🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Estadão Conteúdo

entrevista

‘País tem de recuperar capacidade fiscal’, diz presidente do Santander Brasil

Na visão do executivo, a covid-19 ressaltou a importância do papel do Estado, mas mostrou que as crises virão e serão cada vez mais frequentes

Estadão Conteúdo
29 de abril de 2020
8:08 - atualizado às 8:17
São Paulo, 13 de Setembro, Retrato de Sérgio Rial, presidente do banco Santander, na sede do Banco em São Paulo, Foto: Murillo Constantino/Quartetto -

Diante dos reflexos da pandemia do novo coronavírus e de uma crise política agravada pela saída do ministro Sérgio Moro do governo, o presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, vê como o principal risco a possibilidade de o País deixar de lado a agenda de equilíbrio fiscal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na visão do executivo, a covid-19 ressaltou a importância do papel do Estado, mas mostrou que as crises virão e serão cada vez mais frequentes. "As nações que vão poder melhor enfrentar as crises são aquelas com maior equilíbrio fiscal. O Brasil tem de recuperar capacidade fiscal para a próxima crise, que não vai levar 50 anos", afirmou Rial, em entrevista por videoconferência para comentar os resultados do primeiro trimestre.

O Santander conseguiu, pela primeira vez, ultrapassar a marca de R$ 1 trilhão em ativos totais em sua operação brasileira, encostando, agora em tamanho, nos concorrentes privados. O motor veio do crédito a empresas, com o banco desembolsando mais de R$ 70 bilhões para o segmento no período, de acordo com Rial. A crise ainda não deixou marcas nos resultados do Santander Brasil, mas já há sinais de aumento dos calotes nos próximos trimestres. O lucro líquido do banco cresceu 10,5% no primeiro trimestre ante um ano, para R$ 3,853 bilhões. Com tal desempenho, a participação do Brasil no resultado global do conglomerado espanhol voltou a subir para 29%.

Como o banco está vendo o impacto da crise para os próximos trimestres?

Abril foi um mês desafiador. Já tivemos queda de volume de mais de 35% cartão de débito e crédito, e isso vai ter um impacto importante na receita. No que diz respeito à inadimplência, tomamos a decisão, como todo o sistema, da renovação, reestruturação e prorrogação porque acreditamos que a ausência de fluxo de caixa em três meses não necessariamente tem de levar à inadimplência. O que temos de esperar para responder é o impacto do nível de desemprego. Existiram várias medidas para amenizar isso. A primeira foi o financiamento das folhas de pagamento. Outra é a campanha Não Demita, que ajudamos a liderar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quanto o banco já emprestou nesta linha, na qual 85% dos recursos vêm do Tesouro?

Leia Também

Quando o governo e os bancos desenharam essa linha, ninguém sabia o quanto seria tomado em recursos. A demanda fica a mercê da empresa querer ou não. Tivemos um desafio de comunicação de algo que nunca foi feito na história do Brasil e dificuldade da própria infraestrutura dos bancos de sermos claros em explicar como seria o acesso. A sinalização que estamos vendo é que, para este intervalo de empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil a R$ 10 milhões, parece ser um dispêndio mais de R$ 7 bilhões a R$ 10 bilhões do que R$ 40 bilhões. Muitas empresas talvez não queiram.

O que isso significa?

Que existem potencialmente R$ 30 bilhões para fazermos coisas diferentes. Podemos alterar o intervalo (de faturamento) e em vez de R$ 10 milhões, levarmos a R$ 30 milhões ou R$ 50 milhões. Podemos pensar juntamente com equipe econômica em um fundo garantidor e que permita uma abrangência maior para empresas. O que é importante é que existe mobilização dos setores privado e público para dar liquidez às pequenas e médias empresas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como o senhor vê a demanda por crédito na crise?

Vai se estabilizar. Tivemos um aumento importante. Existiam dúvidas de represamento. Os números mostram que não: R$ 70 bilhões a mais para empresas no nosso caso. Existe liquidez e há desenhos que estão sendo construídos pela equipe econômica e o setor privado para diversos setores. Não tem nada mandatório. Algumas empresas, por exemplo, preferem não aderir ao financiamento da folha de pagamentos porque querem ter a flexibilidade se quiserem demitir. Estamos instruindo, mostrando que custa mais caro que outras linhas, mas tudo é um aprendizado.

Qual a grande diferença dessa crise para outras?

Várias, mas esta tem uma muito diferente. Nós nunca tivemos Selic a 3,75% e propensão a pagar a prazo. No Brasil, o prazo as crises passadas era de seis meses. Hoje, falamos em uma carência de 6 meses. O Brasil conseguiu chegar a uma maturidade monetária que permite, de maneira correta e com prazo, dar capacidade a empresa e pessoas físicas de pagarem. São elementos novos de uma crise que nunca vivemos no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se não bastasse a crise de saúde, o Brasil viu sua crise política acentuada na última semana. Qual a sua leitura?

Acredito muito na liderança da equipe econômica. Tem sinalização correta no sentido da aderência de uma cultura de equilíbrio fiscal. Acho que o grande risco do Brasil agora é a gente esquecer que não há nada mais importante do que o equilibro fiscal. A covid-19 demonstrou algo que acredito que fique por bastante tempo: nós vamos continuar enfrentando crises que não seremos capazes de prever. Tivemos a crise em 2008 que ninguém necessariamente viu nos Estados Unidos e que se transportou para a Europa, em 2010. Em menos de dez anos, temos uma crise que jamais imaginamos que o planeta iria enfrentar. As nações que vão poder melhor enfrentar as crises são aquelas com maior equilíbrio fiscal. E a gente vê exemplos ao lado do Brasil como Peru e Chile ou o próprio México com uma capacidade fiscal muito maior. O Brasil tem de recuperar capacidade fiscal para a próxima crise, que não vai levar 50 anos.

E quanto ao papel do Estado na crise?

Outra questão importante para aqueles que ficam discutindo se é liberal ou não é a importância do Estado. Em momentos dessa envergadura, espero que tenha ficado claro a importância de termos um Estado porque o mercado sozinho jamais seria capaz. Então, também, dentro desse contexto é a revalorização do Estado, do Ministério da Saúde e do SUS, que é um sistema com um tripé super bem organizado. O Brasil, sem o SUS, estaria numa situação muito mais caótica.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EM MEIO AO CHAPTER 11

Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior

14 de novembro de 2025 - 10:42

Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão

DESASTRE

BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta

14 de novembro de 2025 - 9:13

A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano

PRÉ-BLACK FRIDAY

11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas

14 de novembro de 2025 - 9:05

Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro

BALANÇO DOS BALANÇOS

Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho

14 de novembro de 2025 - 7:30

A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros

SD ENTREVISTA

Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?

14 de novembro de 2025 - 6:07

Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê

COMPRA OU VENDE?

Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI

13 de novembro de 2025 - 19:40

A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa

SANGRIA NA BOLSA

Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações

13 de novembro de 2025 - 19:30

O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos

BALANÇO

Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31% 

13 de novembro de 2025 - 18:13

O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques

PESQUISA PAYPAL

Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio

13 de novembro de 2025 - 16:51

Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO

13 de novembro de 2025 - 16:00

A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?

TEMPESTADE PERFEITA?

Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor

13 de novembro de 2025 - 14:40

Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre

O PODER DOS PROVENTOS

Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?

13 de novembro de 2025 - 13:29

Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30

VALE O PREÇO?

Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket

13 de novembro de 2025 - 12:34

Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil

TRANSIÇÃO TURBULENTA

Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas

13 de novembro de 2025 - 10:58

Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída

NEGÓCIOS DE FAMÍLIA

Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede

13 de novembro de 2025 - 10:11

No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima

BLACK FRIDAY 2025

Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?

13 de novembro de 2025 - 9:01

Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025

SALDO NEGATIVO

Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%

12 de novembro de 2025 - 20:10

O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta

POR TRÁS DO TOMBO

O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25

12 de novembro de 2025 - 19:37

A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás

ATENÇÃO, INVESTIDOR

Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25

12 de novembro de 2025 - 19:19

Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas

BALANÇO

Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques

12 de novembro de 2025 - 18:36

O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar