Setor aéreo faz investida contra startups após crescimento de ações na Justiça
Segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), no Brasil são oito processos a cada 100 voos, enquanto, nos Estados Unidos, ocorre 0,01 processo a cada 100 voos
Projetando um impacto negativo com processos judiciais de R$ 500 milhões em 2020 no Brasil, o setor aéreo começou a fazer uma forte investida contra as startups que oferecem ajuda a passageiros a buscarem indenizações por problemas enfrentados em voos.
Entre as frentes, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) realizou reuniões com o governo para alertar os efeitos negativos que a judicialização trouxe para o segmento. A Abear também solicitou ajuda para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que vai investigar ação de startups especializadas em oferecer tais serviços. A pauta, segundo a Abear, deve ser avaliada pelas instâncias superiores do Judiciário.
"Entendemos que na hora que a OAB começar a se mexer isso tem impacto no sistema Judiciário. Ao ter esse impacto, não descarto que esse tema vá parar em instância superiores", disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. O custo dos processos judiciais acaba no preço pago pelo passageiro, afirmou Sanovicz. "Somos um setor com margens apertadas", disse, destacando que os problemas decorrentes da judicialização se mostram um entrave a novos entrantes no País.
Segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), no Brasil são oito processos a cada 100 voos, enquanto, nos Estados Unidos, ocorre 0,01 processo a cada 100 voos. Na contramão, um total de 85% dos voos das principais aéreas do Brasil estavam no horário ou com até 15 minutos de atraso, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Nos Estados Unidos esse porcentual é de 82%, apontou a Abear, com base nos dados da Bureau of Transportation Statistics.
"Nós abrimos um debate com o governo para mostrar a situação", conta Sanovicz. A entidade já se reuniu com integrantes da Secretaria de Aviação Civil, Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e Ministério do Turismo. Uma nova reunião deve acontecer ainda janeiro.
Em 2018, as companhias aéreas foram alvo de 64 mil processos em meio a um universo de 100 milhões de passageiros. Os dados de 2019 ainda não estão fechados, mas os números do primeiro semestre já mostram 109 mil processos contra as aéreas no País, segundo a Abear.
Leia Também
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
OAB
A Coordenação Nacional de Fiscalização da Atividade Profissional da Advocacia da OAB investigará a atuação de startups que têm atuado exclusivamente oferecendo serviços jurídicos por meio de redes sociais e usando mecanismos de inteligência artificial.
O objetivo da Ordem é esclarecer até que ponto a ação dessas empresas caracteriza publicidade irregular, infração ética e venda de serviços jurídicos por não advogados. A entidade se reuniu com representantes das companhias aéreas para tratar das ações especializadas na captação de clientes para processos.
Segundo o secretário-geral adjunto da OAB Nacional, Ary Raghiant Neto, parece haver um estímulo artificial para demandas judiciais. "O que interessa para OAB é que há denúncias feitas, por exemplo, pelas companhias aéreas e por associação do setor no sentido de que existe um direcionamento dos processos para determinados advogados, propaganda ilegal e exercício irregular da nossa profissão", afirmou, em nota publicada no site da instituição. O tema também foi alvo de diversas ações civis públicas na OAB no Rio de Janeiro.
Uma das mais conhecidas no setor é a AirHelp, fundada em 2013 e com 700 funcionários. Em seu site, a empresa aponta que já ajudou cerca de 13 milhões de passageiros em todo o mundo. Procurada pela reportagem para comentar, a empresa afirmou que se as companhias aéreas respeitassem as regras e oferecessem aos passageiros a devida compensação nenhuma reivindicação seria necessária nos tribunais. A empresa disse ainda ver o Brasil como um mercado-chave para seus negócios.
Sobre as questões envolvendo a OAB, a AirHelp afirmou não temer qualquer tipo de represália. "AirHelp não é uma empresa do ramo jurídico", apontou, e emendou: "Se a companhia aérea se recusar a compensar o passageiro após nossa mediação, ajudamos os passageiros, colocando-os em contato com nossos parceiros legais locais. Colaboramos com advogados locais em cada país em que operamos, incluindo advogados licenciados e autorizados pela OAB no Brasil".
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips