‘Não se deve usar recurso do povo para ajudar montadora’, diz presidente da Suzano
Walter Schalka defendeu ajuda ao setor aéreo e disse que os parlamentares não devem perder o foco nos problemas estruturais do país
O presidente da Suzano, Walter Schalka, afirmou na quinta-feira, 16, na série de entrevistas ao vivo "Economia na Quarentena", do jornal O Estado de S. Paulo, que o governo deve ser bastante seletivo ao conceder ajuda financeira a empresas em consequência da crise gerada pelo coronavírus. "Acho que vai ter um lobby geral para benefícios setoriais, mas o governo tem de ser muito seletivo nos benefícios para grandes empresas. É diferente da pequena, média e principalmente das microempresas. Essas sim precisam de apoio."
Um pacote de R$ 50 bilhões, destinado a segmentos como companhias aéreas, montadoras e empresas de energia elétrica, está sendo desenvolvido pelo governo, em parceria com os principais bancos do País. "Não vejo necessidade de ajudar todas as empresas. O setor aéreo, que é crítico e estratégico, deveria ser apoiado sim. Mas não acho que montadora, principalmente porque grande parte é de multinacionais, deveria receber recurso barato, do povo brasileiro."
Schalka também defende que Executivo e Legislativo não devem perder o foco nos problemas estruturais para o País e prossigam com as reformas ainda em 2020.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:
A Suzano faz parte de um grupo de empresas que lidera o movimento 'Não Demita'. As empresas terão fôlego financeiro para atravessar esta crise?
A Suzano, desde o início, tomou uma atitude clara de não demitir, mas nós somos uma empresa muito privilegiada. Exportamos parte significativa de nossos volumes. Mas não posso fazer uma correlação com outras empresas que estão em momentos mais delicados. Achamos que é importante não demitir, mas entendemos aqueles que precisam fazer isso.
Leia Também
O governo lançou um pacote de ajuda para bancar a folha de pagamento de empresas, além da medida provisória de redução de jornada e salários. Isso ajuda a conter as demissões?
O governo federal acertou nesta MP. Isso permite uma flexibilidade de alternativas para o empresariado e trabalhador para que possamos sustentar o emprego. À medida que as coisas se encaminharem, as empresas vão preferir ficar com os trabalhadores porque elas vão ficar melhores após a pandemia.
O governo está jogando mais dinheiro na economia e, consequentemente, o País vai ficar mais endividado. Como reequilibrar as contas públicas?
Devemos aproveitar esse momento, usar a crise como oportunidade. Queria convidar o Executivo e o Legislativo para redesenharmos sistemas tão fundamentais do Brasil, com as reformas administrativa e tributária. Esse é um momento que podemos fazer a transformação acontecer e sairmos melhor na frente. Grande parte das empresas tem uma ação de redução de gastos. É o momento de o governo fazer isso e dar um salto de produtividade. Não devemos deixar para 2021.
Qual sua visão sobre o pacote de ajuda de R$ 50 bilhões a grandes grupos, como montadoras e companhias aéreas?
Acho que deve ser muito limitado. Não vejo necessidade de ajudar a todos os setores. Posso assegurar que o setor de papel de celulose não precisa de apoio do governo. O setor aéreo, que é crítico e estratégico, deveria ser apoiado. Mas não acho que montadora, em grande parte multinacionais, tenha necessidade de receber recurso barato do povo brasileiro. Vai ter um lobby geral para benefícios setoriais, mas o governo tem de ser muito seletivo nos benefícios a grandes empresas. É diferente da pequena, média e principalmente das microempresas. Essas sim precisam de apoio, é para elas que temos de olhar.
O FMI divulgou uma previsão de queda de mais de 5% no PIB brasileiro em 2020. Como o sr. vê essa piora das perspectivas?
Acho que essas previsões estão ainda muito otimistas. Os números serão ainda piores. Mas isso não é relevante, porque é um choque temporário que vai acontecer na economia global. O mais importante é o que vai acontecer depois. Nós vamos ter de reconstruir esse desenho pós-pandemia.
Suzano e outras empresas estão se mobilizando para doações. Como vê esse movimento?
É maravilhoso a solidariedade do setor privado no Brasil. Estamos vendo emergir o lado bom e positivo da solidariedade brasileira.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica