Esquenta dos mercados: IPCA-15, arrecadação federal e Paulo Guedes devem movimentar a bolsa hoje; exterior espera Simpósio do Fed
A expectativa com a reunião de Jackson Hole na próxima sexta-feira (27) começa a pressionar os índices pelo mundo e o Ibovespa deve digerir muitos indicadores hoje
A bolsa brasileira terá um dia cheio pela frente nesta quarta-feira (25). O grande destaque vai para o IPCA-15, a participação de Paulo Guedes em coletiva sobre a arrecadação federal e outros indicadores que mexem com o Ibovespa hoje.
IPCA-15, arrecadação, Guedes e mais
O resultado das contas públicas deve injetar ainda mais tensão nas propostas do governo federal. Hoje devem ser divulgados dados da arrecadação federal de julho, conta corrente do setor externo, consumo aparente, importações, exportações e investimentos diretos no país (IDP).
Esses indicadores podem ser uma faca de dois gumes para o Palácio do Planalto. Os dados podem indicar a necessidade de abrir mais espaço no Orçamento para 2022, o que reforça a tese do governo em cima do parcelamento dos precatórios, atualmente ocupando R$ 89,1 bilhões nas contas do próximo ano.
Por outro lado, os mesmos indicadores expõem o descontrole das contas públicas e isso pode custar caro para o governo na eleição de 2022. Membros da equipe econômica, incluindo o próprio ministro Paulo Guedes, devem discursar após a divulgação dos dados (confira na Agenda do dia, mais abaixo).
Por falar em Guedes, o ministro já informou que está disposto a negociar uma reforma tributária mais ampla, se tiver apoio dos prefeitos. O texto encontra resistência dos entes da federação porque afeta diretamente o caixa de estados e municípios.
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, também já se colocou contra a proposta. Para ele, a reforma é uma colcha de retalhos que não simplifica o atual sistema tributário e pode ser barrada na Casa.
Leia Também
No fechamento de ontem, o Ibovespa encerrou o dia em alta de 2,33%, aos 120.210 pontos. Já o dólar à vista recuou de 2,23%, a R$ 5,2622.
Fique de olho hoje
Os dados da inflação de agosto devem ser divulgados ainda hoje pelo IBGE. A expectativa dos especialistas ouvidos pelo Broadcast é de que o índice de preços da metade do mês avance 0,84% na mediana das projeções.
É esperado que a equipe econômica também comente os dados da inflação, juntamente com os demais indicadores da economia.
Simpósio de Jackson Hole
O grande evento da semana, o Simpósio de Jackson Hole, já começa a colocar as bolsas pelo mundo em compasso de espera. A reunião dos Bancos Centrais não deve contar com representantes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, em inglês), o que coloca o Federal Reserve nos holofotes.
A expectativa gira em torno de que o Fed defina o caminho das pedras de sua política monetária. Na ata da última reunião, o BC americano já afirmou que deve iniciar a retirada de estímulo da economia ainda este ano, movimento conhecido como tapering.
Nosso colunista Matheus Spiess comentou o que esperar desse evento.
Os investidores internacionais devem sentir o impacto da falta de injeção de dinheiro na economia, com o mundo ainda sentindo a paralisação dos negócios por causa da pandemia de coronavírus.
Fique de olho hoje
Sem maiores indicadores pela frente, os olhos ficam voltados para o número de encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos. Ainda hoje devem ser divulgados os dados de estoques de petróleo, gasolina e destilados, bem como o número de poços em operação.
Bolsas pelo mundo
As principais bolsas asiáticas encerraram o pregão desta quarta-feira de maneira mista. Os índices colaram nas altas de Nova York e aproveitaram para aumentar o apetite de risco, mas o avanço foi limitado pela espera do Simpósio de Jackson Hole.
De maneira semelhante, as bolsas da Europa avançam com menos força, à espera do grande evento dos banqueiros centrais nos Estados Unidos. A expectativa é de que a reunião traga indícios sobre os próximos da política monetária dos EUA. A fala mais esperada é a do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Por fim, os futuros de Nova York seguem no campo positivo, após renovarem máximas históricas no pregão de ontem. O otimismo com a economia norte-americana, com a retomada ganhando corpo e o avanço da vacinação devem injetar bom humor nos índices hoje.
Agenda do dia
- FGV: Confiança do consumidor em agosto (8h)
- IBGE: IPCA-15 de agosto (9h)
- IBGE: Divulgação da Pesquisa Anual de Serviços referentes a 2019 (10h)
- Banco Central: Conta corrente do setor externo (julho) e investimento direto no país (IDP) (9h30)
- Estados Unidos: Encomenda de bens duráveis em julho (9h30)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo, gasolina, destilados e taxa de utilização das refinarias (11h30)
- Receita Federal: Arrecadação federal de julho e faturamento líquido do mesmo mês (12h)
- Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de coletiva sobre o resultado da arrecadação Federal (12h15)
- Economia: Consumo aparente, exportações, importações e nível de emprego (14h)
- Supremo Tribunal Federal: STF inicia julgamento sobre autonomia do Banco Central (14h)
- Tesouro Nacional: Coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, comenta RMD de julho (15h)
- Banco Central: O presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa da 11ª Reunião do Núcleo de Estudos Avançados de Regulação do Sistema Financeiro Nacional (NEASF), promovida pela FGV (16h)
- Tesouro Nacional: Secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, participa da Expert XP (18h)
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
