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Felipe Saturnino

Felipe Saturnino

Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.

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Ibovespa sobe com disparada da Petrobras, enquanto dólar fecha em queda

Coronavírus no exterior, eleições nos EUA e na Câmara dos Deputados prosseguem no radar de investidores; na reta final da sessão, no entanto, melhora na busca por risco com salto do petróleo estimulou bolsas e pesou sobre moeda americana

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
5 de janeiro de 2021
10:43 - atualizado às 15:15
Petrobras petr4
Petrobras - Imagem: Shutterstock

A sessão desta terça-feira (5) dos mercados financeiros se iniciou com cautela, à medida que os investidores adotavam uma postura defensiva com os riscos associados à expansão dos casos de coronavírus e à eleição na Geórgia para o Senado dos Estados Unidos, além de monitorarem a situação fiscal do Brasil e as eleições do Congresso.

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Quem olhar para o estado dos negócios por volta das 17h — ou seja, agora —, terá, no entanto, uma visão muito diferente: os ativos locais melhoraram, empurrados pela alta das commodities, deixando de lado, ao menos temporariamente, crescentes riscos relacionados à solvência do país e o pleito na Câmara dos Deputados.

O Ibovespa opera em alta de 0,4%, cotado aos 119.300 pontos, impulsionado pelas ações da Petrobras, que disparam quase 4% com a perspectiva de não só manutenção, mas de ampliação dos cortes na produção do petróleo.

Os papéis da gigante estatal viraram para o campo positivo a partir de 11h30, acompanhando o preço do barril do Brent no mercado internacional, que sobe fortemente — os contratos futuros para março disparam 5%, acima dos US$ 53.

A Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiu pelo aumento nos cortes na produção da commodity energética.

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Será a Arábia Saudita, uma das maiores produtoras de petróleo, quem reduzirá o seu nível de produção em 1 milhão de barris por dia (bpd) em fevereiro e março, informou o cartel hoje.

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A medida tem teor "preventivo" e foi tomada voluntariamente pelo reino, devendo assim compensar o aumento da produção de Rússia e Cazaquistão em 75 mil bpd, autorizada pela Opep+. O ministro de Energia saudita informou em coletiva de imprensa que não está preocupado com a demanda global pelo petróleo.

Enquanto isso, papéis de siderúrgicas passaram a operar em alta, depois que o minério de ferro encerrou a sessão novamente em alta na China.

Vale ON também sobe e faz o índice buscar as máximas do dia.

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Ação de peso-pesado, Itaú PN diminuiu as quedas e opera perto da estabilidade no mesmo horário, o que contribui com certo alívio do índice, ainda que papéis Bradesco PN e Banco do Brasil ON continuem com perdas.

As ações de companhias que sofreram com as medidas de isolamento social, como de aéreas e shoppings, e que amargavam perdas firmes hoje, mudaram de sentido e sobem.

Wall Street sobe, Europa fecha em queda

Nos mercados acionários no exterior, as principais índices das bolsas americanas operam em alta — a maior fica por conta do índice Nasdaq, que lista ações de empresas de tecnologia. Os índices ganham ao menos 0,7%.

Enquanto isso, na Europa, os índices acionários à vista fecharam dando sinais mistos.

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O DAX, em Frankfurt, caiu 0,55%, e o CAC-40, em Paris, 0,4%. Enquanto isso, o FTSE 100, da bolsa de Londres, foi o único dos principais índices a operar no azul, fechando em ganhos de 0,6%.

O movimento de alta vem após um pacote de estímulos no valor de 4,6 bilhões de libras em meio ao lockdown anunciado pelo premiê britânico, Boris Johnson, ontem. A medida é válida para a Inglaterra até pelo menos meados de fevereiro, em face do número recorde de casos da de covid-19 no fim de semana.

O aumento dos casos de covid-19 foi um dos focos de atenção dos investidores globais.

Se ontem foi o Reino Unido que decidiu por um lockdown nacional, hoje foi a Alemanha quem decretou a mesma medida de restrição, válida por lá até 31 de janeiro. Na Grécia, um lockdown breve foi decretado até 11 de janeiro.

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Agentes financeiros também acompanharam com atenção as eleições para o Senado americano. Se os democratas ganharem as duas cadeiras, o governo do presidente eleito, Joe Biden, terá mais facilidade para aprovar novas leis.

De um lado, estímulos fiscais adicionais seriam ainda mais prováveis se os democratas controlassem o Congresso e a Casa Branca, o que favoreceria as bolsas — mais liquidez propicia uma alocação maior dos recursos em ativos de risco.

De outro, a perspectiva de aumento de impostos sobre empresas e mais regulamentação sobre "big techs" cria incertezas nos mercados com a predominância da mão do governo sobre "a mão invisível".

Dólar fecha dia em queda após disparada e juros reduzem alta

O velho risco do coronavírus contribui com alguma incerteza a respeito da retomada da economia global e faz com que os investidores tirem o pé da compra de bolsas e optem por mais proteção, como o dólar.

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No entanto, a melhora no sentimento dos investidores ao longo da sessão alterou a história do dia nos mercados e, por fim, acabou pesando — se bem que de leve — no dólar.

No fim do dia, o dólar operava em queda de 0,15%, aos R$ 5,2603, já bem distante da sua máxima intradiária. No pico, a divisa superou os R$ 5,35, em disparada de 1,63%.

O movimento de baixa ficou em linha com o enfraquecimento do dólar contra divisas emergentes. Dentre elas, o real é o que mais perdia frente ao dólar anteriormente.

A percepção é de que o problema fiscal do país ainda pesa sobre a moeda do país em dias de aversão ao risco, piorando o desempenho da moeda em comparação com as de pares emergentes — esta era a situação que se via mais cedo na sessão.

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Mas, no fim das contas, o melhor apetite ao risco, com altas mais firmes em Nova York e a recuperação do Ibovespa com a alta do petróleo estimularam uma busca por bolsa e uma venda de dólar.

Do ponto de vista local, outro fator também inspirou cautela: as eleições para a Câmara dos Deputados. O apoio do PT ao candidato de Rodrigo Maia, Baleia Rossi, do MDB.

Isto porque o partido se opõe a medidas favoráveis ao mercado, como reformas e privatizações, e a sua bancada é a maior da casa legislativa, um importante apoio para o candidato. De outro lado, o candidato do governo Jair Bolsonaro no pleito é Artur Lira, do PP.

Em troca do apoio, o PT quer que Rossi defenda a renda básica e também "empresas estratégicas para o desenvolvimento do país que se encontram ameaçadas de extinção", segundo carta de siglas de oposição ao governo.

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"Em outras palavras, a vida do governo será bem dura com a vitória de Rossi", escreveu a consultoria Wagner Investimentos em relatório.

Enquanto isso, os juros futuros tiveram fortes altas, em um cenário de aumento de risco, contribuindo para a inclinação da curva de taxas futuras.

Mais cedo, o Tesouro Nacional vendeu 1,3 milhão de NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional série B), títulos públicos com rentabilidade atrelada ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Foram ofertados 750 mil NTN-Bs com vencimento em agosto de 2026, 500 mil para agosto de 2030 e 50 mil para maio de 2055.

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Os juros de médio prazo, para janeiro/2024, disparam 10 pontos-base (quase 0,1 ponto percentual). As taxas longas, por exemplo as para janeiro/2026, subiram em mesmo magnitude, já distantes do pico, indicando uma evolução positiva no sentimento do investidor com a alta das bolsas americanas lá fora e do Ibovespa.

As taxas curtas, para janeiro de 2022, tiveram alta firme, de 7 pontos-base, fechando perto das máximas.

Veja abaixo os juros dos principais vencimentos:

  • Janeiro/2022: de 2,83% para 2,90%
  • Janeiro/2023: de 4,18% para 4,30%
  • Janeiro/2024: de 5,080% para 5,185%
  • Janeiro/2026: de 6,06% para 6,16%

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