleitoral pela presidência dos Estados Unidos; os candidatos falaram sobre economia, guerra na Ucrânia e aborto
O que dizer sobre Trump e Kamala? Em dia de inflação nos EUA, mercados reagem ao desempenho dos candidatos à presidência
Além disso, os investidores aguardam os dados do índice de inflação dos EUA, o CPI, serão divulgados nesta quarta-feira, às 9h30
Apple perde disputa judicial na União Europeia e é condenada a pagar 13 bilhões de euros; descubra o que levou à decisão
Derrota acontece um dia após o lançamento do iPhone 16, que derrubou as ações da gigante de tecnologia em Nova York
Morar e comer ficou mais barato: veja o que levou a inflação a cair pela primeira vez em mais de um ano. E agora, Campos Neto?
O IPCA de agosto caiu 0,02% no mês de agosto; a mediana das projeções dos especialistas ouvidos pelo Broadcast apontava para uma alta de mesma intensidade
Debates e embates: Ibovespa acompanha IPCA de agosto em dia de debate entre Donald Trump e Kamala Harris
Principal índice da B3 tenta manter os ganhos do dia anterior na esteira dos dados de agosto, que serão conhecidos às 9h desta terça-feira
‘It’s time!’: O tão aguardado dia do debate da eleição americana entre Donald Trump e Kamala Harris finalmente chegou
Antes da saída de Biden, muitos consideravam Kamala Harris uma candidata menos competitiva frente a Trump, mas, desde então, Harris surpreendeu com um desempenho significativamente melhor
Por que investir no exterior é importante mesmo quando os rendimentos em renda fixa no Brasil estão tão atraentes?
Especialistas discutiram como os eventos globais estão moldando as estratégias de investimento e a importância da diversificação internacional
Depois de virar as costas para o bitcoin (BTC), Rússia começa a testar pagamentos internacionais com criptomoedas neste mês
Apesar da recente legislação, a proibição da Rússia de usar criptomoedas para pagamentos domésticos continua em vigor
Stuhlberger pessimista com a bolsa. Por que o fundo Verde reduziu exposição a ações brasileiras ao menor nível desde 2016 depois da pernada do Ibovespa em agosto
Para a gestora do lendário fundo, a situação fiscal do Brasil encontra-se na “era da política pública feita fora do Orçamento”
Boletim Focus se rende ao mercado e eleva projeção da Selic para 2024 pela primeira vez em onze semanas
Com isso, a perspectiva de juros passou de 10,5% ao ano para 11,25% ao ano, uma alta de 0,75 ponto percentual (p.p.)
Acordo preliminar para evitar greve é visto “com bons olhos” e faz ações da Boeing saltarem quase 6% hoje
Os trabalhadores aceitaram uma recomposição salarial geral de 25% nos próximos quatro anos, reconhecendo as dificuldades financeiras da empresa
Round 2 da bolsa: Ibovespa acompanha inflação dos EUA em preparação para dados do IPCA
Nos EUA, aumentam as apostas por um corte de juros maior; por aqui, inflação persistente sinaliza aumento das taxa Selic
Agenda econômica: Inflação e prévia do PIB são destaque nesta semana, com decisão de juros do BCE no radar
Também acontece nesta semana a publicação dos números de inflação dos Estados Unidos, medidos pelo CPI
A chance de um corte de juros mais intenso nos EUA aumentou? Economistas dizem o que esperar depois do payroll
Reação do mercado leva em consideração a revisão dos dados de postos de trabalho criados em junho e julho, segundo o payroll
Ajuste seu alarme: Resultado do payroll define os rumos dos mercados, inclusive do Ibovespa; veja o que esperar
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano será decisivo para antecipar o próximo passo do Fed
Acabou a farra do Ibovespa? Setembro começou mal para a Bolsa, mas não é motivo para preocupação
Alguns fatores parecem ter pesado no humor, como os velhos riscos fiscais que voltaram aos holofotes e o bloqueio da plataforma X