‘Sem brilho’: confira como os analistas reagiram ao balanço da Ambev
Apesar de registrar lucro trimestral e anual, resultado demonstra que desafio à frente é grande

Uma vitória sem brilho. Para resumir, é assim que os analistas de ações avaliaram o resultado da Ambev, divulgado antes da abertura dos mercados. Apesar de registrar lucro trimestral e anual, o balanço da empresa demonstra que, dada a atual situação do mercado, o desafio à frente é grande.
A Ambev teve lucro de R$ 4,6 bilhões no quarto trimestre do último ano, pelo critério ajustado, que desconsidera os chamados eventos extraordinários, o que representou alta de 24,4%. O lucro líquido ajustado no ano subiu 8,5%, alcançando R$ 12,549 bilhões. Veja os números completos do resultado.
O pulo do gato é o custo e a qualidade dos números. No quatro trimestre de 2019, o EBITDA ajustado tombou 9,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e houve a menor margem EBITDA para esse trimestre em 15 anos. O lucro trimestral cresceu 28% comparado a igual período de 2018, mas predominantemente devido à redução de impostos pela distribuição de juros sobre capital próprio aos acionistas.
Além disso, na análise negativa do mercado pesaram as projeções da empresa para 2020, que descrevem um impacto significativo de uma menor relação preço/mix combinado aos maiores efeitos de preços de commodity e da taxa de câmbio.
As ações ON da Ambev (ABEV4) fecharam o pregão desta quinta-feira (27) em forte queda de 8,34%, a R$ 14,50. No ano, o papel acumula queda de 22,34%. Confira a nossa cobertura de mercados financeiros.
Veja como foi a reação dos analistas de três grandes instituições financeiras ao balanço do Ambev no quarto trimestre de 2019:
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"Apesar de volumes melhores no Brasil no trimestre, a relação preço/mix foi decepcionante, e achamos que levantará questões sobre a saúde do portfólio, especialmente para marcas tradicionais"
Além da relação preço/mix, queda das ações deve-se também "às margens no Brasil e à perspectiva de acentuada contração de margem no 1T2020"
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BTG Pactual — Sinal dos tempos
Recomendação: Neutra
Preço-alvo (12 meses): R$ 19,00
Margem EBITDA para o quarto trimestre foi a menor desde 2005 e o lucro, embora tenha crescido 28% em razão da redução de impostos gerada por JCP, veio "15% abaixo de nossa estimativa"
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