‘Caminhamos para o precipício ambiental’, diz CEO da Suzano
Walter Schalka diz que a sustentabilidade tem de unir empresas e governo para que o Brasil possa virar uma potência ambiental no mundo
Um dos líderes do movimento de empresários e associações que enviaram carta ao vice-presidente Hamilton Mourão pedindo medidas para combater o desmatamento da Amazônia, o presidente do grupo Suzano, Walter Schalka, diz que a sustentabilidade tem de unir empresas e governo para que o Brasil possa virar uma potência ambiental no mundo.
Para o executivo, que comanda a maior companhia de celulose do mundo, o governo deve evitar a polarização e colocar o Brasil no protagonismo das discussões ambientais. A seguir, os principais trechos da entrevista ao Estadão.
Qual a avaliação que o sr. faz da reunião entre os empresários e o vice-presidente Mourão?
A reunião foi positiva e reforça a necessidade de dialogarmos e construirmos juntos, entes públicos, iniciativa privada e sociedade, um caminho que permita ao Brasil assumir um papel de protagonismo nas discussões ambientais globais.
Quando os empresários começaram a ficar mais vocais para as questões ambientais?
A Suzano já tem como tradição trabalhar nessa questão ambiental há muito tempo. Nós já fazemos parte da Coalizão Brasil - Clima, Florestas e Agricultura, que reúne empresas privadas, academia e ONGs, e também participamos do Conselho Empresarial Brasileiro para Desenvolvimento Sustentável. Nesse conselho, as empresas discutem formas de causar impacto. Recentemente, esse assunto ganhou mais representatividade. A razão é que o mundo acordou. Vamos ter de tomar ações relevantes para reverter o caminho que estamos seguindo. Vamos na direção do precipício ambiental e não podemos cair nele.
Leia Também
Quando se percebeu que estávamos indo para um precipício ambiental?
É nítido o fato de que estamos tendo aquecimento global. Ao tomarmos essa consciência, o mundo sabe que precisa tomar uma ação. E, para mim, é muito claro que teremos de fazer uma redução da emissão de CO2 ao longo do tempo. Vamos ter de aumentar muito o nível de eficiência de um modelo global para chegar lá. É inevitável também discutir a questão do plástico. Não podemos conviver com plásticos descartáveis crescendo na velocidade atual.
A imagem do Brasil ficou arranhada e ele é visto como um país que desmata.
O País ficou mais exposto em função das queimadas da Amazônia que voltaram a crescer.
Como as empresas se organizaram para enviar carta a Mourão?
O vice-presidente Mourão demonstrou desde que assumiu o Conselho da Amazônia, uma forma positiva, com elenco de propostas que tem muito alinhamento com o pensamento das empresas. E nós decidimos ofertar o nosso apoio a essas teses que são bastantes relevantes. A primeira é do combate ao desmatamento ilegal, que eu acho a tese mais significativa daquela carta. Mas nós precisamos resolver outras questões importantes, como a rastreabilidade dos produtos para se ter certeza que não foram utilizadas áreas de desmatamento para essa produção. Outra importante questão é do crédito de carbono. O Brasil poderia estar gerando US$ 10 bilhões por ano fazendo o combate ao desmatamento ilegal. E ao fazer o combate, poderia gerar esses créditos de carbono e negociá-los. Portanto, ter um papel geopolítico expressivo no mundo. O Brasil pode ser uma potência ambiental no mundo.
Como criar essa consciência?
Uma condição necessária para se chegar lá é o endereçamento da questão fundiária brasileira. Ao resolver os problemas fundiários, vamos saber quem são os responsáveis. Quando uma área da Amazônia queima, fica uma discussão enorme sobre quem é o responsável por aquela área. Como não tem responsabilidade, ninguém tem penalidade.
Temos visto um racha no agronegócio. Uma parte dos produtores diz que os países criticam por que são protecionistas.
Acho que esse é um falso dilema. Existe sim protecionismo estrangeiro e existe sim ilegalidade no Brasil. Precisamos combater as duas coisas. Precisa combater o protecionismo. Então, não dá para a gente usar como exemplo a forma inadequada como cada um dos lados está adotando para entrar nesse Fla-Flu. Existem entre os produtores o bom e o mau exemplo e, portanto, a gente não pode ficar se baseando nos maus exemplos para poder continuar a mesma política de não combater adequadamente o desmatamento ilegal.
Há muitas críticas em relação à gestão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Ele tem errado a mão?
Prefiro não comentar.
Vivemos uma crise política em meio à pandemia. Isso não prejudica o debate ambiental?
A polarização que está acontecendo já há bastante tempo não é benéfica para o País. Temos problemas estruturais que precisamos resolver em várias áreas. Temos problemas de déficit fiscal crônico, precisamos gerar um modelo de desenvolvimento para o Brasil. O País não poderá ser só um produtor de commodities no futuro. Temos problema de educação. Tem questão ambiental. Não podemos deixar que essa polarização nos impeça de fazer as transformações que o Brasil precisa.
Será um longo caminho para o Brasil reverter a imagem lá fora?
Não é um longo caminho. Precisa de ações concretas. O Mourão tem uma oportunidade incrível de fazer isso acontecer porque todo mundo está dando suporte a ele nessa direção. O Brasil precisa exercer influência na COP26 (conferência mundial sobre o clima que será realizada em 2021). O Brasil pode alavancar isso. Se fizer isso, a partir de 2022, vamos estar bastante preparados para esse processo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Azzas 2154 (AZZA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam mais de R$ 300 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)
Dona da Arezzo pagará R$ 180 milhões, e fabricante de ônibus, R$ 169 milhões, fora os JCP; veja quem tem direito aos proventos
XP (XPBR31) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e recompra de até R$ 1 bilhão em ações após lucro recorde no 3T25
Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual; veja os destaques do balanço
Banco do Brasil (BBAS3) lança cartão para a altíssima renda de olho nos milionários; veja os benefícios
O cartão BB Visa Altus Liv será exclusivo para clientes com mais de R$ 1 milhão investido, gastos médios acima de R$ 20 mil e/ou renda mínima de R$ 30 mil
A ação que pode virar ‘terror’ dos vendidos: veja o alerta do Itaú BBA sobre papel ‘odiado’ na B3
Apesar da pressão dos vendidos, o banco vê gatilhos de melhora para 2026 e 2027 e diz que shortear a ação agora pode ser um erro
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado
A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área
Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional
A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços
Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas
Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde
Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.
IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína
A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial
iPhones com até 45% de desconto no Mercado Livre; veja as ofertas
Ofertas são da loja oficial da Apple dentro do marketplace e contam com entrega Full e frete grátis