Empresas médias avançam no setor imobiliário
Ao contrário do que ocorreu no período pré-crise, com as grandes construtoras e incorporadoras dominando o mercado, agora as empresas médias têm conseguido ampliar a presença no setor

Nas placas de construção de edifícios, um sinal de que a retomada do setor imobiliário em São Paulo traz novidades. Ao contrário do que ocorreu no período pré-crise, com as grandes construtoras e incorporadoras dominando o mercado, agora as empresas médias têm conseguido ampliar a presença no setor. Marcas menos conhecidas estampam os anúncios de lançamentos em quase todas as regiões da capital.
A explicação está na conjuntura atual e nos problemas financeiros enfrentados pelas grandes companhias durante a crise. "No passado, as empresas maiores estavam muito capitalizadas e as pequenas e médias em um patamar abaixo nesse quesito. Elas não conseguiam competir na compra de terrenos. A crise mudou essa dinâmica", diz o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Claudio Hermolin.
Descapitalizadas, as grandes empresas abriram espaço para as pequenas e médias formarem seu banco de terrenos e fazer os projetos que agora estão saindo do papel. Isso reduziu a concentração no setor. "A diversificação cria dinâmica de novos entrantes, projetos diferentes e dá mais opções ao consumidor", diz Hermolin. No ano passado, o setor lançou 55,5 mil unidades residenciais em São Paulo - 50% superior aos números de 2018. As unidades representam 42% de tudo que foi lançado no País.
Fundos
Outro fator que contribui para o avanço das empresas médias é a alta liquidez no mercado, intensificada pelo cenário de juros baixos. Nos últimos tempos, fundos de investimentos têm ajudado na capitalização das companhias menores, que ganharam maior poder de fogo para negociar a compra de terrenos e desenvolver os projetos.
A Vitacom é um exemplo desse movimento. Em 2017, quando as grandes empresas sofriam com a escalada dos distratos (devolução do imóvel) por causa da recessão econômica, a construtora e incorporadora conseguiu captar R$ 600 milhões com o fundo americano Hines. No ano seguinte, mais R$ 1,5 bilhão com o fundo de Cingapura Capital Land. E, em 2019, outros R$ 2 bilhões com o fundo 7 Bridges.
"O capital está abundante. Uma vantagem competitiva que era abrir o capital deixou de ser relevante", diz o presidente da Vitacon, Alexandre Lafer Frankel. Na avaliação dele, a empresa tem hoje o mesmo nível de acesso ao capital que as companhias abertas. "A diferença é que temos mais liberdade nas decisões."
Leia Também
No ano passado, a companhia lançou oito empreendimentos. Neste ano, serão 12 projetos. "Desde os primeiros aportes temos tido um crescimento da ordem de 50% ao ano", afirma Frankel. O executivo diz que o foco da companhia continuará sendo as unidades compactas - a empresa já lançou unidades de 10 a 32 metros. E esse número pode diminuir ainda mais. "São lançamentos com foco no investidor, que tem apresentado uma demanda muito alta (por causa da taxa de juros)."
Grandes empreendimentos
Há 46 anos no mercado, a Benx é outra que entrou na onda dos fundos de investimentos e teve aportes para três projetos nos últimos anos. "Com a taxa de juros mais baixa, esses investidores estão apoiando as empresas médias na compra de terrenos e desenvolvimento dos projetos", diz o diretor-geral da companhia, Luciano Amaral.
De 2016 para cá, a incorporadora lançou 15 empreendimentos. Dois já foram entregues, 11 estão em construção e 2, em lançamento. Para este ano, a expectativa é fazer outros cinco lançamentos. Amaral conta que, depois de fazer muitos projetos para o Minha Casa Minha Vida, em 2018 e 2019 a companhia decidiu voltar ao mercado de médio e alto padrão.
Umas das apostas é o emblemático Parque Global, que ficou embargado por cinco anos. "Estamos retomando o projeto", diz o executivo. São cinco torres residenciais, shopping center e um complexo de inovação, educação e saúde, nas proximidades do Parque Burle Marx, em São Paulo.
Na mesma linha, a Gamaro está desenvolvendo o empreendimento O Parque. O projeto prevê a construção de quatro torres, três residenciais e uma corporativa. Duas foram lançadas em dezembro de 2018 e já tiveram 60% das unidades vendidas. A terceira torre residencial será lançada neste mês. O prédio comercial, em construção, será vendido à parte para algum investidor ou empresa que vai administrar o ativo.
Especializado na construção de edifícios educacionais, o grupo só criou a incorporadora em 2014. Desde então, lançou cinco empreendimentos (incluindo O Parque). Para o ano que vem, há previsão de um novo projeto no bairro do Ipiranga. Segundo o diretor de incorporação da companhia, Ricardo Grimone, os projetos têm sido tocados com capital próprio e financiamentos bancários. "Mas temos sido bastante procurados por fundos para possíveis parcerias e estamos em conversas."
Volta das grandes
Para garantir o estoque de terrenos, a empresa está de olho em oportunidades. Segundo ele, as grandes construtoras estão começando a voltar ao mercado, o que tem aumentado a disputa. "As grandes sofreram muito, pararam, arrumaram a casa e estão retomando os negócios. Isso tem aumentado a concorrência nas novas aquisições", diz Grimone.
O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, confirma esse movimento. "Na crise, tivemos empresas que reduziram suas estruturas e algumas que encerraram as atividades. Nesse período, deixaram de fazer lançamentos, mas estão voltando", diz ele. "As empresas estão se reestruturando e aprovando projetos", completa Odair Senra, presidente do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-SP). Esse movimento vai aparecer nos próximos lançamentos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A inusitada relação entre Frozen, o PCC, o dono do Banco Master e o Atlético-MG
Um documento da CVM revelou que fundos com nomes inspirados em personagens da Disney estão no centro de uma teia de investimentos
Gestora do ‘Warren Buffet de Londrina’ aumenta participação em incorporadora listada na B3
A Real Investor atingiu uma participação de 10,06% na Even em meio ao anúncio da “nova poupança”, que tende a beneficiar empresas no setor de construção civil focadas em média renda
Exclusiva: Elo lança nova proposta de cartões com foco nos empreendedores e MEI. Confira a proposta para os clientes PJ
O portfólio repaginado conta com três categorias de cartões: Elo Empresarial, Elo Empresarial Mais e Elo Empresarial Grafite. Veja em qual você se encaixa.
Vítimas de metanol: o alerta que o caso Backer traz
Cinco anos após o escândalo da cervejaria em Belo Horizonte, vítimas seguem sem indenização
Com novas regras de frete grátis, Amazon (AMZO34) intensifica disputa contra o Mercado Livre (MELI34)
Segundo o Itaú BBA, a Amazon reduziu o valor mínimo para frete grátis de R$ 79 para R$ 19 desde 15 de agosto
Entenda o colapso da Ambipar (AMBP3): como a gigante ESG virou um alerta para investidores
Empresa que já valeu mais que Embraer e Gerdau na bolsa de valores hoje enfrenta risco de recuperação judicial após queda de mais de 90% nas ações
Gol limita bagagem de mão em passagens básicas; Procon pede explicações e Motta acelera projeto de gratuidade
Empresas aéreas teriam oferecido tarifas com restrições à bagagem de mão, com custo pelo despacho. Motta e Procon reagem
Em busca de mais informações sobre a fraude, CVM assina novo acordo de supervisão no âmbito das investigações de Americanas (AMER3)
Contrato pode evitar ações punitivas ou reduzir penas em até 60% se a companhia colaborar com a investigação
Quem é a empresa que quer ganhar dinheiro licenciando produtos do metrô de São Paulo
A 4Takes, responsável por marcas como Porsche e Mercedes-Benz, agora entra nos trilhos do Metrô de São Paulo, com direito a loja oficial e pop-up nas estações
Dona da Gol (GOLL54), Abra mira IPO nos EUA em meio à reorganização da aérea no Brasil
Controladora da companhia aérea pretende abrir capital no exterior enquanto a Gol avalia fechar o capital local e sair do nível 2 de governança da B3
Do “Joesley Day” à compra da Eletronuclear: como os irmãos Batista se reergueram de escândalo e ampliaram seu império
Após o escândalo do “Joesley Day”, os irmãos Batista voltam aos holofotes com a compra da Eletronuclear e ampliam o alcance da J&F no setor de energia nuclear
Moody’s Analytics já estava prevendo a crise na Ambipar (AMBP3) desde 2024… foi só o mercado que não viu
De acordo com o diretor Tadeu Marcon Teles, o modelo da companhia já indicava “mudanças notáveis no perfil de risco” da Ambipar desde dezembro
O gatilho ‘esquecido’ que pode impulsionar as ações da Usiminas (USIM5) em até mais de 60%, segundo o UBS BB
Segundo o UBS BB, o mercado ignora um possível gatilho para a Usiminas (USIM5): a aprovação de medidas antidumping contra o aço chinês, que pode elevar as margens da companhia e impulsionar as ações em mais de 60%
Weg (WEGE3) fortalece presença no setor elétrico com compra 54% da Tupi Mob, de gestão de redes de recarga de veículos, por R$ 38 milhões
Weg (WEGE3) compra 54% da Tupi Mob, dona de plataforma que conecta motoristas a redes de recarga de veículos elétricos, para fortalecer sua presença no setor de mobilidade elétrica
Mais um fundo deixa a PDG Realty (PDGR3): incorporadora anuncia que FIDC Itamaracá vendeu toda sua participação na empresa
FDIC Itamaracá vendeu todas as ações que detinha na PDG Realty, cerca de 35,1% do capital social; fundo VKR já havia vendido sua participação
Vulcabras (VULC3): CFO expõe estratégia que fez a dona da Olympikus e da Mizuno cair nas graças de analistas e gestores
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da empresa, Wagner Dantas, sobre a estratégia que tem impulsionado os resultados da companhia e quais são os desafios pela frente
De quem é o restaurante Jamile, com cardápio assinado pelo chef Henrique Fogaça e palco de tragédia em SP
O restaurante Jamile, cujo cardápio é assinado pelo chef Henrique Fogaça, esteve no centro de uma investigação após a morte de uma funcionária
RD Saúde (RADL3) já se valorizou, mas pode subir ainda mais: JP Morgan projeta salto de mais de 44%
RD Saúde, antiga Raia Drogasil: Para o JP Morgan, empresa de redes de farmácia se destaca no setor de varejo brasileiro mais amplo, dado o desempenho das ações (RADL3)
99 fora do ar? Usuários do aplicativo de caronas reclamam de instabilidade
Usuários do 99 relatam dificuldades para utilizar aplicativo de caronas e banco
Céu de brigadeiro: Embraer (EMBR3) conquistou Itaú BBA e BTG Pactual com novos pedidos bilionários
Terceira maior fabricante de aviões do mundo, Embraer conquistou Itaú BBA e o BTG Pactual, que reiteraram a recomendação de compra para as ações (EMBR3; NYSE: ERJ)