🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Estadão Conteúdo

pautas do setor

Elétricas querem sinal firme da Aneel sobre reequilíbrio para proteger dívidas

Intenção das empresas é que uma menção sobre o assunto seja inserida na resolução normativa que está sendo preparada pela agência para regulamentar o decreto 10.350/2020, sobre a ajuda financeira ao setor elétrico

Estadão Conteúdo
4 de junho de 2020
11:53 - atualizado às 11:55
Taesa
Imagem: Shutterstock

Distribuidoras de energia querem de uma sinalização mais firme e formal a respeito do direito ao reequilíbrio econômico-financeiro de suas concessões por causa dos impactos da pandemia de covid-19.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A indicação precisa ser rápida, de maneira a garantir que possa ser colocada uma ponderação, nos demonstrativos financeiros do segundo trimestre, de que a forte redução da geração de caixa a ser observada não vai se perpetuar. Assim, as companhias poderiam dar um sinal positivo a credores e se proteger de uma potencial quebra cláusulas restritivas (covenants) de seus empréstimos, evitando eventual antecipação de vencimentos.

Além disso, a questão é considerada relevante para que as companhias efetivamente possam assinar os contratos do empréstimo emergencial que vem sendo estruturado para socorrer o setor. Por isso, a intenção das empresas é que uma menção sobre o assunto seja inserida na resolução normativa que está sendo preparada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para regulamentar o decreto 10.350/2020, sobre a ajuda financeira ao setor elétrico.

"Neste momento, é imprescindível que se reconheça a possibilidade de constituir ativo regulatório, em função do aumento das receitas irrecuperáveis e da elevação das perdas não-técnicas", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira. Segundo ele, este é um dos principais pontos da contribuição que foi apresentada pela entidade, no âmbito da consulta pública sobre a resolução normativa da Aneel.

Outro defensor da inclusão de um artigo sobre o reequilíbrio na regulamentação da conta-covid é o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. "Seria minimamente suficiente fazer constar na decisão da Aneel que, mediante solicitação das empresas, a agência irá proceder com a avaliação de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, considerando os efeitos da covid-19 na redução do mercado e seus reflexos na cobertura tarifária", disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para Sales, sem uma cláusula que faça referência à possibilidade de reequilíbrio das concessões por causa da crise da covid-19, até mesmo o empréstimo ao setor, que ficou conhecido como "Conta-Covid", corre o risco de não se materializar. "Sem isso, as distribuidoras não ficam em condição de aceitar e assinar o contrato", afirmou. Isso porque uma das condições para aceitar o empréstimo é que as concessionárias abdiquem de eventuais posteriores disputas judiciais sobre o tema e, na sua avaliação, ainda há incertezas sobre quais fatores serão considerados no processo de reequilíbrio.

Leia Também

Em um cenário pessimista, o presidente do Acende Brasil sugeriu que a possibilidade de rebaixamento generalizado de rating no setor elétrico, não só das próprias distribuidoras como também de geradoras e transmissoras, que possuem ao menos parte de suas receitas provenientes do repasse de recursos das concessionárias de distribuição. "Fazer constar essa questão é essencial, é o mínimo para que as companhias possam indicar às auditorias e seus credores que o reconhecimento vai ocorrer, e proteger seus covenants", comentou.

Em relatório publicado nesta semana, analistas da Moody's afirmaram que, embora as distribuidoras não estejam altamente alavancadas, possuem um pequeno colchão nos covenants financeiros. "A alavancagem média das distribuidoras avaliadas foi de 2,6 vezes dívida líquida/Ebitda, reportado pelas empresas em 31 de março de 2020. Algumas companhias têm mais flexibilidade para levantar dívida adicional dentro dos limites dos covenants financeiros em seus contratos de dívida existentes, variando de 2,5 vezes a 4,25 vezes, mas o colchão provavelmente diminuirá durante o segundo trimestre, em meio a novos empréstimos e uma redução esperada no Ebitda", afirmaram os analistas Cristiane Spercel, Aneliza Crnugelj, Bernardo Costa e Alejandro Olivo.

No momento, todas as elétricas avaliadas pela Moody's estão com perspectiva estável ou positiva: Celesc (Ba2; Aa3.br); Cemig/Cemig D (B1, Baa1.br); CPFL Energia/CPFL Paulista (Ba1, Aaa.br); EDP Brasil/EDP ES/EDP SP (Ba2, Aa2.br); Enel SP (Ba1, Aaa.br); Energisa (Ba2, Aa2.br); Light S.A./Light SESA (Ba3, A2.br).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale salientar que o empréstimo conta-covid será off-balance, portanto não deve influenciar o endividamento das empresas.

Nova consulta pública

No decreto 10.350/2020, o Ministério de Minas e Energia já aponta que "a necessidade de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro de contratos de concessão e permissão do serviço público de distribuição energia elétrica será avaliada pela Aneel em processo administrativo, mediante solicitação fundamentada do interessado", mas não detalha como se dará esse processo, o que ficou a cargo da Aneel.

A relatora do processo sobre a regulamentação do decreto pela Aneel, a diretora Elisa Bastos Silva, reforçou, em seu relatório, o entendimento de que processos de recomposição de equilíbrio econômico-financeiro das concessões pode ser necessário, mas optou por separar os detalhamentos, avançando inicialmente apenas no que diz respeito à resolução do problema financeiro de liquidez das distribuidoras, para o qual a solução encontrada foi a conta-covid.

Sobre o pedido de reequilíbrio dos contratos das distribuidoras em razão dos efeitos da pandemia, a diretora propôs que as áreas técnicas da agência avaliem os impactos econômicos em outro processo. Pela proposta da diretora, portanto, essa etapa será discutida em uma segunda fase, precedida de audiência pública e análise de impacto regulatório.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na avaliação dos executivos, a sinalização inicial do decreto ministerial e as declarações da relatora não dão o conforto suficiente para as distribuidoras, especialmente porque a metodologia hoje existente para os processos de revisão tarifária (Proret - Procedimentos de Regulação Tarifária) não preveem questões como as que surgiram com a crise da covid-19. "As RTE (revisões tarifárias extraordinárias) são para tratar desequilíbrios nas concessões, mas do ponto de vista de aumento de custos. Agora, não se trata disso, mas de redução de receita e o mecanismo existente não é adequado", explicou Madureira, da Abradee.

Ele disse concordar com a necessidade de um processo adicional, como defende a relatora Elisa Bastos, para o detalhamento do procedimento, mas reforçou a necessidade de abordar a questão já na primeira regulamentação, para dar mais segurança às distribuidoras, seus credores e investidores, de que há um ativo regulatório a ser recuperado no futuro. Segundo o dirigente, a compensação não necessariamente se dará por aumentos tarifários, mas podem considerar outras alternativas que garantam o reequilíbrio contratual.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FUMAÇA

Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões

4 de dezembro de 2025 - 16:40

No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono

VAI ESTOURAR?

Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real

4 de dezembro de 2025 - 15:26

Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha

ÁGUA NO CHOPE

Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG

4 de dezembro de 2025 - 13:24

A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher

VAI RECORRER

Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%

4 de dezembro de 2025 - 12:40

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”

SEGURADORAS

De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha

4 de dezembro de 2025 - 11:32

Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO

FATURA PAGA OU NÃO PAGA?

Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas

4 de dezembro de 2025 - 11:16

Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema

DÍVIDAS

Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP

4 de dezembro de 2025 - 9:47

Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras

NÃO É SÓ PELO MINÉRIO

Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado

3 de dezembro de 2025 - 19:42

Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora

APOSTANDO EM TUDO

O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo

3 de dezembro de 2025 - 15:40

A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo

EM FAVOR DA OPA

Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor

3 de dezembro de 2025 - 14:45

O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia

FINTECH GIGANTE

Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central

3 de dezembro de 2025 - 12:34

Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização

ESTREANTES NO MERCADO

Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026

3 de dezembro de 2025 - 11:23

A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026

EFEITOS DA CRISE

Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial

3 de dezembro de 2025 - 10:54

A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras

FORTUNA BILIONÁRIA

A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava

3 de dezembro de 2025 - 10:21

Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas

NADA DOCE, SÓ AZEDO

UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?

2 de dezembro de 2025 - 18:08

O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura

CAPEX E PRODUÇÃO

Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora 

2 de dezembro de 2025 - 17:01

A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.

HO HO HO

Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel

2 de dezembro de 2025 - 12:19

Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste

PARA FORTALECER A EMPRESA

Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões

2 de dezembro de 2025 - 10:25

A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio

AIRBUS EM TURBULÊNCIA

Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320

2 de dezembro de 2025 - 9:58

Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história

NA TEMPESTADE

Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”

2 de dezembro de 2025 - 9:48

Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar