🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Estadão Conteúdo
agora é que são elas

Empresas médias avançam no setor imobiliário

Ao contrário do que ocorreu no período pré-crise, com as grandes construtoras e incorporadoras dominando o mercado, agora as empresas médias têm conseguido ampliar a presença no setor

Estadão Conteúdo
1 de março de 2020
19:22 - atualizado às 19:24
prédios imóveis
Imagem: shutterstock

Nas placas de construção de edifícios, um sinal de que a retomada do setor imobiliário em São Paulo traz novidades. Ao contrário do que ocorreu no período pré-crise, com as grandes construtoras e incorporadoras dominando o mercado, agora as empresas médias têm conseguido ampliar a presença no setor. Marcas menos conhecidas estampam os anúncios de lançamentos em quase todas as regiões da capital.

A explicação está na conjuntura atual e nos problemas financeiros enfrentados pelas grandes companhias durante a crise. "No passado, as empresas maiores estavam muito capitalizadas e as pequenas e médias em um patamar abaixo nesse quesito. Elas não conseguiam competir na compra de terrenos. A crise mudou essa dinâmica", diz o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Claudio Hermolin.

Descapitalizadas, as grandes empresas abriram espaço para as pequenas e médias formarem seu banco de terrenos e fazer os projetos que agora estão saindo do papel. Isso reduziu a concentração no setor. "A diversificação cria dinâmica de novos entrantes, projetos diferentes e dá mais opções ao consumidor", diz Hermolin. No ano passado, o setor lançou 55,5 mil unidades residenciais em São Paulo - 50% superior aos números de 2018. As unidades representam 42% de tudo que foi lançado no País.

Fundos

Outro fator que contribui para o avanço das empresas médias é a alta liquidez no mercado, intensificada pelo cenário de juros baixos. Nos últimos tempos, fundos de investimentos têm ajudado na capitalização das companhias menores, que ganharam maior poder de fogo para negociar a compra de terrenos e desenvolver os projetos.

A Vitacom é um exemplo desse movimento. Em 2017, quando as grandes empresas sofriam com a escalada dos distratos (devolução do imóvel) por causa da recessão econômica, a construtora e incorporadora conseguiu captar R$ 600 milhões com o fundo americano Hines. No ano seguinte, mais R$ 1,5 bilhão com o fundo de Cingapura Capital Land. E, em 2019, outros R$ 2 bilhões com o fundo 7 Bridges.

"O capital está abundante. Uma vantagem competitiva que era abrir o capital deixou de ser relevante", diz o presidente da Vitacon, Alexandre Lafer Frankel. Na avaliação dele, a empresa tem hoje o mesmo nível de acesso ao capital que as companhias abertas. "A diferença é que temos mais liberdade nas decisões."

No ano passado, a companhia lançou oito empreendimentos. Neste ano, serão 12 projetos. "Desde os primeiros aportes temos tido um crescimento da ordem de 50% ao ano", afirma Frankel. O executivo diz que o foco da companhia continuará sendo as unidades compactas - a empresa já lançou unidades de 10 a 32 metros. E esse número pode diminuir ainda mais. "São lançamentos com foco no investidor, que tem apresentado uma demanda muito alta (por causa da taxa de juros)."

Grandes empreendimentos

Há 46 anos no mercado, a Benx é outra que entrou na onda dos fundos de investimentos e teve aportes para três projetos nos últimos anos. "Com a taxa de juros mais baixa, esses investidores estão apoiando as empresas médias na compra de terrenos e desenvolvimento dos projetos", diz o diretor-geral da companhia, Luciano Amaral.

De 2016 para cá, a incorporadora lançou 15 empreendimentos. Dois já foram entregues, 11 estão em construção e 2, em lançamento. Para este ano, a expectativa é fazer outros cinco lançamentos. Amaral conta que, depois de fazer muitos projetos para o Minha Casa Minha Vida, em 2018 e 2019 a companhia decidiu voltar ao mercado de médio e alto padrão.

Umas das apostas é o emblemático Parque Global, que ficou embargado por cinco anos. "Estamos retomando o projeto", diz o executivo. São cinco torres residenciais, shopping center e um complexo de inovação, educação e saúde, nas proximidades do Parque Burle Marx, em São Paulo.

Na mesma linha, a Gamaro está desenvolvendo o empreendimento O Parque. O projeto prevê a construção de quatro torres, três residenciais e uma corporativa. Duas foram lançadas em dezembro de 2018 e já tiveram 60% das unidades vendidas. A terceira torre residencial será lançada neste mês. O prédio comercial, em construção, será vendido à parte para algum investidor ou empresa que vai administrar o ativo.

Especializado na construção de edifícios educacionais, o grupo só criou a incorporadora em 2014. Desde então, lançou cinco empreendimentos (incluindo O Parque). Para o ano que vem, há previsão de um novo projeto no bairro do Ipiranga. Segundo o diretor de incorporação da companhia, Ricardo Grimone, os projetos têm sido tocados com capital próprio e financiamentos bancários. "Mas temos sido bastante procurados por fundos para possíveis parcerias e estamos em conversas."

Volta das grandes

Para garantir o estoque de terrenos, a empresa está de olho em oportunidades. Segundo ele, as grandes construtoras estão começando a voltar ao mercado, o que tem aumentado a disputa. "As grandes sofreram muito, pararam, arrumaram a casa e estão retomando os negócios. Isso tem aumentado a concorrência nas novas aquisições", diz Grimone.

O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, confirma esse movimento. "Na crise, tivemos empresas que reduziram suas estruturas e algumas que encerraram as atividades. Nesse período, deixaram de fazer lançamentos, mas estão voltando", diz ele. "As empresas estão se reestruturando e aprovando projetos", completa Odair Senra, presidente do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-SP). Esse movimento vai aparecer nos próximos lançamentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

REPORTAGEM ESPECIAL

Petz (PETZ3) mira fórmula “Raia Drogasil” em fusão com a Cobasi, mas mercado ainda é cético com modelo de negócios

19 de abril de 2024 - 15:35

Fundador da Petz, Sergio Zimerman falou sobre a fusão em teleconferência com analistas, que não contou com a presença de ninguém da Cobasi

RECICLAGEM DE ATIVOS

Log (LOGG3) garante mais de R$ 500 milhões para o caixa com nova venda de galpões para fundo do BTG

19 de abril de 2024 - 10:57

Vale relembrar que o FII foi criado justamente para investir nos imóveis da companhia e já havia comprado cinco outros galpões da Log no ano passado

NEGÓCIO ANIMAL

Petz (PETZ3) e Cobasi selam acordo para fusão que cria gigante do mercado pet; ações disparam mais de 40% na abertura na B3

19 de abril de 2024 - 8:19

Juntas, Petz e Cobasi formarão rede de 483 lojas e faturamento de aproximadamente R$ 6,9 bilhões. Cada rede terá 50% do negócio combinado

NA QUINTA TENTATIVA

Credores aprovam plano de recuperação judicial da Oi (OIBR3) após assembleia se estender até madrugada; veja detalhes

19 de abril de 2024 - 7:17

O documento obteve o aval de 79,87% dos credores presentes no encontro desta quinta-feira (18)

DINHEIRO NO BOLSO

CCR (CCRO3) e Vibra (VBBR3) anunciam mais de R$ 1,2 bilhão em dividendos; confira o cronograma de pagamento de cada uma das companhias

18 de abril de 2024 - 18:32

O maior valor será distribuído pela Vibra, que pagará R$ 676 milhões em duas parcelas; já a CCR depositará R$ 536 milhões na conta dos acionistas

O 'X' DA QUESTÃO

Dividendos da Petrobras (PETR4): governo pode surpreender e levar proposta de pagamento direto à assembleia, admite presidente da estatal

18 de abril de 2024 - 18:03

Jean Paul Prates admitiu a possibilidade de que o governo leve uma proposta de pagamento diretamente à assembleia de acionistas

ROYALTIES MUSICAIS

Fundo que detém direitos de músicas de Beyoncé e Shakira anuncia venda de US$ 1,4 bilhão a investidor

18 de abril de 2024 - 17:04

A negociação será feita com apoio da Apollo Capital Management, parceira da Concord, gigante de private equity dos EUA

COMPRAR OU VENDER

A bolsa está valendo menos? Por que esse bancão cortou o preço-alvo das ações da B3 (B3SA3) — e você deveria estar de olho nisso

18 de abril de 2024 - 16:47

O BTG Pactual ajustou o modelo para a operadora da bolsa brasileira e reduziu o preço-alvo dos papéis de R$ 16 para R$ 13,50; entenda as razões para a nova avaliação e saiba se é hora de ter os ativos em carteira

NOVO & CLÁSSICO

Fusca elétrico e chinês: GWM tem vitória sobre da Volkswagen, que acusa modelo de ser “cópia” do clássico alemão

18 de abril de 2024 - 15:21

Em novembro de 2021 a montadora registrou o desenho industrial de dois modelos junto ao INPI: o Ora Punk Cat e o Ora Ballet Cat; nove meses depois, o sonho virou pesadelo

ATRAVESSOU O ENREDO

Goldman eleva recomendação para 3R Petroleum (RRRP3) e fusão com Enauta (ENAT3) é só um dos motivos

18 de abril de 2024 - 12:02

O que mais chamou a atenção dos analistas é a melhora da relação entre o risco e o retorno da empresa, em um cenário de alta do petróleo e depreciação do real frente ao dólar

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar