Retomada e dólar fraco devem impulsionar bolsas na América Latina no 1º semestre, diz Citibank
Brasil deve ser o destaque positivo, uma vez que tem mais exposição a ações “de valor” e maior correlação com a desvalorização da moeda americana, destaca o banco
Com o anúncio de vacinas contra a covid-19, as bolsas da América Latina (AL) se beneficiaram recentemente do movimento global de rotação de ações, o que deve continuar no primeiro semestre de 2021, afirma o Citibank, em relatório, citando a "esperança crescente" em uma recuperação econômica e a perspectiva de dólar fraco.
Nesse contexto, o Brasil deve ser o destaque positivo, uma vez que tem mais exposição a ações "de valor" e maior correlação com a desvalorização da moeda americana, destaca o banco.
O Citi projeta que o índice MSCI Latam deve alcançar 2,550 mil pontos no fim de 2021, de 2,416 mil pontos atualmente. O lucro por ação da região deve cair 48% em 2020, mas ter recuperação de 166% em 2021, estima.
"A América Latina é fortemente voltada para os setores de 'valor', especialmente quando comparada aos mercados emergentes da Ásia. A região está bem posicionada para se beneficiar de uma maior rotação de valor global, que esperamos que continue à medida em que os rendimentos dos treasuries aumentem no ano que vem", diz o banco que espera que o rendimento do Treasury de 10 anos atinja 1,25%, de 0,90% atualmente.
No Brasil, a expectativa é de queda de 47% este ano e recuperação de 198% do lucro por ação em 2021. Por setor, o Citi afirma que estão no campo "atrativo" na bolsa brasileira finanças, energia e saúde. O Citi ainda destaca que prefere o Brasil ante o México, onde o lucro por ação deve cair 42% em 2020 e ter retomada de 88% em 2021.
"Esperamos que o dólar se enfraqueça ainda mais em 2021, o que é tradicionalmente útil para as ações da América Latina, especialmente o Brasil. Mas lembre-se de que isso deixa a região vulnerável a quaisquer indícios de aperto monetário nos EUA no final de 2021", explica.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), o Citi espera queda de 7,1% para a América Latina em 2020, com retomada de 4,1% em 2021 - abaixo dos emergentes (6,2%).
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