Ray Dalio volta a dizer que dinheiro é ‘o pior ativo’ e prega diversificação sem ‘real estate’
Dalio participou na noite desta terça-feira (14) de uma das sessões da Expert XP e disse que ativos do mercado imobiliário não são recomendados para a carteira diversificada idealizada por ele

O lendário gestor de fundos Ray Dalio, da firma Bridgewater Associates, voltou a dizer que dinheiro "é o pior e mais arriscado ativo" para se ter na carteira e citou ações e ouro para integrar a carteira diversificada para atravessar o atual momento dos mercados.
Ele também afirmou que ativos do "real estate", ou seja, do mercado imobiliário, não são recomendados para o portfólio por ele idealizado.
Dalio participou na noite desta terça-feira (14) de uma das sessões da Expert XP, evento de investimentos da XP Investimentos, junto com o professor de economia da Universidade de Miami e presidente do Comitê Global de Alocação da corretora, Paulo Leme.
Segundo o gestor, o mundo enfrenta três grandes questões hoje:
- economicamente, o fim do ciclo de dívidas de longo prazo, com juros baixos e impressão de dinheiro por parte dos bancos centrais
- e grandes disparidades na distribuição de riqueza
- politicamente, o desafio à potência dos Estados Unidos imposto pela China.
"Coisas assim aconteceram várias vezes nos últimos 500 anos e têm muitos efeitos nos investimentos", disse Dalio. "A última vez em que houve um gap de riqueza e de política foi em 1930, e como isso veio antes de eu nascer, tive que estudar bem isso para fazer o meu trabalho bem feito."
Dessas questões, a impressão intensa de dinheiro por parte de bancos centrais pelo mundo emerge como a principal para Dalio do ponto de vista dos mercados no momento.
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Esse fato econômico implicará, segundo ele, na depreciação do valor histórico do dinheiro, impactando diversas moedas ao redor mundo.
Além disso, produzirá incertezas acerca da distribuição da riqueza e sobre quem "pagará a conta" dessa ação de resgate das economias por parte das autoridades monetárias.
Politicamente, Dalio avalia que, diferentemente da Rússia, que foi uma potência militar, a China ameaça os Estados Unidos por sua força econômica. Com a rivalidade entre os países, pode se instituir uma guerra tecnológica, geopolítica e de capital, com efeitos sobre a economia global.
"A China é um país cujo setor tecnológico é cada vez mais comparável ao dos EUA, é um país de criatividade", afirmou.
Diversificação
"Diversificação é necessidade, é muito relevante", pregou Dalio, durante sua apresentação no evento.
O gestor defendeu uma diversificação de ativos — citando ações e ouro —, mas também de países e de moedas, que favoreceria a redução do risco sem diminuir o retorno.
"Você quer diversificar em países, em novas tecnologias. Você quer ter reserva de riqueza em muitos países e fazer sua posição inicial daí." Dalio também falou de seu "santo graal", discorrendo sobre a montagem de um portfólio com de 10 a 15 ativos sem correlação para a redução do risco.
Para ele, ações de "empresas estáveis", que conseguem obter bons resultados financeiros sem ficar à mercê das flutuações da economia, e ouro integram esse portfólio diversificado.
Ativos do mercado imobiliário, por exemplo, uma vez que dependem da prosperidade econômica e não podem ser movidos, não são recomendados, disse o gestor.
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