A conta do evento geológico que levou ao afundamento do solo e rachaduras em edificações em Maceió não para de subir para a Braskem. A petroquímica estima agora que as medidas para lidar com o caso custarão R$ 3,3 bilhões.
Esse valor é adicional aos R$ 4,6 bilhões já provisionados pela Braskem, que mantinha na capital de Alagoas uma atividade de mineração de sal-gema, insumo usado pela companhia. Ou seja, o total que a empresa pode gastar em medidas de compensação pelo dano ambiental pode chegar a R$ 7,9 bilhões.
No início do ano, a empresa controlada pela Odebrecht e pela Petrobras havia anunciado um acordo de R$ 2,7 bilhões para compensar moradores das regiões afetadas. Em julho, informou que gastaria mais R$ 1,6 bilhão em medidas de apoio e gastos para encerrar as atividades no local.
O anuncio não trouxe efeitos imediatos para as ações da Braskem (BRKM5). De forma até surpreendente, os papéis fecharam em alta de 1,41% na sessão de hoje do Ibovespa. Leia também nossa cobertura completa de mercados.
A Braskem informou sobre os custos adicionais relacionados ao evento geológico de Maceió depois da conclusão de estudos técnicos especializados e independentes contratados pela companhia.
Com base nos potenciais impactos de curto prazo, a estimativa preliminar é que mais 800 imóveis deverão ser incluídos no programa de compensação financeira acertado no início do ano. Os estudos também trouxeram uma análise de cenários de áreas com potenciais impactos futuros na superfície no longo prazo.