As varejistas Hering e Marisa divulgaram nesta quinta-feira (28). Os números do trimestre. Entre os destaques do balanço:
Hering registrou lucro líquido de R$ 5,043 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 89,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, a crise causada pela pandemia do novo coronavírus teve forte relação com os resultados apresentados.
"A conjuntura impactou diretamente o resultado do trimestre que apresentou queda de 26,1% na receita bruta versus o primeiro trimestre de 2019, e atingiu R$ 323,6 milhões, com margem Ebitda de 4,2%", diz a administração no balanço.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em r$ 11,383 milhões, o que representou um recuo de 80% ante o primeiro trimestre de 2019.
Já a receita líquida foi de R$ 272,112 milhões, uma queda de 27,23%. A empresa ainda reforçou seu caixa em R$ 200 milhões (R$ 120 milhões em março e R$ 80 milhões em abril) com empréstimos.
A Marisa, por outro lado, registrou prejuízo líquido de R$ 107,1 milhões no primeiro trimestre de 2020, perdas mais de 3 vezes maiores que as registradas no mesmo período de 2020. No critério pró-forma, o prejuízo da rede varejista no trimestre foi de R$ 87,1 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Marisa entre janeiro e março foi de R$ 15,4 milhões, queda de 60,6% na comparação anual. O indicador pró-forma foi negativo em R$ 29,1 milhões. No critério ajustado, o Ebitda da companhia recuou 68,4%, para R$ 13,9 milhões, e pró-forma, ficou negativo em R$ 30,6 milhões. A companhia aponta que os resultados foram impactados pelo fechamento de lojas no final de março, por conta das restrições sociais para controlar a pandemia de covid-19.
A receita líquida da Marisa recuou 5,4% em um ano, para R$ 571,7 milhões. O resultado financeiro foi negativo em R$ 19,5 milhões, uma melhora em relação ao resultado negativo de R$ 24,1 milhões do primeiro trimestre de 2019.
A dívida líquida recuou 41,5% em um ano, para R$ 391,3 milhões. No entanto, o nível de alavancagem da companhia, medido pela relação dívida líquida/Ebitda, passou de 1,5 vez para 3,3 vezes na mesma base de comparação.
*Com Estadão Conteúdo