A principal criptomoeda do mercado vive testando os marca-passos dos investidores. Depois de tocar o ponto da Cruz da Morte, o bitcoin engatou uma recuperação que contagiou o mercado cripto.
Por volta das 9h40 da manhã desta quarta (23), a principal criptomoeda do mercado operava com alta volatilidade aos US$ 34.614,79, uma alta de 16,35% nas últimas 24h. Apesar da valorização expressiva de ontem para hoje, nos últimos sete dias o bitcoin ainda amarga uma desvalorização de 11,86%.
O mesmo movimento acontece com as dez principais moedas digitais do mercado. O destaque das maiores quedas da semana fica para o dogecoin (DOGE), que desvalorizou 26,71% na última semana, mas subia 28,85% no mesmo horário, e o polkadot (DOT), que acumula queda de 32,80% em sete dias, mas avançava 7,21% nas últimas 24 horas até a manhã de hoje.
China e a queda do hashrate
A taxa de mineração da rede do bitcoin, o chamado hashrate de mineração, vem caindo nas últimas semanas. Há pouco mais de um mês, a China começou a fechar o cerco para os mineradores, impondo dificuldades para a atividade, desde encontrar fontes de energia até a ameaça de encerramento de contas envolvidas com cripto, ou mesmo a proibição.
Mas um levantamento do The Block Research mostrou que, só no último mês, a taxa de mineração caiu quase 50%. Em 15 de maio, o hashrate da rede era de 168 mil petahashes por segundo (PH/s), enquanto que, nesta quarta-feira (23), são 86 mil PH/s.
O que isso significa?
A mineração de bitcoin é o que coloca novas moedas na rede, validando as transações e tornando a blockchain mais segura, como já explicamos aqui. A China é responsável por aproximadamente 65% do hashrate da rede do bitcoin, enquanto o segundo lugar, os EUA, respondem por pouco mais de 7%.
Com as restrições impostas pela China, os mineradores estão migrando para outras regiões e até mesmo para os Estados Unidos. Isso indica que essa taxa deve se normalizar em algum momento, de acordo com especialistas.