🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Estadão Conteúdo
o pós-crise

Após ciclo de medidas emergenciais, equipe econômica prepara agenda de retomada

Um dos pontos da agenda é promover uma “grande desregulamentação” para tornar o País mais atrativo a investimentos

Estadão Conteúdo
20 de junho de 2020
14:15 - atualizado às 16:51
O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, concede entrevista coletiva.
O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes - Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Depois de um ciclo de medidas emergenciais para conter os efeitos mais dramáticos da pandemia do novo coronavírus, a equipe econômica prepara a retomada da agenda de melhoria do ambiente de negócios e de reformas estruturais. A reformulação das políticas sociais deve ser um dos principais focos de atenção do governo nessa nova fase de planejamento, mas também estão na mesa iniciativas para simplificar a vida de empresas e investidores.

Um dos pontos da agenda é promover uma "grande desregulamentação" para tornar o País mais atrativo a investimentos. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, técnicos estão fazendo um pente-fino nas normas e obrigações regulatórias de vários setores. A ideia é retirar, simplificar ou reduzir obrigações com o objetivo de facilitar a retomada para empresários e investidores.

Os detalhes ainda estão sendo fechados pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, mas há um consenso de que a adoção de uma nova fase medidas é essencial para impulsionar a recuperação da atividade econômica e ajudar a "pagar a fatura" da crise. Os gastos para combater os impactos do novo coronavírus levarão a dívida pública à beira dos 100% do PIB, nível considerado elevado para um país emergente como o Brasil.

Além disso, a avaliação é que a sinalização de compromisso com a agenda de reformas será fator decisivo para que os investidores mantenham a confiança no País - o que ajuda a manter juros e inflação baixos.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, além da desregulamentação, o governo vai centrar seus esforços num primeiro momento em mudanças de marcos legais, como saneamento, setor elétrico, ferrovias, novo mercado de gás e independência do Banco Central. Muitas dessas propostas já estão no Congresso Nacional e travaram no passado diante das dificuldades do governo em consolidar uma base de apoio no Parlamento.

Com a aproximação entre o Palácio do Planalto e o Centrão, a expectativa é de que as condições de aprovação serão maiores. O próprio ministro Paulo Guedes tem se reunido com lideranças desse bloco de partidos em busca de aproximação e para pedir apoio às reformas.

Social

Num segundo momento, ainda em 2020, a equipe econômica pretende disparar as reformas mais estruturantes, que devem ter um forte foco social. Auxiliares do ministro defendem uma "política social agressiva" para o pós-pandemia, aliada a um incentivo às contratações de trabalhadores registrados. Sem uma retomada no emprego e na renda, o consumo não deslancha, diz uma fonte.

É nessa frente que está o Renda Brasil, como vem sendo chamado o programa que sucederá o Bolsa Família. A ideia é ampliar a rede de assistência social para incluir os milhões de "invisíveis" que agora surgiram aos olhos do governo graças ao cadastro do auxílio emergencial de R$ 600. A elaboração do programa segue o desejo do presidente Jair Bolsonaro de deixar uma marca social durante sua gestão.

A equipe econômica também quer incentivar a formalização de trabalhadores e prepara uma desoneração da folha de salários, em moldes próximos ao que foi feito no Programa Verde Amarelo, que livrou empresas de pagarem contribuição patronal e alíquotas referentes ao salário-educação e Sistema S na contratação de jovens entre 18 e 29 anos com salário de até R$ 1.567,50. A Medida Provisória que criou o contrato perdeu a validade sem que houvesse consenso no Congresso para sua aprovação. Agora, uma das alternativas em estudo é que a desoneração seja mais ampla, sem limitações por faixa etária.

Medidas de simplificação tributária também serão prioridade. O governo deve sugerir a criação do IVA federal, com a unificação de PIS/Cofins, por meio de um projeto de lei. Dentro da equipe econômica, há quem avalie que o avanço agora da PEC 45, que inclui a reformulação de tributos como ICMS e ISS, pode ser muito difícil com "Estados e municípios saindo da guerra". Mesmo com uma transição, alguns governos estaduais e municipais podem perder receitas com a reforma. Além disso, uma PEC requer número maior de parlamentares para aprovação, e o foco estará na desoneração da folha.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a PEC Emergencial, desenhada para reduzir despesas no curto prazo e que permitiria redução de jornada e salários de servidores, "perdeu urgência" neste momento porque o próprio socorro a Estados e municípios já congelou até o fim do ano que vem as despesas com folha de pagamento. Além disso, há a avaliação de que muitas das medidas dessa PEC estão incluídas em outra proposta, a do Pacto Federativo, que poderá avançar junto com as outras reformas.

Compartilhe

BOLETIM FOCUS

“Efeito Campos Neto” leva a reviravolta nas projeções para a Selic no fim deste ano

23 de abril de 2024 - 10:14

Em apenas uma semana, a expectativa para a Selic em dezembro passou de 9,13% para 9,50% ao ano, de acordo com o último boletim Focus

LOTERIAS

Haja sorte: Lotofácil tem dois ganhadores — e eles apostaram na mesma cidade! Quina e Lotomania acumulam

23 de abril de 2024 - 9:33

Duas apostas cravaram as 15 dezenas da sorte no concurso 3085 da Lotofácil. Saiba de onde vieram os bilhetes vencedores e os números sorteados na loteria

DE OLHO NAS REDES

“É mais fácil acreditar no Papai Noel do que na meta fiscal do governo Lula”: chances de superávit foram praticamente anuladas

22 de abril de 2024 - 20:39

“É mais fácil encontrar alguém que acredite em Papai Noel do que na meta zero do Lula”. É assim que o editor do Seu Dinheiro, Vinicius Pinheiro, introduz seu eleito ao Urso da semana, no mais recente episódio do podcast Touros e Ursos.  Quem levou a menção nada honrosa foi o arcabouço fiscal, “que deu […]

DE OLHO NAS REDES

Juros não estão sendo capazes de colocar a economia dos EUA de joelhos e quem ‘paga o pato’ somos nós — e o resto do mundo

22 de abril de 2024 - 17:45

Em sua mais recente participação no podcast Touros e Ursos, nossa equipe conversou com o CIO da Empiricus Gestão, João Piccioni, sobre dois temas: as tensões cada vez mais acirradas no Oriente Médio e os juros nos EUA.  Sobre o primeiro tópico ele foi claro ao dizer que o mercado não se importou tanto com […]

RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA

Desenrola para MEI: Entenda como vai funcionar o Descomplica Pequenos Negócios

22 de abril de 2024 - 15:20

O ‘Desenrola para MEI’ faz parte do projeto Acredita, que possui quatro eixos para incentivar o empreendedorismo no país

Imposto de volta

Receita abre nesta terça (23) consulta ao lote residual de restituição do imposto de renda do mês de abril de 2024; veja quem vai receber

22 de abril de 2024 - 11:00

Serão contemplados 353.348 contribuintes, a maioria prioritários, com um valor de R$ 457.737.780,06

AGENDA DE RESULTADOS

Temporada de balanços 1T24: Confira as datas das divulgações e horários das teleconferências das principais empresas da B3

22 de abril de 2024 - 6:41

Divulgação dos balanços do 1T24 começa ainda em abril e as principais empresas de capital aberto vão divulgar seus resultados a partir de maio

EM INVESTIGAÇÃO

Ação na Justiça brasileira contra Elon Musk pede indenização bilionária após ‘cabo de guerra’ com ministro Alexandre de Moraes

21 de abril de 2024 - 16:45

A Defensoria Pública da União ajuizou uma ação cível pública contra o dono do X (antigo Twitter) por danos morais e sociais

SELIC MAIOR?

Inflação: sucessor de Campos Neto deve enfrentar a ‘velha inimiga’ mais forte em 2025

21 de abril de 2024 - 15:17

Mandato do atual presidente do Banco Central termina em dezembro deste ano; a inflação acima da meta deve continuar a ser uma ‘pedra no sapato’ para o BC

LOTERIAS

Novo milionário da vez: Um aposta acerta a Mega-Sena e leva mais de R$ 100 milhões para casa; veja qual foi a cidade premiada

21 de abril de 2024 - 10:19

Outras 145 apostas acertaram a Quina, com o prêmio de mais de R$ 40 mil; o valor estimado para o próximo sorteio é de R$ 3,5 milhões

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar