Indicadores de abril mostram economia parada por causa dos efeitos da covid-19
Com as indústrias paradas, os comércios fechados e as pessoas preocupadas tanto com a doença quanto com seus empregos, o consumo de qualquer coisa que não seja alimentos, bebidas ou produtos farmacêuticos praticamente parou
Os indicadores do mês de março já apontavam o tamanho do tombo que a economia brasileira levaria por conta da crise provocada pela covid-19. Mas os números de abril, o primeiro mês completo de paralisação de boa parte das atividades do País, que começam a sair, dão uma dimensão mais clara do problema. E a fotografia que começa a ser revelada aponta para uma catástrofe econômica.
A produção de automóveis no País registrou em abril seu nível mais baixo desde 1957, quando a indústria automobilística se instalou por aqui. Foram apenas 1,8 mil veículos produzidos, uma queda de 99,3% em relação ao mesmo mês de 2019. A produção de todo o mês passado equivale a apenas um dia de trabalho numa fábrica como a da Fiat, em Betim. "Nem em períodos de greve enfrentamos um nível de produção tão baixo no País", disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, a associação do setor.
Com as indústrias paradas, os comércios fechados e as pessoas preocupadas tanto com a doença quanto com seus empregos, o consumo de qualquer coisa que não seja alimentos, bebidas ou produtos farmacêuticos praticamente parou. O resultado é que os estoques nas fábricas e nas lojas cresceram absurdamente, atingindo, em pouco tempo, níveis próximos aos registrados na recessão de 2015, segundo dados da FGV. "Não há escoamento da produção", diz José Jorge do Nascimento, presidente da Eletros, associação que reúne os fabricantes de eletroeletrônicos.
Um termômetro desse consumo emperrado será o Dia das Mães, comemorado amanhã. A data é considerada pelo varejo como a segunda melhor em vendas no ano, perdendo apenas para o Natal. Mas, este ano, por causa do coronavírus, será bem diferente. A projeção da Confederação Nacional do Comércio (CNC) é de queda nas vendas de 59,2% em relação a 2019 - o resultado deve passar de R$ 9,7 bilhões para R$ 5,6 bilhões.
A economia parada também se reflete na inflação. Em abril, o IPCA registrou queda de 0,31%, a maior deflação desde agosto de 1998. No mês, o que mais pressionou o índice para cima foi o preço dos alimentos e bebidas (1,79%), produtos dos quais ninguém consegue abrir mão. O resto, em geral, teve queda de preço - um reflexo óbvio da falta de demanda.
Esse não é, claro, um problema apenas do Brasil. Nos EUA, por exemplo, os números também são impactantes. Em abril, o índice de desemprego chegou a 14,7%, o maior desde a Grande Depressão, na década de 30.
Leia Também
O ano dos bilionários: nunca houve tantos super-ricos quanto em 2025, e eles nunca foram tão endinheirados
Loterias da Caixa: Quina sorteia R$ 7,5 milhões nesta segunda; Timemania, com R$ 61 milhões, lidera premiações da semana
O problema maior, no caso brasileiro, é que a economia ainda lutava para se recuperar de uma recessão que deixou estragos profundos. Na crise que se estendeu de 2014 a 2016, o PIB brasileiro caiu cerca de 7%. Para este ano, no entanto, já há quem fale em queda de 10%, com os gastos públicos para combater os efeitos da doença fazendo a dívida pública atingir níveis alarmantes. O caminho de volta deve ser longo e trabalhoso.
Renda da população deve continuar subindo no curto prazo: isso é bom ou ruim para a economia? Veja qual o impacto na inflação e nos juros
Mesmo com desaceleração da atividade econômica, renda deve continuar em alta; no entanto, isso não preocupa tanto os economistas
XP vê início dos cortes da Selic em março, mas não descarta começo mais cedo: sinais são positivos, e um dado atrapalha
Com a desaceleração da inflação e valorização do câmbio, BC pode começar ciclo de cortes da Selic, mas gastos do governo ainda preocupam
Ao Cade, entidades se posicionam contra fusão Petz (PETZ3) e Cobasi, que criaria gigante de R$ 7 bilhões
Além disso, alegam que a fusão Petz-Cobasi eleva em 35% o risco de fechamento de pet shops de bairro
Relator de PL sobre fim da escala 6×1 apresenta novo texto, com jornada de no máximo 40 horas semanais
Prates também colocou um dispositivo que dá a possibilidade de regime de trabalho na escala 4×3, com limite máximo de 10 horas diárias
Metrô de SP testa operação 24 horas, mas só aos finais de semana e não em todas as linhas; veja os detalhes
Metrô de SP amplia operação aos fins de semana e avalia se medida tem viabilidade técnica e financeira
Salário mínimo de 2026 será menor do que o projetado; veja valor estimado
Revisão das projeções de inflação reduz o salário mínimo em R$ 3 a estimativa do piso nacional para 2026, que agora deve ficar em R$ 1.627
A nova elite mundial: em 2025, 196 bilionários surgiram sem herdar nada de ninguém — e há uma brasileira entre eles
Relatório da UBS revela que 196 bilionários construíram fortuna sem herança em 2025, incluindo uma brasileira que virou a bilionária self-made mais jovem do mundo
Banco Central desiste de criar regras para o Pix Parcelado; entenda como isso afeta quem usa a ferramenta
O Pix parcelado permite que o consumidor parcele um pagamento instantâneo, recebendo o valor integral no ato, enquanto o cliente arca com juros
FII com dividendos de 9%, gigante de shoppings e uma big tech: onde investir em dezembro para fechar o ano com o portfólio turbinado
Para te ajudar a reforçar a carteira, os analistas da Empiricus Research destrincham os melhores investimentos para este mês; confira
Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores
Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).
Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord
Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência
Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal
Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores
Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?
Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos
Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa
Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).
Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual
A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026
Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista
Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo
Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo
Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados
Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped
Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários
De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira
A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária