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Jasmine Olga

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É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

fechamento

Ibovespa pega carona com Wall Street eufórica e mantém os 120 mil pontos; dólar cai

Exterior positivo trouxe fôlego aos negócios, mas questões domésticas limitaram a festa

Jasmine Olga
Jasmine Olga
15 de abril de 2021
18:37 - atualizado às 16:33
alta, volatilidade
Imagem: Ahutterstock

Diz o ditado popular que “paciência tem limite”, mas parece que Brasília ainda está longe de esgotar a dos investidores. Enquanto o cenário político local não traz nenhum alívio, é de carona com a recuperação econômica dos Estados Unidos que o Ibovespa vai. 

Em uma semana conturbada e politicamente tensa, o principal índice da bolsa brasileira conseguiu emplacar o quarto dia consecutivo de alta, sustentando o recém-conquistado patamar dos 120 mil pontos ao avançar 0,34%, aos 120.700 pontos - uma alta modesta perto do desempenho das suas primas americanas. 

Com a economia americana mostrando sinais cada vez mais claros de que está de fato no caminho da recuperação, o Dow Jones e o S&P 500 renovaram mais uma vez os seus topos históricos ao avançarem 0,90% e 1,11%, respectivamente. Com um forte recuo do rendimento dos títulos dos Treasuries observado hoje, o Nasdaq acabou registrando a maior alta porcentual, de 1,31%. 

Além do cenário doméstico tenso, questões técnicas também ajudam a explicar o desempenho mais tímido do índice brasileiro. Segundo Bruno Madruga, head de Renda Variável da Monte Bravo Investimentos, a proximidade do vencimento de opções acaba reduzindo o volume negociado e provocando uma “briga” por posições. Mesmo assim o dia foi de intensa volatilidade. A bolsa brasileira foi de sonhar em superar o seu recorde de fechamento a operar no negativo em diversos momentos do dia. 

Com a economia americana aquecida e a queda expressiva dos juros dos Treasuries, o dólar à vista teve um dia de alívio, recuando 0,75%, a R$ 5,6281. O movimento também teve impacto na curva de juros, que passou por mais um dia de queda. Confira o fechamento do dia:

  • Janeiro/2022: de 4,73% para 4,69%
  • Janeiro/2023: de 6,56% para 6,44%
  • Janeiro/2025: de 8,28% para 8,17%
  • Janeiro/2027: de 8,94% para 8,81%

Tio Sam preparado para decolar

A origem da maior parte do otimismo visto nos mercados hoje ficou por conta dos dados positivos da economia americana, com os investidores repercutindo números acima das expectativas. A leitura de que os estímulos fiscais e monetários podem estar com os dias contados divide espaço com a animação em torno dos sinais positivos de recuperação econômica. 

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Ontem, o Livro Bege do Federal Reserve, com projeções para a economia, azedou o humor dos mercados, ao confirmar que uma pressão inflacionária é sim esperada, ainda que provisória, e mostrar projeções otimistas. Nos últimos meses, o Fed e o presidente da instituição, Jerome Powell, reforçaram que os juros não devem subir em breve e que antes que isso ocorra, o BC americano deve mexer em sua política de compra de ativos.

Essa situação fez com que as bolsas americanas recuassem de suas máximas ontem. Mas hoje a história foi diferente. 

A retomada do pagamento do "auxílio emergencial" americano impulsionou as vendas do varejo em março. O índice subiu 9,8%, bem acima dos 5,9% que eram esperados pelos analistas. A temporada de balanços do primeiro trimestre também começou, e os grandes bancos americanos estão apresentando resultados fortes, o que empolga os investidores.

O número de pedidos de auxílio-desemprego, que desacelerou na última semana, também animou. O Departamento do Trabalho registrou 576 mil solicitações, enquanto o esperado era 700 mil. 

O temor inflacionário mexeu também com os negócios na Ásia. As bolsas da região fecharam sem uma direção definida. Na Europa, as principais praças foram afetadas pela busca por risco global. 

Apesar de você

A situação em Brasília se deteriorou ainda mais entre ontem e hoje, mas, assim como nos últimos dias, a situação ficou de lado. 

A instauração da CPI da covid, que irá investigar as ações de combate à pandemia do governo federal, foi considerada como uma derrota, mas está longe de ser o único problema na mente do Executivo. 

Já estamos em meados de abril e o Orçamento de 2021 segue indefinido, com possíveis “soluções” apresentadas pelo governo causando ainda mais ruídos e preocupação. É o caso da PEC “fura-teto”, que surgiu como uma alternativa nos últimos dias. O texto deixaria de fora do teto de gastos diversas categorias de despesas, com o objetivo de acomodar o grande volume de emendas parlamentares dentro do texto original do Orçamento. 

Como era de se esperar, a ideia pegou mal e a PEC será revista pelo ministério da Economia.

O cabo de guerra em torno do Orçamento ganhou novos movimentos de ontem para hoje. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que, caso a sanção presidencial venha com vetos, a agenda de reformas do governo será travada. Como está, o texto abre a possibilidade de crimes de responsabilidade e subestima o total de despesas obrigatórias, o que poderia levar a uma paralisação da máquina pública. 

De canto de olho, o mercado também monitora a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desfecho só foi conhecido após o fechamento dos mercados, com a maioria do STF decidindo pela derrubada das condenações. Assim, Lula se mantém elegível para 2022.

De volta para o futuro

Você leu certo. O governo apresentou hoje a Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022, mesmo que pareça que estamos longe de ter um Orçamento de 2021 aprovado. Durante a coletiva, o Ministério da Economia vetou perguntas sobre a pauta atrasada. 

O documento é encarado com um pouco de ceticismo pelo mercado. Você pode conferir os principais números e as justificativas do governo nesta matéria.

Sobe e desce

Os papéis da Cia Hering dominaram com folga o ranking de melhor desempenho do dia. Na noite de ontem, a companhia recusou a proposta da Arezzo para uma eventual fusão entre as empresas. Em comunicado, a Hering afirmou que a proposta "não atende ao melhor interesse dos acionistas e da própria companhia". O mercado espera que a Arezzo aumente o valor da oferta. Confira as principais altas do dia:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
HGTX3Cia Hering ONR$ 21,9128,13%
JBSS3JBS ONR$ 34,513,63%
BRKM5Braskem PNAR$ 48,523,54%
WEGE3Weg ONR$ 78,302,72%
EZTC3EZTEC ONR$ 33,632,50%

Na ponta contrária, tivemos um movimento de realização de lucros, com GPA, destaque positivo no pregão de ontem, registrando a maior queda. Com incertezas em torno de sua nova diretoria, a Petrobras foi na contramão do petróleo e fechou o dia em forte recuo. Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
PCAR3GPA ONR$ 36,26-5,08%
PRIO3PetroRio ONR$ 97,60-4,13%
IRBR3IRB ONR$ 6,25-2,95%
PETR4Petrobras PNR$ 23,09-1,99%
SULA11SulAmérica unitsR$ 31,96-1,96%

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