‘Ideia de furar teto de gastos existe, qual o problema?’, diz Bolsonaro
Presidente disse que “um pouquinho de patriotismo” não faria mal ao mercado; ele falou que recebeu convite de três partidos, inclusive o PSL

O presidente Jair Bolsonaro usou o orçamento de guerra, proposta aprovada pelo Congresso Nacional, para justificar a edição de créditos extraordinários para custear investimentos em obras. "A ideia de furar teto (de gastos) existe, o pessoal debate, qual o problema?", disse Bolsonaro durante transmissão semanal nas redes sociais.
Como mostrou o Broadcast/Estadão, a estratégia de usar o orçamento liberado durante a pandemia do novo coronavírus no discurso do governo foi discutida no Ministério da Economia para defender a edição da Medida Provisória de R$ 5 bilhões em crédito extraordinário para obras do Ministério da Infraestrutura.
Segundo Bolsonaro, o governo já "furou" o teto de gastos em cerca de R$ 700 bilhões durante a pandemia. Ele também relatou que foi questionado internamente sobre gastar outros R$ 20 bilhões para obras e ações no Nordeste.
"Me perguntaram 'Presidente, na pandemia, nós temos a PEC de Guerra, nós já furamos o teto em mais ou menos R$ 700 bilhões, dá para furar mais R$ 20 bilhões?'. Eu falei: 'Qual é a justificativa? Se for pra vírus, não tem problema nenhum'. 'Ah, mas entendemos que água, por exemplo, é para essa mesma finalidade'", contou o presidente.
"Então a gente pergunta. E daí? Já gastamos R$ 700 bilhões, vamos gastar mais R$ 20 bilhões ou não? Daí o Paulo Guedes fala: 'tá sinalizando para a economia, para o mercado, que está furando o teto, que está dando um jeitinho'. Aí outro lá na ponta, de outro Poder, já começa a falar: 'não vou aceitar jeitinho', em vez de ligar, telefonar, conversar, ver o que está acontecendo", continuou.
Segundo Bolsonaro, "a intenção de arranjar mais, em média, R$ 20 bilhões, é água no Nordeste, é saneamento, é para revitalização de rios, é Minha Casa, Minha Vida, é BR-163 lá no Pará".
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O presidente também falou que em torno de 95% do orçamento é comprometido e que há uma briga no governo pela divisão dos recursos. Ele estima que no próximo ano "vamos ter problema", porque a previsão é de que a arrecadação vai cair.
"Agora esse mercado tem que dar um tempinho também, né? Um pouquinho de patriotismo não faz mal a eles, né? Não ficar aí aceitando essa pilha. Se bem que tem gente que vaza e tem negócio. A gente manda investigar muitas vezes aqui, acionar aí a CVM, para ver se esse vazamento publicado em tal local da imprensa foi um fake news, uma mentira, para mexer no mercado e alguém ganhar dinheiro."
Bolsonaro também criticou a eventual prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 a informais. "Custa R$ 50 bilhões por mês. E tem gente de demagogicamente acha que ele tem que ser prorrogado indefinidamente (...) É endividamento. Por quanto tempo se aguenta isso? Se eu pudesse dava R$ 10 mil por mês para tudo mundo e ficava todo mundo em casa", declarou.
Partidos
Bolsonaro relatou ainda que recebeu convites para se filiar a três partidos diferentes, sendo um deles o PTB, presidido pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson. Além dos convites que diz ter recebido, o presidente admitiu conversar também com o PSL, pela qual ele se elegeu em 2018.
Em novembro do ano passado, Bolsonaro assinou a desfiliação do PSL, e desde então vinha tentando conseguir assinaturas suficientes para protocolar a criação de uma nova legenda, chamada Aliança pelo Brasil, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Até o fim de julho, no entanto, seus apoiadores só haviam conseguido juntar 3% das assinaturas necessárias. "É difícil Aliança pelo Brasil ser criado ainda em 2020, mas não é impossível", comentou hoje.
Bolsonaro afirmou que alguns integrantes do PSL teriam feito sinalização por uma reconciliação. "Apesar de ter saído do PSL, tem 43 ou 44 parlamentares que conversam comigo", apontou.
*Com Estadão Conteúdo
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