Novo diretor da CVM é a favor do voto plural e fim da exclusividade de autônomos
Aos 38 anos, o advogado tomou posse no cargo nesta terça-feira, 24, e participará de discussões relevantes como a reforma dos regimes de ofertas públicas
Autodenominado um "liberal convicto", o novo diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Alexandre Rangel, afirma não enxergar como tabu temas polêmicos no mercado de capitais, como o fim do período de silêncio das ofertas públicas e a adoção do voto plural por companhias brasileiras.
Leia também:
- SEU DINHEIRO NO CELULAR: Receba comentários diários em áudio da equipe do Seu Dinheiro sobre o que está bombando nos mercados
- Carrefour reitera que está tomando medidas após morte de João Alberto de Freitas
- Cenário positivo abre caminho para valorização de 51% da Petrobras, diz BofA
Aos 38 anos, o advogado tomou posse no cargo nesta terça-feira, 24, e participará de discussões relevantes como a reforma dos regimes de ofertas públicas, dos fundos de investimento e dos agentes autônomos de investimento (AAI).
Após ser formulada na Iniciativa do Mercado de Capitais (IMK), a proposta de instituição do voto plural - uma espécie de "super ação ordinária" - está sendo revisada pela CVM, que deve propor ajustes.
A base do supervoto é assegurar que acionistas-chave, como os fundadores da empresa, preservem seu poder de decisão após a companhia ir a mercado. Parte do mercado afirma que isso estancaria a fuga de empresas brasileiras para bolsas no exterior. Já instituições ligadas a investidores minoritários apontam que o voto plural fere a isonomia da base de acionistas.
Avesso a polarizações, Rangel discorda de ambos os argumentos. Ele afirma que o voto plural não é a "reencarnação do demônio" e abre mais um leque de oportunidades no mercado se incorporado à Lei das S.A.. "Isso não quer dizer que toda companhia de capital aberto terá que adotá-lo. Não vejo problema, desde que prestadas as informações necessárias e definido o período durante o qual vai vigorar aquele direito político diferenciado", disse em entrevista coletiva.
Leia Também
Em relação às ofertas públicas, o diretor defende que a alteração de seu regime pela CVM traga mecanismos para reduzir o que considera um vácuo na captação de recursos por empresas de médio porte via mercado de capitais, hoje não abarcadas pelos custos das grandes ofertas e também das captações menores via crowdfunding de investimentos.
Com larga experiência como advogado societário, ele argumenta pela democratização da base de investidores no mercado de capitais brasileiro. Sua avaliação é que a CVM pode atuar liberando ao varejo opções de investimento hoje restritas a investidores profissionais ou qualificados. Na mesma linha, vê a modernização das informações prestadas nas ofertas como crucial para atingir o público jovem, como defendido por seu antecessor na cadeira, Carlos Rebello. "Essa turma olha o celular, não vai ler um formulário de fatores de risco que não caiba em uma tela", frisa.
Questionado sobre o fim do período de silêncio durante as ofertas, o diretor disse que "não vê tabu" nem "tem nenhuma fixação" pelo instrumento. Para Rangel, nem sempre o período de silêncio tem cumprido seu objetivo de assegurar que todos os investidores tenham acesso exatamente às mesmas informações relevantes de forma precisa. "Quanto mais informação disponível sobre um papel no mercado, melhor", avalia.
Exclusividade
Em meio às discussões de mudanças na regulação dos agentes autônomos de investimento, o diretor da CVM se disse a favor do fim da exigência de exclusividade de vinculação desses atores a uma única corretora e também à uma carga regulatória distinta entre escritórios de diferentes portes. "Parece um pleito bastante razoável", disse.
Na véspera de sua posse, um estudo elaborado pela Assessoria de Análise Econômica da CVM recomendou a retirada do requisito. O assunto deve entrar em audiência pública em 2021.
Diversidade
O novo membro do colegiado da CVM é também favorável à abertura de um campo para a inclusão de fatores ASG (ambientais, sociais e de governança) das companhias abertas no formulário de referência entregue anualmente ao órgão regulador, o que já está sendo discutido internamente e será submetido a audiência pública.
Por outro lado, Rangel pondera que é preciso debater com o mercado a extensão e profundidade da informação a ser prestada. A ideia é evitar um ônus excessivo às companhias e também o risco de excesso de informações que na prática podem servir como uma "cortina de fumaça", sem ajudar a tomada de decisão do investidor. O diretor acredita que a criação de uma taxonomia ASG também foge da alçada da CVM.
Fundos
A experiência na indústria de fundos de investimento pesou a favor da indicação de Rangel à CVM. Com um patrimônio total na casa de R$ 6 trilhões, essa indústria demandará especial atenção nos próximos meses, já que o órgão regulador do mercado de capitais tem entre suas prioridades regulamentar a Lei de Liberdade Econômica e fazer a reforma das normas que regem os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).
Há forte expectativa do mercado em torno das mudanças que virão a partir da Lei de Liberdade Econômica, que devem fortalecer o regime regulatório dos fundos de investimento. A legislação abriu caminho para a CVM realizar alterações como a limitação da responsabilidade dos prestadores de serviço, a possibilidade de emissão de classes de cotas com direitos e obrigações distintas e a limitação da responsabilidade do investidor ao valor de suas cotas.
Em seu discurso de posse, Rangel afirmou que a partir de uma definição mais precisa dos núcleos de responsabilidade dos agentes que atuam no segmento, haverá um controle mais racional em torno dos deveres e obrigações a serem cumpridos. "Teremos em pouco tempo uma norma mais moderna e adequada à realidade do mercado", disse.
Bancos funcionam no Natal e no Ano Novo? Veja o que abre e o que fecha
Bancos, B3, Correios e transporte público adotam horários especiais nas vésperas e nos feriados; veja o que abre, o que fecha e quando os serviços voltam ao normal
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara
Mega-Sena interrompida: agora toda aposta vale apenas para o bilionário sorteio da Mega da Virada
Mega da Virada vai sortear pela primeira vez na história um prêmio de R$ 1 bilhão; sorteio está marcado para a noite de 31 de dezembro
Final da Copa do Brasil: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Após empate sem gols no jogo de ida, Corinthians e Vasco decidem o título da Copa do Brasil neste domingo, no Maracanã, com premiação milionária em jogo
“Nossos países não têm mais 10 anos a perder”: para Milei, lentidão do Mercosul é o que está travando acordos com a UE
Na cúpula do Mercosul, presidente argentino acusa o bloco de travar o comércio com burocracia, diz que acordos não avançam e defende mais liberdade para negociações individuais
Mega da Virada em R$ 1 bilhão: prêmio estimado bate os oito dígitos pela primeira vez
Ninguém levou o prêmio de R$ 62 milhões do último sorteio da Mega Sena neste ano, no concurso 2953, que foi a jogo ontem (20). Prêmio acumulou para Mega da Virada
Enquanto União Europeia ‘enrola’ Mercosul vai atrás do próximos na fila para acordos comercias; veja
Enquanto acordo com a UE segue emperrado, bloco aposta em Emirados Árabes, Ásia e Américas para avançar na agenda comercial
Último sorteio da Mega-Sena: R$ 62 milhões vão a jogo hoje no concurso 2.954. Depois, só a Mega da Virada
O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. A partir de amanhã as apostas se concentram na Mega da Virada
Com R$ 1,82 trilhão só para pagar juros da dívida e R$ 61 bilhões para emendas, veja os detalhes do Orçamento para 2026
Texto aprovado pelo Congresso prevê despesas de R$ 6,5 trilhões, meta de superávit e destina quase um terço do orçamento fiscal ao pagamento de juros da dívida pública
Silvio Santos vira nome de rodovia em São Paulo — e o trecho escolhido não foi por acaso
Lei sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas rebatiza trecho da Rodovia Anhanguera, entre São Paulo e Jundiaí, em homenagem ao comunicador e empresário
Banco Central se precipitou com a liquidação do Banco Master? TCU dá 72 horas para o regulador se explicar
O Tribunal de Contas da União requer esclarecimentos do Banco Central sobre a decisão de liquidar o Banco Master; entenda
Inflação da ceia de Natal 2025 surpreende e reforça a importância de pesquisar preços
Estudo da FGV aponta variação quase nula nos itens natalinos em 12 meses; alimentos básicos recuam, proteínas seguem em alta e presentes voltam a encarecer após dois anos de alívio
Prazo para quitar a segunda parcela do décimo terceiro (13º) termina hoje; saiba como calcular
Data limite se encerra nesta sexta-feira (19); empresas que atrasarem podem ser multadas; valor é depositado com descontos de INSS e Imposto de Renda
Loterias da Caixa batem na trave às vésperas da Mega da Virada e prêmios sobem ainda mais
A noite de quinta-feira (18) foi movimentada no Espaço da Sorte, com sorteios da Lotofácil, da Mega-Sena, da Quina, da Timemania e da Dia de Sorte
Bolsa Família: Caixa paga benefício para NIS final 8 nesta sexta (19)
Pagamento segue o calendário de dezembro e beneficiários do Bolsa Família podem movimentar valor pelo Caixa Tem ou sacar nos canais da Caixa
À medida que Banco Central recolhe cédulas clássicas de R$ 2 a R$ 100, as mais raras podem alcançar mais de R$ 5 mil no mercado
Enquanto o Banco Central recolhe as cédulas da primeira família do real, a escassez transforma notas antigas em itens disputados por colecionadores, com preços que já ultrapassam R$ 5 mil
MEI: ultrapassou o limite de faturamento em 2025? Veja o que fazer para se manter regularizado
Microempreendedores individuais podem ter uma receita anual de até R$ 81 mil